Pag-Rsocial - Pagando para  voce se compartilhar com o mundo!!!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PLC 122: Senado faz público de palhaço

Senado se recusa a dizer que maioria dos telefonemas é contra projeto gayzista

Julio Severo
Em “reportagem” recente, o Senado Federal reconheceu o óbvio: O PLC 122 foi o projeto de lei mais mencionado no serviço Alô Senado em 2011.
A página oficial do Senado disse: “Dentre centenas de projetos de lei que receberam comentários favoráveis ou críticas de cidadãos em 2011, através do serviço Alô Senado, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, que criminaliza a homofobia, foi o que mais chamou a atenção, tendo sido tema de 309.320 manifestações no decorrer do ano”.
Se essas 300 mil manifestações tivessem apoiado o governo em sua obsessão gayzista, o “jornalista” do Senado teria feito uma “reportagem” em tom de carnaval: “Maioria dos brasileiros exige fim do preconceito e a aprovação do PLC 122! O que o Senado está esperando para atender à vontade popular?”
Contudo, não tendo nenhum amparo dos sentimentos da população, cuja maioria cristã ainda repugna a agenda gay (apesar da incessante lavagem cerebral do governo e da mídia), o “jornalista” do Senado não teve opção: com uma reportagem murcha e sonsa, ele deixa para a imaginação dos leitores decidir se as 300 mil manifestações foram contra ou a favor do PLC 122.
De acordo com a revista Veja, em maio de 2011 o Senado recebeu mais de 245.000 mensagens por telefone ou internet sobre o PLC 122. Mas Veja deixou claro que a maioria desses contatos era contra.
Diante dessa realidade, um jornalista sério cobraria numa reportagem séria: “O povo já se pronunciou. O que o governo está esperando para atender? Ao invés de um projeto de lei a favor da agenda gay, o povo quer uma lei contra essa agenda. Eu, como jornalista há duas décadas, não entendo essa obsessiva contrariedade governamental à vontade e interesses da população”.
Fazer cobranças é algo que os jornalistas sabem fazer muito bem. Se a maioria dos telefonemas ao Senado tivesse sido a favor do PLC 122, não há dúvida alguma de que nenhum jornalista no Brasil iria perder a oportunidade de exigir energicamente sua aprovação.
Pelo visto, o Senado só mostrará e comemorará os resultados de uma pesquisa sobre o PLC 122 depois que a população tiver aprendido a demonstrar reações em conformidade com a sistemática doutrinação das campanhas estatais e midiáticas a favor da agenda gay.
Enquanto isso, o público terá de se contentar com “reportagens” murchas e sonsas.
Para seguir Julio Severo no Facebook e Twitter: http://twitter.com/juliosevero Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=742399629

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Empresas trocam o tradicional currículo pelo Twitter ou Facebook do candidato

Para algumas companhias, vídeos interativos e perfis em redes sociais já mostram mais sobre os interesses e reais habilidades das pessoas 25 de Janeiro de 2012 | 14:47h

 A era digital também chegou aos processos de seleção de candidatos a vagas de empregos. A Union Square Ventures, companhia de capital de riscos e investidora de grandes nomes do mundo online como Twitter, Foursquare e Zynga, já exigem que o candidato envie perfis no Twitter e Tumblr, junto de um vídeo demonstrando o interesse na posição, ao invés do antigo currículo.

Em uma matéria do jornal norte-americano The Wall Street Journal, a empresa afirma que esse processo seleciona os melhores candidatos, principalmente para eles, que são altamente envolvidos com internet e redes sociais.

Outros meios, como o LinkedIn, vídeos e até questionários online também são novas formas escolhidas para seleção de candidatos. Para Christina Cacioppo, associada da Union Square, os currículos não dizem muito sobre os candidatos: "Estamos mais interessados em como as pessoas são, com o que elas gostam de trabalhar e como elas pensam", diz.

Além de questões normais sobre o emprego, as empresas também estão querendo saber "Como é o emprego dos sonhos" ou "Qual foi o melhor trabalho que você já teve". Já a empresa IGN Entertainment Inc., de games e mídias, criou um programa chamado Code Foo, onde os participantes jogam e aprendem ao mesmo tempo. Ao invés de currículos, neste caso a empresa criou uma série de desafios em seu site e até pede vídeos demonstrando a paixão por jogos dos candidatos.

Para Todd Carlisle, diretor do Google, informações como experiências anteriores, hobbies, atividades extracurriculares, como pintar casas ou fazer uma tour com uma banda de punk rock, ajudam a mostrar como o candidato se encaixaria na cultura da companhia.

E, você, gosta da ideia ou é mais antiquado e prefere o bom e velho currículo? Deixe sua opinião nos comentários.

Pirateiem meus livros

Recentemente, com o fechamento do Megauload, com os projetos no senado (PIPA) e na câmara americanos (SOPA), a questão dos direitos autorais se reacendeu pelo mundo afora. Existem várias propostas de se mudar o sistema que está aí e também vários depoimentos de como a estrutura vigente é prejudicial para os criadores de conteúdo e para a sociedade em geral. Este assunto já foi abordado nesta lista anteriormente, em um depoimento da cantora Courtney Love. Em minhas palestras eu cito sempre o exemplo da editora Baen, que colocou as suas obras para download e acabou ganhando mais dinheiro no processo.
Vale a pena ler o artigo do Paulo Coelho, chamado Pirateiem meus livros, publicado no blog do autor e reproduzido a seguir.
Já que esta lista é de informática, aproveito para informar que o meu primeiro livro, Linux: Dicas e Truques, publicado pela Conectiva, está disponível gratuitamente para download.

Pirateiem meus livros

Fonte: Blog do escritor Paulo Coelho
Em meados do século 20, começaram a circular na antiga União Soviética vários livros mimeografados questionando o sistema político. Seus autores jamais ganharam um centavo de direitos autorais.
Pelo contrário: foram perseguidos, desmoralizados na imprensa oficial, exilados para os famosos gulags na Sibéria. Mesmo assim, continuaram escrevendo.
Por quê? Porque precisavam dividir o que sentiam. Dos Evangelhos aos manifestos políticos, a literatura permitiu que ideias pudessem viajar e, eventualmente, transformar o mundo.
Nada contra ganhar dinheiro com livros: eu vivo disso. Mas o que ocorre no presente? A indústria se mobiliza para aprovar leis contra a "pirataria intelectual". Dependendo do país, o "pirata" -ou seja, aquele que está propagando arte na rede- poderá terminar na cadeia.
E eu com isso? Como autor, deveria estar defendendo a "propriedade intelectual". Mas não estou. Piratas do mundo, uni-vos e pirateiem tudo que escrevi!
A época jurássica, em que uma ideia tinha dono, desapareceu para sempre. Primeiro, porque tudo que o mundo faz é reciclar os mesmos quatro temas: uma história de amor a dois, um triângulo amoroso, a luta pelo poder e a narração de uma viagem. Segundo, porque quem escreve deseja ser lido -em um jornal, em um blog, em um panfleto, em um muro.
Quanto mais escutamos uma canção no rádio, mais temos vontade de comprar o CD. Isso funciona também para a literatura: quanto mais gente "piratear" um livro, melhor. Se gostou do começo, irá comprá-lo no dia seguinte -já que não há nada mais cansativo que ler longos textos em tela de computador.
1 - Algumas pessoas dirão: você é rico o bastante para permitir que seus textos sejam divulgados livremente.
É verdade: sou rico. Mas foi a vontade de ganhar dinheiro que me levou a escrever?
Não. Minha família, meus professores, todos diziam que a profissão de escritor não tinha futuro. Comecei a escrever -e continuo escrevendo- porque me dá prazer e porque justifica minha existência. Se dinheiro fosse o motivo, já podia ter parado de escrever e de aturar as invariáveis críticas negativas.
2 - A indústria dirá: artistas não podem sobreviver se não forem pagos.
A vantagem da internet é a divulgação gratuita do seu trabalho.
Em 1999, quando fui publicado pela primeira vez na Rússia (tiragem de 3.000 exemplares), o país logo enfrentou uma crise de fornecimento de papel. Por acaso, descobri uma edição "pirata" de "O Alquimista" e postei na minha página. Um ano depois, a crise já solucionada, eu vendia 10 mil cópias.
Chegamos a 2002 com 1 milhão de cópias; hoje, tenho mais de 12 milhões de livros naquele país.
Quando cruzei a Rússia de trem, encontrei várias pessoas que diziam ter tido o primeiro contato com meu trabalho por meio daquela cópia "pirata" na minha página.
Hoje, mantenho o "Pirate Coelho", colocando endereços (URLs) de livros meus que estão em sites de compartilhamento de arquivos. E minhas vendagens só fazem crescer -cerca de 140 milhões de exemplares no mundo.
Quando você come uma laranja, precisa voltar para comprar outra. Nesse caso, faz sentido cobrar no momento da venda do produto.
No caso da arte, você não está comprando papel, tinta, pincel, tela ou notas musicais, mas, sim, a ideia que nasce da combinação desses produtos.
A "pirataria" é o seu primeiro contato com o trabalho do artista.
Se a ideia for boa, você gostará de tê-la em sua casa; uma ideia consistente não precisa de proteção.
O resto é ganância ou ignorância.
PAULO COELHO , escritor e compositor, é membro da Academia Brasileira de Letras. É autor de, entre outros livros, "O Alquimista" e "A Bruxa de Portobello".

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Governo de Dilma Rousseff quer monitoração de mulheres grávidas

Julio Severo e Dr. Zenóbio Fonseca, professor de direito e assessor legislativo
Todos os sistemas públicos e privados de saúde serão obrigados, por norma compulsória, a identificar e cadastrar todas as mulheres grávidas no Brasil, conforme o Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para a Prevenção da Mortalidade Materna, instituído pela Medida Provisória nº 557/11 do governo de Dilma Rousseff em 26/12/11.
À primeira vista, a ação do governo federal até parece preocupação com as mulheres, com sua pretensão de cuidar das gestantes em situação de risco, impondo o exame pré-natal e concedendo um auxílio de até R$ 50 para o pré-natal e o acompanhamento pós-parto. As mulheres mais pobres vão pular de alegria com a generosidade estatal.
O governo alega que está obrigando todas as instituições de saúde do Brasil a registrar TODAS as mulheres apenas para saber quais as mulheres que estão em situação de risco.
Entretanto, o que é chamar a atenção é: qual a razão do governo apresentar uma Medida Provisória em caráter de urgência, bem no dia 26 de dezembro, quando toda a população do Brasil, inclusive os parlamentares, estava totalmente distraída com o Natal? Qual o motivo do governo querer compulsoriamente cadastrar todas as gestantes com o pretexto de ajudar a gravidez se a política partidária e ideológica do PT é no sentido de legalizar o aborto no Brasil?
Essa Medida Provisória foi elaborada por um governo repleto de feministas que alegam que a legalização do aborto fortalece os direitos humanos das mulheres, que tratam o aborto como mero “direito de escolha” nos casos de gravidez comum, ou seja, abortar (matar) o bebê “simplesmente” porque a mulher deveria ter a liberdade de decidir se continua ou não uma gravidez.
É assombroso que a Medida Provisória, que já está em vigor, tem como foco o controle compulsório de todas as mulheres grávidas do Brasil, como questão de saúde pública, mas silencia totalmente na questão do bebê em gestação e seu valor e proteção.
O artigo 3º, inciso V, aponta que o foco é somente a mulher e não o bebê:
 “V - estabelecer políticas, programas e ações com o objetivo de aprimorar a atenção à saúde das gestantes e puérperas de risco.”
O artigo 7º, inciso IV e VI, estabelece medidas para evitar novas ocorrências de morte nas mulheres, mas exclui totalmente os bebês em gestação. Ué? Bebês em gestação também não morrem? Qual então é a pretensão do governo? Estabelecer e fortalecer um sistema obrigatório para preparar as mulheres para interromper a gravidez em determinados casos? Implementar a eugenia? Veja:
“IV - informar, em sistema informatizado, a ocorrência de óbitos de mulheres gestantes ou puérperas, com informações sobre a investigação das causas do óbito e das medidas a serem tomadas para evitar novas ocorrências;
“VI - propor aos gestores federal, estaduais, distrital e municipais do SUS a adoção de medidas necessárias para garantir o acesso e qualificar a atenção à saúde das gestantes e puérperas, e para prevenir o óbito materno”.
O fato mais preocupante é que a Medida Provisória limita a garantia individual de liberdade da mulher ao obrigá-la compulsoriamente a cadastrar-se em sistema de controle e vigilância pelo simples fato de estar grávida, mesmo que tenha todas as condições econômicas equilibradas, pague o seu próprio plano de saúde, esteja saudável e não precise do Estado para nada. A Medida Provisória deixa as mulheres grávidas à mercê do controle e intrusão estatal.
Tirar a liberdade dos cidadãos não é prática de governos democráticos. É prática de governos autoritários.
No Brasil agora, basta à mulher estar grávida e o Estado passará, cedo ou tarde, a controlar o fruto de seu ventre compulsoriamente, independente das escolhas dela. Com tal controle, será fácil o governo brasileiro impor o número de filhos que as mulheres poderão ter e exigir um controle da natalidade forçado, conforme a ONU exigir. Afinal, o sistema de cadastramento compulsório das mulheres grávidas do Brasil está sendo estabelecido para atender às exigências da ONU.
Com o tempo, o que o governo fará para regulamentar seu controle sobre as mulheres grávidas? O que será dos bebês em gestação e sua proteção? Se o governo decidir que a gestação de um bebê com síndrome de Down é uma gravidez de risco e a mãe decidir prosseguir, o que o governo fará? Se a mãe tiver algum problema de saúde, porém decidir prosseguir sua gravidez, o que o governo fará? Quais as pressões “médicas” que as mulheres sofrerão dentro do sistema compulsório de acompanhamento pré-natal estatal?
Esta Medida Provisória, por tirar a liberdade das mães e por omitir completamente a proteção dos bebês em gestação, precisa ser denunciada.
A perfeita preocupação às mães envolve garantir sua plena liberdade e proteção e a proteção da vida desde a concepção.
Versão em inglês deste artigo: Brazilian government wants pregnant women monitored
Para seguir Julio Severo no Facebook e Twitter: http://twitter.com/juliosevero Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=742399629

Capitão Covarde: eis nosso admirável novo mundo sexualmente emancipado

SANTA MARINELLA, Itália, 23 de janeiro de 2012 (LifeSiteNews.com) — Que tipo de homem foge, sob o manto da escuridão, de seu navio que está afundando, deixando aproximadamente 4.200 passageiros e tripulação para se virarem sozinhos? Que tipo de homens empurra violentamente mulheres idosas, menininhas e jovens mães para entrar primeiro nos botes salva-vidas? Ora, ora, os homens modernos, os homens sexualmente emancipados que foram criados conforme as doutrinas do feminismo e de nossos costumes “modernos”.
O que significa uma expressão como “mulheres e crianças primeiro” para homens modernos que foram ensinados a vida inteira que as mulheres nada mais são do que brinquedos sexuais e que as crianças nada mais são do que uma carga descartável?
Os detalhes do tombamento do Costa Concordia, um dos maiores navios cruzeiros que navegam pelo Mediterrâneo, chegaram à imprensa de língua inglesa uma semana mais tarde e todo mundo agora conhece a conversa de telefone gravada na qual o capitão da guarda costeira, Gregorio De Falco, ordena furiosamente que o capitão do navio, Francesco Schettino, volte a seu navio. Schettino respondeu mentindo repetidamente, enquanto estava tentando fugir num bote salva-vidas.
Os passageiros foram abandonados para se resgatarem sozinhos, ajudados por artistas contratados e poucos membros da tripulação. Uma mulher disse: “Havia homens grandalhões, membros da tripulação, empurrando todos nós para entrarem nos botes salva-vidas”. Outra passageira, uma avó, disse: “Eu estava ao lado dos botes salva-vidas, e homens grandalhões estavam me acertando e empurrando as meninas com brutalidade”.
Nos primeiros dias depois que o Costa Concordia tombou na água rasa a quase 300 metros da praia, toda a Itália foi pega em vergonha com as reportagens sobre a conduta de Schettino. Ele foi preso depois que chegou à praia e acusado de homicídio involuntário e abandono de seu navio. Ele foi apanhado tentando entrar num táxi, tendo, pelo que foi relatado, pedido ao taxista: “Tire-me daqui o mais rápido possível”.
Francesco Schettino (“Capitão Covarde”) é o símbolo do moderno homem sexualmente emancipado, criado por uma cultura feminista.
Apelidado de “Capitão Covarde”, Schettino se tornou o centro da fúria nacional para os italianos que já estão fartos do estereótipo — que com demasiada frequência é acurado — dos homens italianos como permanentes adolescentes vaidosos, preguiçosos, irresponsáveis, egoístas e inconfiáveis.
Mas o problema não está limitado à Itália. A propósito, na mesma semana do caso do navio o grande apologeta católico americano Michael Voris estava fazendo uma série de vídeos sobre a feminilização dos homens e o efeito do feminismo na Igreja Católica e no mundo em geral, um assunto que poucos na Igreja Católica ousam puxar.
Num vídeo, Voris mencionou o tipo de homem que é aprovado pelos meios de comunicação controlados pelas feministas: fraco, burro e inútil, que precisa ser governado por mulheres fortes, modernas e inteligentes. Nos 50 anos passados, a Igreja Católica vem seguindo o mundo ao adotar o modelo feminista. Esse ideal, diz Voris, expulsou os homens fortes da Igreja e da vida familiar, empurrando-os para encontrar um canal para sua masculinidade em caminhos prejudiciais como a criminalidade e o tratamento das mulheres como meros objetos.
Depois de assistir ao vídeo, enviei um email a Michael perguntando se ele havia se lembrado de falar sobre o outro lado do feminismo: o ódio feminista aos homens e sua atitude de difamar e demonizar a força dos homens. De acordo com as doutrinas da ideologia feminista, os homens fortes são violentos, malignos e apavorantes. Em vez de heróis protegendo mulheres e crianças, o feminismo retrata homens fortes como monstros brutais, surradores de esposas e estupradores de crianças.
O desastre do Costa Concordia trouxe ao centro das atenções os efeitos que o feminismo, e sua filha prostituta, a Revolução Sexual, tiveram nos homens. O feminismo matou a prioridade cultural dos homens protegendo e se responsabilizando pelas mulheres. Num vídeo, Michael Voris falou da “jornada do herói”, o modelo original da cultura ocidental do rapaz que deixa o lar, enfrenta e vence adversidades e se torna um homem com capacidade de proteger uma família. Mas nossa cultura inspirada pelo feminismo, juntando forças com o materialismo consumista que mata a alma, jogou esses conceitos na lata de lixo.
Ao dizer às mulheres que elas não precisam dos homens e ao demonizar o valor da masculinidade, o feminismo ao mesmo tempo diz aos homens que eles nunca precisam crescer. Se o feminismo disse às mulheres que elas podem sair por aí dormindo com qualquer um “como se fossem homens”, devemos nos lembrar de que isso significa que os homens podem, em retribuição, fazer a mesma coisa. Em vez de insistirem em que os homens cresçam, se casem com uma mulher e protejam e cuidem de seus filhos, o feminismo oferece aos homens as mulheres como brinquedos e ao mesmo tempo oferece às mulheres a pílula anticoncepcional, aborto e tribunais para resolver questões de pensão alimentícia como plano B. O feminismo define “igualdade” como homens e mulheres competindo igualmente no mercado de trabalho e usando um ao outro igualmente como objetos.
Algum tempo atrás li um site interessante, embora profundamente assustador, que afirmava dar apoio aos homens contra o mundo feminista. Num artigo, os homens claramente irados apontavam para o injusto padrão duplo nas leis relativas à família. O sistema legal, agora preso firmemente nas garras das feministas, mantem os homens financeiramente responsáveis pelos filhos que eles geram quando se separam da mãe. Mas o artigo apontou, com suficiente lógica, que ao mesmo tempo o feminismo exige que a contracepção e o aborto sejam disponibilizados gratuitamente. Por que então, se as mulheres têm agora a liberdade de usar os homens como objetos sexuais, um homem deveria em algum momento ser responsabilizado pela paternidade? Por que os homens deveriam ser rotineiramente arruinados por ações legais de pensão alimentícia quando o aborto é legal e muito mais barato e fácil de conseguir?
Realmente, por quê? O feminismo, pelo fato de que é essencialmente desonesto, pueril e age só em causa própria, nunca confessará francamente as conclusões lógicas de suas suposições.
Recentemente, os papas escreveram contra o tipo de feminismo que promove o aborto e a contracepção e ao mesmo tempo cria uma divisão de hostilidade entre homens e mulheres. A promiscuidade geral, a contracepção, o aborto legal, o divórcio fácil, junto com uma cultura que adora a juventude e é loucamente materialista, disseram eles, criaram uma sociedade individualista de consumidores isolados para os quais todos os relacionamentos rotineiramente terminam em abandono. Uma vasta catástrofe cultural que deixa os filhos sem pais, diz às mulheres que elas não precisam dos homens e que diz aos homens que eles podem permanecer a vida inteira como adolescentes felizes e despreocupados.
Essa mensagem parece ter tido resultado especialmente evidente na Itália onde é facílimo encontrar homens que são a personificação do estereótipo consumista. O homem-criança efeminado é uma praga na Itália; meninos das mamães vaidosos, convencidos, superficiais e egoístas que vivem na casa dos pais quando já estão com trinta e quarenta anos de idade. Outrora, o centro de vida dos italianos era a família; agora eles estão cada vez mais se divorciando ou se recusando a casar em primeiro lugar.
A jornalista italiana Rosaria Sgueglia escreve no Huffington Post que o ex-capitão do Costa Concordia é um daqueles homens italianos que estão à altura desse estereótipo ponto por ponto. Os italianos estão “furiosos”, escreveu ela, com “gente como o sr. Schettino que não fazem nada a não ser comprometer a imagem já danificada que o resto do mundo tem do povo italiano”.
“Diz-se que o homem italiano comum é narcisista, egomaníaco, covarde, egoísta, incapaz de seguir procedimentos básicos e incapaz de seguir as regras. Verdade ou não, é um estereótipo, um estereótipo que é fortemente comprovado pelos eventos trágicos mais recentes na Itália”.
Embora os italianos estejam descarregando sua fúria em Francesco Schettino por ser tudo o que eles odeiam em si mesmos, precisamos nos lembrar de que muitos países estavam representados na lista da tripulação do Costa Concordia. O desastre tem, por todos os lados, as impressões digitais de nossa cultura ocidental que está envenenada e morrendo.
Lendo as reportagens do Costa Concordia, não pude evitar reconhecer os resultados das novas prioridades de nossa sociedade. Muitos observadores fizeram a comparação com o desastre do Titanic. Cem anos atrás, os homens da primeira classe levantaram as mulheres e crianças da classe pobre e as colocaram nos botes salva-vidas tendo plena consciência de que estavam dando suas vidas. O capitão do Titanic, de acordo com os relatos, foi visto pela última vez segurando uma criança em seus braços buscando um jeito de salvá-la. Cem anos mais tarde, o que vemos é um oficial da guarda-costeira gritando para o “Capitão Covarde”: “Vada a bordo, cazzo!” que significa “Volte à bordo, caralho!”
Eis nosso admirável novo mundo sexualmente emancipado.
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: LifeSiteNews
Para informações detalhadas sobre o paganismo feminista dentro das igrejas evangélicas, adquiria o livro De Volta Ao Lar
Para seguir Julio Severo no Facebook e Twitter: http://twitter.com/juliosevero Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=742399629

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Admirável Mundo Novo: especialista em ética da Inglaterra quer que mulheres abandonem maternidade e usem úteros artificiais

NORWICH, Inglaterra, 23 de janeiro de 2012 (LifeSiteNews.com) — Em comentários que os críticos dizem que, de forma preocupante, lembram a famosa novela antiutopia “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, uma especialista em ética da Inglaterra está argumentando que pelo fato de que a gravidez provoca “desigualdade natural” entre o sexo feminino e o sexo masculino, as mulheres devem ser libertas dos “pesos e riscos da gravidez” por meio do uso da “ectogênesis”, ou úteros artificiais.
O plano de Smajdor lembra o livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, onde bebês são gerados em “chocadeiras”.
“A gravidez é uma condição que provoca dor e sofrimento, e que afeta somente as mulheres. O fato de que os homens não precisam passar pela gravidez para ter um filho com ligações genéticas, ao passo que as mulheres precisam, é uma desigualdade natural”, escreve a Dra. Anna Smajdor num artigo que apareceu recentemente na revista Cambridge Quarterly of Healthcare Ethics.
Em seu artigo Em Defesa da Ectogênesis, publicado online em dezembro de 2011, Smajdor interpreta a gravidez como um “problema médico, junto com outros problemas de saúde que causam dor e sofrimento”. Smajdor é conferencista de ética na Escola de Teoria e Prática de Saúde e Medicina na Universidade de East Anglia.
“Se houvesse uma doença que provocasse sintomas e riscos semelhantes aos que a gravidez causa, afirmo que seria considerada como razoavelmente séria, e que teríamos boas razões para tentar fazer um seguro contra ela”, argumenta Smajdor, que agrupa a gravidez junto com “doenças” que persistem por vários meses, tais como o sarampo.
Para Smajdor, atualmente “os homens colhem todos os benefícios da gestação das mulheres, enquanto as mulheres suportam os riscos e pesos”.
Por isso, na cosmovisão de Smajdor, “as mulheres são um grupo em desvantagem com um destino brutal, pois os homens podem se reproduzir sem passar pelos riscos da gravidez”.
Em outras palavras, ser mulher, para Smajdor, significa simplesmente se tornar biologicamente mais parecida com o homem. Para alcançar essa igualdade, o potencial inato e natural da mulher de procriar, gerar e cuidar de uma nova vida humana tem de ser eliminado e entregue à ciência e tecnologia. Ela propõe que nos aproximaremos mais da genuína igualdade somente quando todos os seres humanos não gerarem filhos.
“Talvez nem todas as desvantagens de ser mulher sejam atribuíveis à maternidade”, reconhece Smajdor, “mas suavizar esses pesos certamente ajudaria”.
Na novela de Huxley, “Admirável Mundo Novo”, o Estado Mundial assume completamente a reprodução, onde filhos são criados, “decantados” e gerados em “incubadoras” e criados em “centros de condicionamento”.
Para Smajdor, a questão é simplesmente de igualdade sexual: “Ou vemos as mulheres como portadoras de bebês que devem subjugar seus outros interesses ao bem-estar de seus filhos ou reconhecemos que nossos valores sociais e nível de especialização médica não são mais compatíveis com a reprodução ‘natural’”, conclui ela.
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: LifeSiteNews
Para informações detalhadas sobre o paganismo feminista dentro das igrejas evangélicas, adquiria o livro De Volta Ao Lar
Para seguir Julio Severo no Facebook e Twitter: http://twitter.com/juliosevero Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=742399629

Porque o Ocidente Venceu - Massacre e Cultura - Da Grécia ao Vietnã

Victor Hanson. Explicando o enorme sucesso militar do mundo ocidental ao longo da história
A chave não é olhar o passado e esperar ver ali o presente, mas sim identificar na história as sementes da mudança e do possível através do tempo e do espaço[1]

A história da guerra não é a história da moralidade, nos previne Victor Hanson Davis em seu livro Porque o Ocidente Venceu, da Editora Ediouro, 703 páginas. E é sob essa perspectiva que Hanson (também colunista neste site http://www.midiaamais.com.br/victor-davis-hanson) analisa os motivos que levaram o Ocidente a superar outros exércitos numericamente superiores ao longo da história. E, através dessa análise, destaca os grandes valores ocidentais que, ao lado da tecnologia e de armas superiores, fizeram da cultura ocidental uma cultura muito superior a de seus inimigos, tanto na guerra, como na paz.
 
Victor Hanson escreveu mais que uma simples análise das estratégias militares e de recursos bélicos do Ocidente, ele conseguiu analisar a estrutura que tornou o desenvolvimento do Ocidente em um diferencial. Ou seja, em cada uma das batalhas analisadas, demonstra como o governo, a economia de mercado, a estrutura política, o desenvolvimento tecnológico, a ideia de liberdade tiveram sérias consequências na defesa do individualismo, no desenvolvimento tecnológico e para a história ocidental.
 
Dessa forma, no livro são analisadas nove grandes batalhas, divididas em três partes:

Obra analisa o sucesso dos ocidentais na arte da guerra
Criação - abrange as batalhas da antiguidade clássica, como Salamina, em que  gregos guerrearam contra os persas (480 a.C); Gaugamela, onde os macedônios conquistaram os persas (331 a.C) e Cana, em que os romanos lutaram contra os cartagineses (216 a.C).

Continuidade - analisa as batalhas de Poitiers, em que os francos lutaram contra os árabes, impedindo o avanço pela Europa (732); Tenotchitlán, que foi decisiva para a conquista dos espanhóis sobre os astecas (1521) e Lepanto,  em que uma liga cristão luta contra os turcos otomanos (1571).

Controle - disseca as batalhas do período contemporâneo, como Rorke’s Drifit, entre ingleses e zulus (1879), Midway entre americanos e japoneses na Segunda Guerra(1942) e a Ofensiva Tet, entre americanos e vietnamitas (1968).
 
Na primeira parte, Criação, é demonstrado como os conceitos de individualismo e liberdade amplamente difundidos na Grécia Antiga fizeram diferença para os hoplitas que defenderam sua pátria contra um exército de escravos. Hanson tem a percepção que falta a muitos historiadores ao perceber que, além da disciplina, os soldados gregos tinham em si a busca pela liberdade. Não essa liberdade que muitas vezes é usada apenas como discurso ideológico, mas a liberdade prática, que evitaria que suas mulheres e seus filhos se tornasse escravos para o Império Persa.

Dessa maneira, é em cima da ânsia pela eleutheria (liberdade), pelos valores políticos caros ao cidadão grego que o genial Temístocles elabora sua estratégia naquela que seria uma das mais sangrentas e fascinantes batalhas navais de todos os tempos: a de Salamina, entre gregos e persas.

A guerra para os gregos tem valor político e cultural, além da questão militar. Para os persas, não há motivação e sim coerção intensa dos generais, além da carga tributária.  Nesse aspecto há um traço comum entre persas, otomanos e astecas: eles são uma imensa sociedade dividida em milhões de habitantes, governados por autocratas e coagidos por generais.

Em Salamina ou em Midway, centenas de séculos depois, a luta pela manutenção cultural, pelos valores cultivados, possuem um individualismo que torna-se uma máquina de guerra conjunta.

No caso da batalha que tingiu de vermelho o mar dos Estreitos de Salamina, tão bem narrada por Heródoto, a base racional e humanista permitia aos líderes ouvir seus oficiais. Esse diálogo, também está presente na conquista espanhola. No lado oponente, fosse ele persa, asteca ou japonês do século XX, dificilmente haveria essa liberdade de ação.

A batalha naval liderada por Temístocles não foi a única para libertar os gregos da ânsia de dominação dos persas. Mas, foi a decisiva. Não teria sido possível a vitória em Mícale, sem Salamina e Plateia. Foi a estratégia grega, aliada aos valores descritos que venceram o imenso e, numericamente, superior exército persa. Ou seja, Salamina é a prova de que povos livres lutam melhor que os escravizados, ainda que essa escravidão seja intelectual.
 
Dessa forma, a herança grega foi definitiva para que Alexandre pudesse conquistar os persas na Batalha de Gaugamela em 331a.C. Hanson destaca que, apesar de posteriormente o imperador macedônio ter se orientalizado, seu estilo de batalha e comando eram tipicamente ocidentais e dentro da organização bélica ocidental, a liberdade de pensamento e ação era permitida e incentivada, gerando sempre inovações no campo de batalha que surpreendiam o inimigo. E, tal como acontecia com o exército grego, os homens de Alexandre queriam a batalha, não eram meros escravos, opinavam sobre o que estava acontecendo. A tal ponto de Alexandre discordar de seus generais e ouvir seus soldados, andando por entre as tropas nas vésperas de batalhas.
 
Mais uma vez, o profissionalismo do exército liderado por Alexandre e suas questões táticas fizeram do modo helênico de lutar, uma verdadeira máquina de guerra. Sem dúvida que o pai de Alexandre, Felipe II, fez algumas alterações na falange grega, dando nova importância a ela e tornando-a imbatível. É destacado no livro que Felipe II trouxera para a guerra ocidental uma noção mais sofisticada de guerra decisiva. E Alexandre aperfeiçoou esse legado para conquistar os persas.

Um aspecto interessante, é que Alexandre, após suas conquistas acabou se orientalizando muito e tornou-se um déspota com tendências teocráticas que não foram positivas para seu império após a sua morte, facilitando a fragmentação do território. Mesmo assim, seus avanços em termos militares é de extrema importância para o Ocidente.
 
Hanson ainda faz mais uma análise acerca da “criação” da máquina de guerra ocidental: a Batalha de Canas, em 216 a.C. Detalhe: nessa batalha não foram os ocidentais os vencedores. Então, por quê analisar justamente, dentro do episódio das Guerras Púnicas [2], uma das derrotas mais traumatizantes que já foi registrada na história ocidental?

Justamente por causa dos fatos seguintes, que levariam Roma à sua vitória final 70 anos depois.

Ao analisar as causas da derrota, Hanson evidencia que, naquela batalha especificamente, os romanos tinha sério problemas com a idade dos soldados e o comando não estava consolidado, gerando problemas, estratégicos, mesmo o exército numeroso e possuidor de melhores armas. A narrativa é de Políbio e chega a ser chocante a forma como ele descreve os jovens soldados que nem chegaram a ser enterrados e tiveram seus corpos putrefando durante vários meses.

Ao ressaltar esse dado terrível de uma derrota, o autor destaca que: “A pior derrota em um único dia na história de qualquer força militar não alterou em nada o desfecho final da guerra. A simples estupidez simbolizada por generais incompetentes e táticas ruins neutralizara a vantagem intrínseca dos exércitos ocidentais. (...) No final, isso tudo fez bem pouca diferença” [3]

Ou seja, a maior lição de Canas é que não foi apenas o propalado gênio tático do general cartaginês Aníbal que fez toda a diferença. Foi também o exército inexperiente e mal conduzido dos romanos. No entanto, diante do massacre de Canas, a sociedade romana se mobilizou e estimulou mais cidadãos a irem para a batalha; ou seja, mesmo com tantos mortos, o exército se renovou.

Dessa forma, outra característica fica bem evidente no modo de guerrear do Ocidente: uma batalha perdida é realmente apenas uma batalha. A guerra é muito mais ampla. Tanto que é possível perceber isso nas análises subsequentes.
 
Na parte que é chamada de continuidade, Hanson assim justifica a escolha do nome através de batalhas que vão desde o alto medievo (Batalha de Poitiers - 732) e duas da época moderna, pois nas três há aspectos que evidenciam a noção de civilidade dentro da guerra herdados da Roma Antiga.
 
Dessa forma, a Batalha de Poitiers de 732, também conhecida por Batalha de Tours, é extremamente importante, não apenas pela questão de ter impedido o avanço dos árabes muçulmanos para dentro do continente europeu, como também representou a manutenção de muitos valores ocidentais que seriam difundidos por toda a Europa da época. É consenso entre os historiadores que a Europa tem sua gênese muito fincada no medievo.

E, analisando por esse aspecto, quando Carlos Martel se apropria do jeito romano de lutar e chama para a batalha homens livres, é a continuidade dos valores ocidentais colocados em evidência.

É claro que o exército de Carlos Martel não era tão disciplinado, nem tão grande quanto um exército consular romano, mas a maneira como seus lanceiros e espadachins pesadamente armados foram recrutados, mostrava bem essa relação com o passado.
 
Dessa forma, quando os europeus, durante a expansão marítimo comercial, chegaram ao território americano, não havia um outro objetivo a ser atingido a não ser vencer. Isso fica muito claro na conquista da cidade asteca de Tenotchitlán.

Tal como Poitiers, a conquista dos  astecas está ligada ao processo de continuidade da estratégica bélica ocidental. Dessa maneira, Hanson analisa esse episódio sob a ótica da superioridade tecnológica e do sentido da guerra para o ocidente. Ou seja, as condições para os espanhóis eram muito mais complicadas que o senso comum costuma supor. Tanto que os homens de Cortés ficaram sitiados de 24 a 30 de junho de 1520, em uma das situações mais tensas enfrentadas pelos espanhóis na América. Muitos homens foram abatidos nesse período. Outros tantos foram executados (sacrificados) e muitos morreram em decorrência de doenças tropicais.

O que fez toda a diferença foi o conceito de guerra. Hanson nos chama a atenção para a grande diferença que existia entre a guerra teatral dos astecas e a guerra para vencer dos espanhóis. Os astecas não faziam armas para eliminar o exército inimigo; não se tinha a noção de ser perder uma batalha e voltar para o combate posteriormente. Dessa maneira, quando os espanhóis não só voltam para a batalha, como fazem um certo estratégico e ainda se aliam aos inimigos dos astecas (povo que dominava e sacrificava seus vizinhos), a reação foi dispersa e ineficaz. Cortés sofreu todo tipo de resistência, mas as superou se utilizando da tecnologia e estratégia tipicamente ocidentais.
 
Na última parte, intitulada Controle, a análise parte da batalha de Rorke’s Drifit, em 1879, entre zulus e britânicos, na África. Essa batalha foi precedida por uma episódio muito parecido com La Noche Triste em que os espanhóis foram quase vencidos pelos astecas. No caso dos britânicos, o massacre de Isandhlwana, em que houve uma desastrosa derrota, apesar de todas as condições para que a vitória fosse a consequência natural. E, tal como aconteceu em Canas ou com os espanhóis na conquista dos astecas, após uma derrota aviltante, segue-se uma vitória exemplar. No caso de Rorke’s Drifit, havia um número muito reduzido de homens britânicos em relação aos guerreiros zulus e eram muito maiores as chances de uma carnificina.

É desse aspecto que se tiram algumas conclusões, como a de que guerreiros não são soldados. Ou seja, é preciso muito mais que coragem para que uma batalha seja vencida, é necessário disciplina e ordem. Como os soldados britânicos demonstraram ao organizar o acampamento de tal forma que conseguiram, durante uma noite toda, conter os avanços dos zulus. Tal como em Tenotchitlan, o conhecimento tecnológico fez diferença, inclusive na questão da defesa e do ataque, usando sacos para construir um muro de proteção. Ou seja, estratégia e tática perfeitas. Os zulus não conseguiram resistir  à forma ocidental de guerrear.
 
Algumas considerações valem a pena sobre todo esse contexto: não adianta os povos rivais terem a mesma tecnologia dos Ocidentais. A combinação de ideologia, tática, estratégia e tecnologia é que fizeram a diferença. E, acima de tudo, liberdade. Isso fica bem evidente na mais terrível batalha já travado em mar aberto: a de Midway, entre Estados Unidos e Japão, em 1942.

O Japão havia se ocidentalizado em muitos aspectos, mas não me suas instituições políticas. A guerra nos moldes ocidentais baseia-se nos valores sociais e políticos que vão além da posse tecnológica de armas. É preciso que exista a livre investigação, método científico e produção de conhecimento. Ou seja, o Japão nunca teve uma visão política que estimulasse o individualismo.

Em uma batalha tensa, equilibrada, a ação individual faz toda a diferença. E em Midway fez muita diferença.  Um outro aspecto foi o fato de que, a inegável vantagem de todos os porta-aviões japoneses carregarem torpedos ao invés de bombas foi neutralizada pela confusão neutralizada nos conveses de decolagem.

Isso evidencia que batalhas raramente levam boas políticas em consideração. O ritmo é muito mais rápido, o que exige uma adaptação imediata e a ortodoxia nipônica pôs tudo isso a perder.

Conclusão: havia uma rígida hierarquia e uma submissão completa do indivíduo ao imperador japonês. Mais um caso em que a cultura ocidental fez toda a diferença.
 
A última batalha a ser analisada é a encarnação do conceito de paradoxo: a Ofensiva do Tet, durante a Guerra do Vietnã. Hanson se utiliza dessa batalha para analisar todas as questões envolvidas na guerra do Vietnã, principalmente o papel do sensacionalismo da imprensa que acabou por causar comoção nacional e, dessa forma, ser decisiva na retirada das tropas americanas da guerra.

Hanson avalia o poder de fogo americano e a forma confusa utilizada pelos vietnamitas para atacar a embaixada americana em Saigon e como isso foi divulgado pela imprensa como algo negativo, ignorando que a estratégia comunista matou milhares de inocentes.

É possível observar nessa última análise o quanto a imprensa foi manipuladora em suas imagens, nas entrevistas e como o efeito foi devastador para a opinião pública americana que alternava entre a compaixão com os vietnamitas do norte mortos e a condolência sentida pelos soldados americanos que morreram. Claro que esses aspectos não levam nenhum exército à derrota, mas assustam governos sob a pressão das eleições.

O autor compara essas situações às enfrentadas pelos atenienses durante a Guerra do Peloponeso e, através dessa argumentação, demonstra como os ocidentais pagam o preço pela liberdade de se dizer o que se quer. Justamente por isso é que o capítulo sobre o Vietnã é iniciado com a crítica de Tucídides à inconstância ateniense e à falta de apoio à expedição que atacaria a Sicília. O ensinamento de Tucídides vale para o que se vê ainda hoje, pois o historiador grego acreditava que “os siracusanos haviam se revelado guerreiros tão bons contra Atenas porque eram uma sociedade livre e democrática igual aos atenienses. Ele concluiu que as sociedades livres são as mais resistentes na guerra.”[4]

Um detalhe que chama a atenção no caso da Guerra do Vietnã foi a imprensa totalmente parcial e os atores que se diziam pacifistas, como por exemplo a Jane Fonda, que acabaram por inspirar o lado inimigo a resistir; Hanson analisa que era a primeira vez na história bélica ocidental que havia pessoas ao lado dos inimigos de guerra.

Outro aspecto que merece destaque é a mitologia acerca da guerra que foi amplamente divulgada pela imprensa sobre a disseminação do uso de drogas entre os combatentes e a intensidade do stresse pós-traumático sofridos pelos soldados americanos.

Hanson demonstra com fatos e dados que, na média, os veteranos se adaptaram muito bem na reintegração à sociedade, apesar da dureza dos combates, já que o tipo de ataque vindos dos comunistas era sorrateiro e as condições de guerra, horrorosas.

A imprensa divulgava apenas o que era mais sensacionalista tanto que o jornalista francês Jean Lacouture admitiu que foi a ideologia, não a verdade, que orientou grande parte das reportagens sobre a guerra.

Enfim, a Guerra do Vietnã foi um conflito em que esteve presente o medo dos políticos diante da pressão popular; a manipulação da imprensa e a incompetência do alto comando militar norte-americano. No entanto, apesar disso tudo, ainda é possível vislumbrar todos os aspectos positivos da tradição ocidental, principalmente na disciplina que produz excelentes soldados.
 
O livro é encerrado com um epílogo que reforça o legado greco-romano na formação das instituições ocidentais que tornaram esse modo de guerrear mortífero. O autor ainda faz uma rápida reflexão sobre o futuro desse legado ocidental, analisando que a guerra pode ser fatal quando um ocidental enfrenta outro.    Para completar, uma sugestão de leitura complementar para cada capítulo e um glossário que ajuda o leitor a compreender todos os pontos analisados no livro. Por todas essas reflexões, a obra é, com certeza, uma referência obrigatória para os que querem compreender a estrutura da geopolítica atual.

Em tempos em que a imprensa não possui diversidade de análise e há um comprometimento com agendas esquerdistas, análises com a profundidade demonstrada por Victor Hanson são uma luz real no fim do túnel.

[1] HANSON, Victor D. Porque o Ocidente Venceu. Massacre e Cultura - da Grécia ao Vietnã. Ed.Ediouro. pág. 41.
 
[2] Guerras pela disputa do Mediterrâneo, ocorridas entre 264 a.C a 146 a.C. Roma não só conseguiu vencer, como destruir a cidade de Cartago, localizada no norte da África, tanto que é símbolo da vitória romana a frase Delenda est Cartago (Destrua Cartago).
 
[3] HANSON, Victor Davis. Porque o Ocidente venceu. Ed. Ediouro. página 192.
 
[4] HANSON, Victor Davis. Porque o Ocidente venceu. Massacre e cultura - da Grécia antiga ao Vietnã. pág 622.

Quando a esquerda vai a Cuba

É uma encrenca. Tenho visto muita gente de esquerda opinar sobre Cuba após uma viagem àquele país. Há os que, afetados por esclerose múltipla, de etiologia marxista, não entendem o que veem e proclamam que voltaram do paraíso.
 
Outro tipo segue a linha daquela senhora que entrou em mutismo até desabafar, sob pressão dos familiares: "Tá bom. Aquilo é uma droga, mas não posso ficar dizendo, tá?". 

Tá, senhora, eu a entendo, apesar de, pessoalmente, não considerar aquilo uma droga. Droga é o regime. O povo cubano, submetido ao arbítrio e aos humores de uma ditadura que já leva mais de meio século, é um povo desesperançado. E há opiniões ainda mais notáveis, que se proporcionam quando o esquerdista que vai a Cuba é uma liderança política. Instado a opinar sobre o que viu, a celebridade tem que responder ao repórter.

Se fizer críticas ao regime estará, perante os companheiros, incorrendo em grave sacrilégio. Apontar mazelas cubanas é o equivalente ideológico de cuspir na cruz e chutar a santa. Coisa que não se faz mesmo. Durante meio século, a esquerda desenvolveu toda uma mística em torno da Revolução Cubana, dos "elevados valores morais" do bandido Che Guevara e das qualidades de estadista que ornam com fulgurantes e imperceptíveis realizações a figura mitológica de Fidel Castro. Se o sujeito retornar de Cuba descrevendo o que necessariamente passou diante de seus olhos cairá na mais negra e sombria orfandade política. É uma encrenca.

Por outro lado, se não disser que há um regime totalitário instalado no país, que só existe um partido político, que não há liberdade de opinião, que os meios de comunicação são órgãos do governo ou do partido comunista, que há um rigoroso controle da sociedade e da vida privada pelo Estado e que persistem as prisões políticas, o sujeito se desqualifica como democrata perante as pessoas de bom senso porque esses fatos são irrecusáveis. É uma encrenca.
 
Pois foi nessa encrenca que se meteu o governador Tarso Genro quando decidiu passar uns dias de férias na ilha dos irmãos Castro. As perguntas lhe vieram, em primeira mão, do portal Carta Maior, órgão quase oficial dos companheiros do governador. O inteiro teor da entrevista pode ser lido em www.cartamaior.com.br ou, em short link, aqui: http://bit.ly/yPek9J.
 
Como fez o governador para sair dessa? Atacou o suposto bloqueio norte-americano à Ilha, claro. No entanto, até os guindastes do Porto de Mariel (onde o BNDES está financiando um investimento de US$ 600 milhões) sabem que não existe bloqueio a Cuba. Bloqueio seria uma operação militar impedindo a entrada e saída de navios. O que existe é um embargo pelo qual os Estados Unidos pretenderam restringir as operações comerciais com a Ilha. No entanto, esse embargo está totalmente desacreditado há muito tempo. Os principais importadores de produtos cubanos são, pela ordem, Venezuela, China, Espanha, Brasil e Canadá. E os principais exportadores para Cuba, são, também pela ordem, Venezuela, China, Espanha, Canadá e Estados Unidos (é sim, 4,1% das importações cubanas são de bens de consumo made in USA). E não me consta que qualquer desses países mencionados, Brasil entre eles, sofra restrição comercial por parte dos Estados Unidos. Aliás, China e Venezuela destinam aos ianques respectivamente 18% e 38% de suas exportações e neles buscam respectivamente 7% e 27% de suas compras. Que terrível bloqueio americano é esse? Por outro lado, Cuba importa US$ 11 bilhões e exporta apenas US$ 4 bilhões. Não é por causa do embargo que as exportações cubanas são insignificantes. É porque - isto sim! - sua economia estatizada quase nada produz. Com um déficit comercial desse tamanho, o BNDES que se cuide, dona Dilma.
 
Sete vezes, na entrevista, o governador usou o anti-americanismo como forma de tergiversar sobre os males que o regime impõe ao país onde passou as férias. Tarso, na entrevista, estava sendo interrogado sobre Cuba por um jornalista companheiro. E batia nos Estados Unidos, enquanto surfava sobre o fato de que se há um bloqueio em Cuba, ele é o bloqueio imposto pelo governo à população, esta sim, impedida, sob força policial e militar, do fundamental direito de ir e vir.
 
Por fim, sobre a questão da democracia, o governador saiu-se com esta preciosidade: "A questão democrática em Cuba não pode ser avaliada com os mesmos parâmetros que servem para o Brasil, para a Argentina e para o Uruguai, por exemplo." Não, não pode mesmo. Se for avaliar a questão democrática em Cuba com conceitos abstratos e imprecisos (apesar de universais) como, digamos assim, eleições livres, pluralismo partidário, liberdade de expressão e de imprensa, aí a coisa fica complicada. A democracia cubana tem que ser avaliada sob conceitos de partido único, liberdades restritas, inexistência de oposição e estado policial. Viram como é uma encrenca?