Julio Severo
Os
maus estão cada vez mais ousados na defesa de suas sem-vergonhices.
Dois deles se beijando homossexualmente em público deveriam, no mínimo,
ganhar uma repreensão pública. Mas no Brasil da tolerância ao mal e da
intolerância ao bem, quando os bons tentam se queixar são sumariamente
tachados de “malofóbicos”.
Em
seguida, os “bonofóbicos”, que têm fobia aos bons, se queixam para a
mídia pró-bonofobia, e a polícia e o governo se tornam todo ouvidos para
as criaturas que odeiam o bem e os bons.
Cria-se
então uma lei para proteger o beijo público dos bonofóbicos e punir os
“malofóbicos”, que têm aversão ao mal. O malofóbico que se escandalizar
com dois sem-vergonhas se pegando em público, mesmo na frente de
crianças, estará legalmente impedido de repreender a dupla bonofóbica.
Isso é malofobia! Aversão ao mal é crime! Em vez disso, ele deverá
demonstrar bom-senso virado de cabeça para baixo e repreender as
crianças que olharem torto para o beijo bonofóbico! Aversão ao bem é a
nova moda estatal!
A
mídia, sustentada em grande parte pelo patrocínio de um governo
descaradamente bonofóbico, é 100% bonofóbica, instigando
sistematicamente a população 99% malofóbica
a denunciar os malofóbicos! Os bonofóbicos são pintados como
eternamente bonzinhos e os malofóbicos são mostrados como incuravelmente
mauzões.
Os
malofóbicos, paralisados de medo ou ignorância, seguem passivos e
desconcertados, somente se queixando com seus botões, horrorizando-se
com a simples ideia de serem chamados de “malofóbicos” — aparentemente o
rótulo mais negro do universo.
Contudo,
nenhum malofóbico tem coragem de gravar um vídeo e ir à delegacia para
registrar um boletim de ocorrência, dizendo: “Senhor delegado, a
ministra do governo incitou o assassinato de bebês em gestação. Isso é
crime! Além disso, ela mesma declarou que já matou dois de seus filhos.
Quero que essa monstrenga seja devidamente punida!”
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Orgulho bonofóbico: bebê medicamente abortado por solução de sal |
Se
a bonofobia avançar como doença social, as criaturas que têm fobia a
bebês vão receber do Estado bonofóbico o “direito” de matar seus
próprios filhos. E as pessoas que têm aversão e fobia ao assassinato de
bebês serão tratadas como doentes mentais.
No
mundo perfeito da bonofobia, o mal é incriticável e intocável. O mal é
sagrado, em todas as formas que a mídia promover e que o Estado impor.
No
mundo perfeito da bonofobia, o bem é condenável e totalmente
criticável. Aliás, o bem é uma abominação social, sob incitação da mídia
e do governo.
Parece pesadelo ou piada, mas não é.
O
povo do Brasil adora ver o programa cômico onde o herói diz: “Sigam-me
os bons!” Mas na hora em que os bons devem seguir o bem contra a maldade
dos maus, o sentido de ação vira piada, e nossos super-heróis mais
parecem Chapolins Murchos!
Mas
os malofóbicos não sabem denunciar os bonofóbicos que instigam grandes
crimes como exigir o “direito” de assassinar crianças.
A
sem-vergonhice vence quando o bom caráter perde seu sentido de ser e
agir. Os maus têm medo da ousadia dos bons. É só com o silêncio da
maioria que os maus conseguem ser ousados.
Os
bonofóbicos vão parar de constranger, ameaçar e punir os malofóbicos
somente quando os bons souberem enfrentar as sem-vergonhices dos maus.
Enquanto isso, a rejeição a um beijo bonofóbico público presenciado por
crianças e adultos será um crime vastamente maior do que um bonofóbico
exigindo o “direito” de assassinar inocentes bebês em gestação.
No
mundo virado de cabeça para baixo, os bonofóbicos estão seguindo a
chamada do Chapolim Endoidecido: “Sigam-me os maus!” É a minoria
ameaçando e perseguindo a maioria. E isso, infelizmente, não é piada nem
programa cômico. São loucos fora do hospício. Eles são os bonofóbicos,
com orgulho.
Quando é que vamos ser ousados contra sua descarada bonofobia?
Dicionário politicamente incorreto:
Bonofóbico: Indivíduo que sofre de bonofobia; que tem aversão patológica ao bem e aos bons.
Bonofobia: Preconceito e aversão patológica ao bem e aos bons.
Malofóbico: Indivíduo que tem aversão ao mal.
Malofobia: Aversão ao mal.