Blog JulioSevero entrevista Eduardo Rocha, ex-travesti
Um abuso sexual na infância o levouà identidade homossexual. Já na adolescência, Eduardo Rocha defendiapublicamente a agenda gay, se tornando famoso em sua identidade de travesti.
Eduardo deu uma entrevistaexclusiva ao Blog Julio Severo, contando sobre suas experiências etransformação. BlogJulio Severo: Qual foi a causa de sua entrada na prática homossexual?
EduardoRocha: Desde pequeno, eu sentia que era “alguémdiferente”. Aos 16 anos participei do Encontro Nacional de Adolescentes emSalvador na Bahia, em 1999, defendendo a “Agenda Gay”. Com 17 anos de idade jáme travestia e tinha meu programa de TV, “Grevâniah Rhiuchélley”, que chegou em2002 ao segundo lugar em audiência no SBT para a região do Triângulo Mineiro.Eu era um militante do movimento homossexual, um gay “assumido” e acreditavapiamente que havia nascido assim e que mudar essa condição era totalmentedescabido. Hoje, após quase 10 anos da minha conversão, atribuo a entradana prática homossexual a fatores espirituais, emocionais e comportamentais. Emmeu caso, sofri abuso sexual quando criança, não tive uma referência tangívelde fé na minha família e tive um pai que emocionalmente foi bem distante demim. Hoje entendo que a ausência da referência paterna contribuiu para aformação da minha identidade como homossexual. Veja este vídeo sobre avida do Eduardo: http://youtu.be/1o7XB73haiw
BlogJulio Severo: O que deixa você mais inquieto na prática homossexual?
EduardoRocha: Atualmente recebo inúmeros e-mails,contatos, ligações e pessoas me procuram pessoalmente pelo fato de não estaremfelizes com sua sexualidade. Os motivos que levam essas pessoas a essedescontentamento são inúmeros:
* o fato de crerem mediante umaconvicção legítima de fé que este comportamento é errado;
* por sentirem que o estilo de vidagay muitas vezes é promíscuo e relacionamentos conturbados ou passageirosdemais;
* o risco de se contrair doençassexualmente transmissíveis (principalmente AIDS, já que os índices de infecçãoentre homossexuais homens são maiores do que entre qualquer outro grupo)
* outros riscos fisiológicosimplicados no sexo anal (câncer de próstata e outras doenças)
* o fato de necessitarem de “arranjos"para se constituir uma “família”
* pensamentos de suicídio edepressão, dentre muitos outros relatos que recebo de inúmeros adolescentes,homens, mulheres e pais, todos os dias.
A grande questão é o fato damilitância gay querer proibir e coibir qualquer cristão de dizer que a práticahomossexual é errada ou pecaminosa. Imagine que os homens que traem suasesposas desejem agora se organizar e dizer que a poligamia é perfeitamentenormal e deva ser socialmente aceita e que a igreja pregar contra isso podefazer com que esses homens sejam recriminados pela sociedade ou ainda, atribuirque as mortes e violência ocorrida por causa de traições conjugais são culpa daigreja, que ao pregar contra a traição no casamento está incitando o ódio e aviolência.
Vamos supor ainda, que este grupoorganizando-se politicamente pelos direitos dos homens de trair passem a exigirque as crianças devam aprender na escola básica que se o cônjuge delas traírem,ou elas traírem os seus cônjuges, não devem se sentir mal por isso, pois oimportante é serem felizes e satisfazerem os seus desejos e impulsos sexuais.
Vamos supor ainda que esse grupopasse a exigir que ninguém pode falar contra a traição, pois se eventualmentena escola tiver algum aluno que seja filho de um pai que tem várias amantes,essa criança poderá ser vítima de preconceito. Isso seria totalmente descabido,mas é exatamente isso que os promotores de direitos LGBT defendem, o direito detornar normal e moral um comportamento imoral.
Imagine que também todas as pessoasque já não são virgens e que tiveram diversas ou diversos parceiros seorganizem politicamente e se digam vítimas de preconceito por parte da igreja eque a igreja deve mudar o seu discurso, pois no mundo moderno não cabe mais avirgindade. Aliás, quem é virgem hoje ou defende o sexo somente após ocasamento, principalmente nas escolas, sofre todo o tipo de perseguição epreconceito.
Ao meu ver, este grupo, que dizlutar contra a intolerância se mostra o mais intolerante e radical possível. Oque percebemos claramente é que existe um discurso de ódio à religião, à igrejae a tudo o que é moralidade no que tange a comportamento sexual por parte desteativismo, que sob o pretexto dos direitos humanos se colocam como vítimas e setornam verdadeiros algozes, perseguindo, achincalhando, ameaçando, humilhandopublicamente e cerceando os direitos de qualquer um que se mostre contrário àagenda deles.
Devemos deixar claro que nem todosos homossexuais são militantes e concordam com esta agenda fascista, cheia deódio, travestida de amor e de luta por direitos. Sem dúvida, os que quiseremser homossexuais e praticarem a homossexualidade devem ter garantidos (comocidadãos, não por seu comportamento) seus direitos civis e já o são. Eles têm odireito de não crer na Bíblia sagrada e desprezar os ensinos do Cristo, mas nãopodem, sob o pretexto de lutarem por direitos, passarem por cima da própria Constituição,impedindo o livre exercício do culto, a livre expressão da crença e dopensamento, além de vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.
Recentemente vimos o “ato” damarcha das vadias, onde elas cuspiram na Constituição, cometeram crimes empraça pública e não houve intervenção do Estado, mostrando claramente a omissãode nossas autoridades, expondo o nosso país a um caos da ordem pública.
A constituição garante a liberdadereligiosa:
Art.208. Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou funçãoreligiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso;vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso;
Pena– detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa.
Parágrafoúnico. Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízoda correspondente violência.
A liberdade de crença trata-se dasimples liberdade de consciência, ou seja, do cidadão optar e manifestar-se acercade sua religião, como prevê o estatuto constitucional “é inviolável aliberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício doscultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cultoe as suas liturgias” assim como “ninguém será privado de direitos por motivo decrença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar paraeximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestaçãoalternativa, fixada em lei” (art.5°, VI e VIII)
A liberdade de culto exterioriza-secom a prática do corpo doutrinário e de seus ritos, com suas cerimônias,manifestações, hábitos, tradições, na forma que indicada para a religiãoescolhida. (art. 5°, VI, CF).
A liberdade de organizaçãoreligiosa tem dois primados, um refere-se à organização da igreja em seu espaçofísico como também a profanação de sua crença, separando aos ditamesideológicos com o Estado, devido seu laicismo declarado (art.19, CF)
É alarmante o fato de eles quereremdistorcer a mensagem da Cruz e transformarem em crime no Brasil a pregação doEvangelho, seja por católicos ou por protestantes, já que esse ponto é comum asduas religiões: a relação sexual entre dois homens e duas mulheres é pecado eponto final.
No entanto, apesar de aparentementepreocupante, toda essa inversão social não fará sucumbir a igreja e ainda queleis sejam aprovadas, por mais opressoras que sejam, as portas do infernojamais prevalecerão contra a igreja, ainda que os cristãos passem a ser presos,o evangelho jamais estará preso. Toda lei humana por mais severa e perversa queseja, não terá poder sobre a igreja do Senhor Jesus Cristo. Nada, nem ninguém,poderá parar a Obra do Espírito Santo, que continuará exercendo o seu papel deconvencer os homens do pecado, da justiça e do juízo de Deus.
BlogJulio Severo: Há uma ideia imposta hoje de que a psicologia pode e deve serusada para manter homens nas práticas homossexuais, mas não pode ser usada emfavor dos homens que querem sair dessas práticas. O que você acha?
EduardoRocha: É um pouco estranho ver uma ciência ouuma profissão usada para servir a uma causa. Esse jamais poderia ser o papel dapsicologia. Acredito que esta ideia imposta além de ser contraditória, não éunânime.
Já conversei com inúmerospsicólogos que não são adeptos destas ideias e que acreditam que o ConselhoFederal De Psicologia tem tratado a psicologia como se ela fosse uma ciênciaexata e ainda, coloca em cheque a credibilidade desta classe profissional portentar impor a agenda gay, usando o CFP para isso.
Além de tudo, atenta contra aliberdade religiosa do profissional de psicologia ao impor uma conduta eproibi-lo a fazer quaisquer considerações públicas mostrando outras ideias oupossibilidades quanto ao tema homossexualidade, fenômeno comportamental aindapouco estudado do ponto de vista científico.
BlogJulio Severo: Você crê que Deus liberta os homossexuais sem psicologia?
EduardoRocha: Acredito que Deus está acima dapsicologia. A psicologia, assim como qualquer ciência humana sem Deus, nãosignifica nada. Acredito que em todo conhecimento e em toda a ciência, está aGlória de Deus. Entendo que a fé, ao tirar Deus do centro e colocar o homem ouainda a própria igreja ou as instituições religiosas no lugar de Deus, cometeuao longo da história suas atrocidades, o que abriu o caminho para que a religiãofosse separada de tudo, como se o homem pudesse viver em um lugar e Deusestivesse em outra esfera. Foi aí então que separou-se a religião como sendoalgo a parte. Lembremo-nos da história da humanidade, em que até pouco tempoatrás, tudo era religião, as sociedades se organizaram, sobreviveram eevoluíram pelo fato de que a religião fazia parte da sociedade (e apesar dealguns quererem exterminar a religião) ainda faz e sempre irá fazer.
Quanto à psicologia, o homem écorpo, alma e espírito. Acredito que a psicologia pode oferecer conhecimento eferramentas importantes para a libertação da prática da homossexualidade, assimcomo para a prática de qualquer estilo de vida de pecado, mas a resposta não sepode encontrar somente nela. Achar que a psicologia por si só, limitada como é,que não tem poder para mudar a natureza humana, pode transformar a naturezahumana, isso é um equívoco. Não posso dizer que um rapaz que tinha relaçãosexual com homens e agora tem relação sexual com mulheres, foi liberto, pois entendoque libertação é a libertação da alma.
Eu costumo dizer que me transformarde homossexual para heterossexual foi a menor das transformações que Jesusrealizou em minha vida. A mudança que ocorreu não foi simplesmente eu serliberto de um comportamento sexual ou de uma identidade feminina, mas eu fuiregenerado na minha natureza. A obra do Espírito Santo transforma criaturas emfilhos de Deus, homens naturais, em homens espirituais, pecadores em santos eisso a psicologia está longe de fazer. Quando alguém me diz o comportamentohomossexual é “natural”, em partes eu não discordo, pois a natureza do homem épecadora e portanto, todo pecado está impregnado nesta natureza, seja ele qualfor.
BlogJulio Severo: Há uma grande afinidade entre religiões afro-brasileiras(candomblé, por exemplo) e homossexualidade. O deputado gayzista Jean Wyllysdisse que foi guiado por exus para entrar na política. Luiz Mott, o lídermáximo do movimento homossexual no Brasil, é também simpatizante das religiõesafros. O que você acha dessa relação?
EduardoRocha: Em primeiro lugar, cada um tem aliberdade de professar a fé que quiser, e eu não posso exigir que o mundo setorne cristão, apesar de crer que os que não crerem em Cristo irão para oinferno. Essa é a minha fé e para defendê-la e ser coerente com ela precisareidefender as liberdades individuais e a liberdade de crença religiosa.
Já em relação a esta afinidade,acredito não haver uma relação específica com esta ou aquela religião, massim a clareza de um alerta que Paulo, o apóstolo, trouxe pouco antes da suapartida para a Glória: “Pois virá o tempo em que não suportarão a sãdoutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seuspróprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a darouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.” 2 Timóteo 4:3-4
Qualquer religião, até mesmoalgumas “igrejas evangélicas inclusivas” que pregarem aquilo que o homem querouvir e não aquilo que Deus quer falar, atrairá para si os seus adeptos. Muitasigrejas estão atraindo multidões, vendendo a ideia de que Jesus é o “Gênio daLâmpada” e que para ter algum desejo realizado, basta você fazer algunsrituais, sacrifícios e mudar algumas coisas no seu modo de ser. O homem setorna o centro de tudo e não Cristo. A essência do Cristianismo é Cristo e nãoo homem. Cristo vem para reconciliar o homem com Deus, partindo do pressupostoque quem abandonou Deus foi o homem e não o contrário.
BlogJulio Severo: Uma das aflições que Jesus mais lidou em sua pregação edemonstração do Evangelho do Reino de Deus era a possessão demoníaca. Eleexpulsava demônios freqüentemente e deu autoridade aos seus seguidores em todasas gerações de também oferecerem libertação espiritual aos possessos. Em queponto existe uma relação entre práticas homossexuais e possessão demoníaca?
EduardoRocha: Em toda a prática pecaminosa, semdúvida, desde o Éden, há uma influência de demônios. Mas influência e possessãosão dois fenômenos espirituais distintos. Satanás foi quem desde o princípio dacriação, influenciou o homem a desobedecer ao seu Criador, porém atribuir aprática homossexual a uma possessão demoníaca e dizer que todo homossexual estápossesso de demônio, é um grande equívoco. Infelizmente muitos líderes cristãostêm partido desse pressuposto e afastando muitas pessoas de Cristo.
Atribuir a responsabilidade de seusatos pecaminosos ao demônio é se eximir da sua responsabilidade pessoal, édesprezar a necessidade de arrependimento e simplificar algo muito maiscomplexo que é o processo de construção da sexualidade a algo simples que podeser resolvido com uma única oração. Vencer as tentações, crucificar aspaixões e desejos pecaminosos e desenvolver a fé cristã, é um processo querequer uma decisão por Cristo, Seu exemplo e Sua Palavra.
BlogJulio Severo: Nas épocas em que não existia propaganda gay, a entrada nahomossexualidade se dava quase que exclusivamente pelo abuso sexual. Você temeque agora, com a enorme e onipresente propaganda gay estimulando abertamente ahomossexualidade e apresentando-a como alternativa atraente e desejável, osjovens fiquem confusos e optem por experimentar?
EduardoRocha: Sem dúvida, toda propaganda podeinfluenciar o comportamento, a ideologia e as atitudes das pessoas. Se nãofosse assim, a propaganda não seria utilizada como mola propulsora do consumo,levando a sociedade consumir e se comportar em sintonia com os objetivos dapropaganda. O grande problema é que vivemos em uma era de consumo, onde aspessoas são valorizadas e medidas de acordo com aquilo que consomem. O grandetrunfo da propaganda é a mentira. A propaganda sempre vai mostrar o lado bonitoda história.
A prova histórica do poder dapropaganda e de seus estragos é o cigarro. Por anos fumar foi sinônimo destatus, beleza, juventude e poder. A propaganda foi responsável por isso. AdolfHitler se utilizou das técnicas de influência, principalmente através dapropaganda e de discursos inflados, recheados de “boas intenções” parasubverter toda uma nação a acreditar que o seu plano era o melhor para o país.
Tudo o que o movimento gay promove,propagando, utilizando-se de propaganda e tendo como aliados a grande mídiasecular, com ênfase para as da Globo, é recheado por um discurso humanistacheio de “boas intenções”, mas na prática (Essa é a nossa fé e opinião) leva auma vida de depravação, frustração e mentiras, consumindo os nossos jovens einfluenciando-os sim a uma vida de pecado.
Os grandes estudiosos dos fenômenossociais sabem e projetam que em menos de 10 anos a população adepta da féevangélica será mais de 50% da população. A própria Rede Globo tem essaprojeção e sabe que isto vai ocorrer. A impressão que eu tenho é que esta empresa,responsável hoje por grande influência social, ao mesmo tempo que tenta fazer apolítica da boa vizinhança com os evangélicos, olhando para esse grupo como“mercado de consumo”, trabalha de todas as formas par adiar este crescimento.Em menos de dois anos, posso citar diversos momentos em que esta emissorapromoveu de maneira muito clara a “agenda gay” e como a Globo temostensivamente influenciado a nação brasileira a “louvar” a práticahomossexual.
BlogJulio Severo: O que você pensa da forte política moderna dos EUA, que apenasalgumas décadas atrás eram uma potência protestante, de liderar o imperialismohomossexual internacional?
EduardoRocha: Tenho acompanhado a grande pressão dasNações unidas e do Governo Norte-Americano que sob o pretexto dos direitoshumanos querem impor a libertinagem sexual a todas as nações do planeta,principalmente a países como Nigéria, Uganda e países africanos, inclusive comsérias sanções a estes países se os mesmos não seguirem a agenda gay. Nãoexiste consenso na ONU se um grupo pode ser inserido nos Direitos Humanos pelo fatode terem um comportamento sexual, porém, o Governo Americano tem pressionadopara que os direitos dos gays sejam incluídos na agenda oficial das NaçõesUnidas. Creio ser isto uma afronta aos fundamentos do próprio EUA e um atoisolado de pessoas hoje que detêm o poder nesta nação, mas que querem se imporbuscando no fundo os seus próprios interesses.
Recentemente estive com duasfamílias americanas que estão visitando o Brasil e conversei com osadolescentes desta família. Esta conversa me encheu de esperança, pois vi queestes jovens entre 13 e 17 anos, têm plena consciência do que está acontecendoe não concordam em nada com isso. Ao conversar com estes jovens, percebi queDeus trará uma resposta a esta nação, não através de juízo necessariamente, maslevantando jovens cheios do Espírito de Deus e conhecimento da Verdade paradizerem que este desejo do presidente Obama de impor a agenda gay ao mundo, nãoé o desejo das famílias americanas.
BlogJulio Severo: O que você acha do PLC 122 e outras leis que criminalizam aopinião cristã contra as práticas homossexuais?
EduardoRocha: Acredito que este tipo de projeto, doponto de vista jurídico e político é uma afronta à liberdade religiosa em nossopaís e aos princípios constitucionais. Acredito que a ameaça à liberdadereligiosa é uma ameaça a todas as demais liberdades. A liberdade religiosa é amais fundamental das liberdades e qualquer projeto de Lei neste sentido, principalmenteem um país tão pluralista religiosamente e democrático, como é o Brasil, é umretrocesso. Sob o pretexto de se defender diretos de uma minoria, estesprojetos querem privilegiar estes cidadãos e tornar crime a liberdade de fé,crença e expressão, contradizendo assim um direito fundamental.
BlogJulio Severo: Como as igrejas devem lidar com homossexuais que chegam aos seustemplos pedindo ajuda?
EduardoRocha: Devem tratá-los com amor e respeito,incluindo-os e não excluindo-os, acolhendo e não expondo-os, discipulando-osatravés do relacionamento e exemplo, e não somente pelo ensino e exposiçãodidáticos. Sem relacionamento, o discipulado é ineficaz.
As igrejas, de maneira geral, nãoestão preparadas para receber o homossexual. Existe ainda muito desconhecimentosobre o assunto, como deve ser feita a abordagem e muito medo e preconceito.Precisamos inicialmente admitir como igreja a nossa incapacidade, confessandoinclusive os nossos erros.
Existe a necessidade de se tratarcom especificidades as questões relacionadas à sexualidade. Da mesma maneiracomo a igreja tem se preparado para lidar com as crianças, utilizando-se de umalinguagem apropriada e de estratégias próprias para a abordagem da palavra eassim como se tem utilizado de ferramentas para falar com mulheres, com homens,com casais, com jovens, com pessoas que têm problemas com álcool ou drogas, énecessária uma abordagem específica aos homossexuais. Não só de quem está naprática da homossexualidade, mas aqueles que estão presos a vícios sexuais,poligamia, práticas sexuais erradas entre casais e até casos de bestialismo(sexo com animais) e pedofilia (sexo com crianças), bem como traumas porabusos.
A igreja precisa se capacitar paraestas abordagens, criando um ambiente seguro para confissão de pecados,acompanhando de perto estas vidas que de alguma forma procuram o refúgio doSenhor.
É fato que o número de homensenvolvidos na prática homossexual é maior que o número de mulheres e há umagrande necessidade de que estes homens sejam “adotados” por outros homens naigreja. Se partirmos do pressuposto que há um abismo entre o universomasculino, uma figura paterna atenciosa e emocionalmente presente e os homenshomossexuais, faz todo sentido que estes homens possam encontrar na igreja outroshomens, maduros e capacitados para suprir este abismo. No entanto, na prática,a grande maioria das pessoas que se aproximam de um rapaz homossexual que chegaà igreja, são mulheres. Aqui demos um pequeno exemplo a respeito destaabordagem e a palavra de ordem é capacitação.
Hoje no Brasil já existe vastomaterial publicado sobre o assunto, apesar de ainda pouco conhecidos. Há tambémdiversos ministérios que se especializaram no tema, mas que tem poucavisibilidade e recursos financeiros. A maioria destes ministérios nãopertence a grandes denominações e por isso muitas vezes achá-los se torna umatarefa difícil.
BlogJulio Severo: Como as igrejas devem lidar com a militância gay organizada quepressiona os cristãos a se renderem diante das exigências da agenda gay?
EduardoRocha: Com sabedoria, discernimento, amor efirmeza. Vamos sempre pregar contra o pecado e a favor das pessoas. Não podemosaceitar as provocações e ao mesmo tempo precisamos ser firmes em nossoposicionamento, evitando sempre que possível o confronto.
Precisamos entender que estamilitância é formada por pessoas e assim como Paulo o Apóstolo estava sedirigindo contra os cristãos, estas pessoas estão fazendo o mesmo. Precisamosentender que a nossa luta não é contra pessoas, mas contra principados e que,portanto, devemos condenar as atitudes, as ideias, a agenda gay e não aspessoas. Devemos rechear os nossos discursos e principalmente a nossa práticacom mais amor e tolerância aos gays, deixando sempre claro que a nossaintolerância é em relação ao pecado.
Muitas vezes não deixamos claropara as pessoas que estão na prática da homossexualidade que o nosso sentimentopor elas é de amor e que desejamos apenas compartilhar com elas aquilo quecremos e que esta fé poderá fazer de cada uma delas pessoas mais felizes, maiscompletas e cheias de Deus.
Sem dúvida muitos nos desprezarão,mas quando eu for desprezado, ainda assim amarei até os meus inimigos,recomendando a cada um deles ao Senhor, na esperança de que sejam salvos. Meudesejo é que o mesmo amor que me alcançou quando eu era inimigo de Deus, possaalcançá-los também. Se ainda assim eles quiserem me matar, estou disposto amorrer por amor a Cristo, certo de que a morte pra mim é lucro e o viver éCristo, pois agora, se minha carne, paixões e desejos estão crucificadoscom Ele, já não sou mais eu quem vivo, mas Cristo vive em mim.
BlogJulio Severo: Grandes denominações protestantes nos EUA, inclusive apresbiteriana e a luterana, estão ordenando pastores homossexuais. O que oscristãos brasileiros precisam fazer para se proteger dessa influência daapostasia americana e da teologia gay?
EduardoRocha: Precisamos ser coerentes com a nossa fé,viver o evangelho e cada cristão precisa ser a expressão viva da pessoa deJesus Cristo.
As igrejas que tem se perdido nachamada teologia inclusiva ou outras tantas teologias, bem diferentes dadoutrina de Cristo, na verdade se perderam na sua própria identidade epropósitos. Devemos nos conformar a Cristo e a Sua Palavra e não esperar que aPalavra se conforme a nossa vontade, desejos e estilo de vida. Quando o homempassa a ser o centro de tudo, a igreja deixa de ser igreja, perde o seu sal, asua relevância e a sua própria essência. Nós precisamos aprender com a históriada igreja. O que aconteceu em países como a França, que chegou a ter quase 100%de cristãos e hoje chega a uma minoria, onde igrejas se transformaram em bares,boates e até museus? O que aconteceu na Europa é um exemplo pra nós.
As igrejas tornaram-se fechadas, umfim em si mesmas, o dinheiro, prosperidade e bem estar passaram a ser os alvose o partir do pão e o relacionamento passaram a não ter mais importância. Alémdisso, a igreja não se atentou para as próximas gerações, negligenciando nodiscipulado e em passar os seus valores as crianças e jovens.
Os jovens não foram valorizados,não se “passou o bastão”, não foi transmitida responsabilidade a estes e entãoa igreja morreu com os velhos pastores e anciãos. Corremos estes mesmos riscosse não nos atentarmos a transferência da liderança aos mais jovens, se aliderança das igrejas envelhece, a própria igreja envelhece e a pregação doevangelho torna-se sem vigor. A nossa geração não pode ser usada apenas como“força de trabalho”, mas sim como voz profética, dando a igreja a direção e osentido. A igreja brasileira, se não mudar o seu rumo, corre também o risco deenvelhecer e tornar-se irrelevante.
BlogJulio Severo: Quase vinte anos atrás, quando Marta Suplicy apresentou umprojeto de lei de união civil homossexual, ela negou completamente que o alvoera casamento e adoção de crianças por duplas gays. Vinte anos depois, o alvodeles é claro: casamento e adoção. Você acha que há mais objetivos que elesquerem conquistar a curto ou longo prazo, embora neguem hoje?
EduardoRocha: Há sem dúvida uma cultura de mortesendo pouco há pouco inserida em nossa sociedade e os objetivos desta cultura éseparar cada vez mais o homem de Deus. Creio que por trás deste movimento háuma clara pretensão de se legalizar a relação sexual com crianças, aprostituição infantil e a desmoralização completa da sociedade, tornando legalinclusive o homicídio de crianças indefesas através das leis pró-aborto.
A igreja é a força de resistência,o contraponto da luta do bem contra o mal e para isso, precisamos ser coerentesentre o discurso e a prática da vida cristã. Que o Senhor nos dê quantasoportunidades forem possíveis para sermos Sal da Terra e Luz para este mundo.
BlogJulio Severo: Qual é o seu ministério hoje?
EduardoRocha: Atualmente faço parte do corpo deliderança da Igreja Cristã Sal da Terra no Bairro Jardim das Palmeiras emUberlândia, Minas Gerais. Esta Igreja funciona como um Centro Educacional Infantilque educa 75 crianças entre 0 e 3 anos. Eu e minha esposa, Genoveva Rochaatuamos como líderes de jovens nesta congregação. Atuamos através de pregações,discipulado e aconselhamento bíblico.
Estamos à frente da Associação deAmigos da Missão Infantil, entidade que atua no combate e prevenção ao abuso eexploração sexual contra crianças e adolescentes.
Através do Ministério SexualidadeCristã, oferecemos seminários e palestras em outras igrejas para capacitarpessoas a lidarem com o assunto.
Um grupo de ajuda a pessoas emconflito com a sexualidade funciona na igreja ás quintas-feiras à noite e temosainda um projeto, em parceria com o Mil (Ministério Interdenominacional deLibertadores) que é a Escola Sexualidade Cristã, que acontecerá em Janeiro eJulho de 2014 com a duração de 03 semanas na cidade de Uberlândia.
BlogJulio Severo: Você tem livros publicados?
EduardoRocha: Atualmente estou trabalhando em meuprimeiro livro, com previsão para ser lançado no ano que vem. Nele vou contarmais detalhes sobre a minha história e conversão, os desafios do casamento e oprocesso de restauração da identidade sexual.
Hoje temos um DVD que aborda oassunto, com cerca de 03 horas de ministrações. O DVD pode ser adquirido pelosite.
BlogJulio Severo: Como você alcança homossexuais?
EduardoRocha: Muitas pessoas nos procuram,principalmente através do nosso site, mas infelizmente, por escassez derecursos, não temos uma estrutura para atender a todos. Nosso projeto é ampliara nossa capacidade de atendimento e expandir o Ministério Sexualidade Cristãatravés da capacitação de novos líderes.
Queremos em breve produzir outrosmateriais em vídeo e transmitir alguns de nossos encontros pela internet. Jáestamos trabalhando na publicação de um livro e atualmente atuamos através depalestras, capacitação, aconselhamento e discipulado.
BlogJulio Severo: Seu ministério ajuda apenas homossexuais ou também outras pessoasoprimidas?
EduardoRocha: Trabalhamos com homossexuais, jovens,crianças, pessoas com traumas de abuso sexual e pessoas viciadas em pornografiae compulsivos sexuais. Alguns pais de homossexuais também nos procuram paraaconselhamento.
BlogJulio Severo: O que você aconselharia aos intercessores, que clamam diante deDeus pela libertação dos homossexuais e contra o imperialismo homossexual queestá sendo imposto sobre crianças e famílias?
EduardoRocha: Terem como alvo primeiro a Salvação dasalmas, nomeando e recomendando diante de Deus os líderes deste movimento. Umadas coisas mais marcantes em minha vida foi quando ao compartilhar sobre minhahistória em uma igreja, fui abordado por um homem que se apresentou como sendofuncionário da emissora que transmitia o meu antigo programa de TV e que disseque era responsável por colocar o programa no ar. Ele me relatou que todos osdias quando colocava o programa, se ajoelhava diante do monitor e intercediapela minha vida, pedindo perdão pelos meus pecados e declarando a libertaçãosobre a minha vida. Outro exemplo é a Vanusa, pedagoga que acompanha o nossoministério e que também foi levantada pelo Senhor para ser uma intercessoranaquela época e que viu através do meu testemunho a sua oração respondida.Cremos que a oração pode muito quanto aos seus efeitos. Orem para que Deuslevante pessoas capacitadas principalmente nas áreas de mídia e política. Que oSenhor levante pessoas para interferirem no conteúdo programático das emissorasde TV, também no conteúdo educacional das escolas públicas da nossa nação elegisladores que tenham um compromisso com a fé Cristã.
Que Deus capacite os pais aprevenirem o comportamento homossexual na vida de seus filhos e que o Senhortransforme a cultura da nossa nação através da influência coerente da igreja.
BlogJulio Severo: Qual a mensagem que você daria às igrejas nestes tempos em que seaproxima uma ditadura gay?
EduardoRocha: Igreja não se cale, mas que a sua vozseja firme o suficiente para deixar claro que o pecado é pecado e doce osuficiente para demonstrar o amor de Cristo aos perdidos.
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