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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um plebiscito para dividir fazendas


Diante da pobreza de milhões de brasileiros nesta terra tão rica em recursos naturais, até pessoas bem intencionadas se deixam instrumentalizar por adeptos de uma ideologia anticapitalista e antiliberal que ainda têm a ilusão de construir uma sociedade mais justa pelo atalho da luta de classes.
No último dia da Reunião dos Bispos em Brasília tivemos um breve tempo de estudo em grupos e apresentação de emendas para um texto de 55 páginas sobre a Questão Agrária, com a proposta de envolver a CNBB numa campanha para limitar por lei arbitrária o tamanho de propriedades rurais.
Faz muito tempo que tal projeto é tramado nos bastidores de setores que desejam radicalizar a reforma agrária. Ainda achei uma brecha para dizer que seria muito melhor insistir na exigência da função social de toda propriedade, em vez de perturbar o trabalho de pessoas que fazem a terra produzir. Tentei oferecer um texto crítico que fiz às pressas com argumentos razoáveis contra a tentativa de atacar e atrasar o desenvolvimento de uma agricultura moderna num país com a vocação de ser o celeiro do mundo neste século de perspectivas ameaçadoras de conflitos crescentes por alimento, por energia e por água.

Não conseguindo distribuir a todos o meu texto sobre o tal plebiscito, o mandei aos colegas pela internet, junto com outro mais elaborado sobre a Questão Agrária para Bispos, que ainda está guardado no meu Blog, porque se refere à primeira versão do texto da CNBB, do qual ainda não vi a versão final.
 
Quando questionei o envolvimento oficial da CNBB numa campanha contra grandes propriedades rurais que só servirá para agitar ainda mais o ambiente rural, recebi a resposta que não seria publicado um documento na coleção azul, mas apenas um texto para estudo na coleção verde. No entanto, já começou a campanha com a coleta de assinaturas e com a mobilização do povo para o grito dos excluídos. Quem não participar, será criticado como se não estivesse interessado na melhora de vida do homem do campo.

Na CNBB, quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões divergentes. Isso ficou claro quando alguns queriam mobilizar a Igreja toda contra projetos de transposição de água do São Francisco e de hidroelétricas na Amazônia.

Pessoalmente, não vejo por que todos os bispos deveriam marchar unidos contra projetos complicados que dividem as opiniões dos envolvidos e dos entendidos. Vejo que muitos fabricam argumentos para justificar seus objetivos, em vez de escolher seus objetivos de acordo com a verdade objetiva da razão.

Precisamos cuidar da unidade na doutrina, na liturgia, na solidariedade. Em questões de política econômica, não cabe à CNBB impor seus pontos de vista a ninguém. As opiniões de cada bispo valem de acordo com o peso dos seus conhecimentos manifestados nos seus argumentos.

Viva a liberdade!

A situação fica mais complicada quando uma proposta já assumida por pastorais é apresentada por uma comissão nomeada pela presidência e passa pelo plenário e pela maioria da Assembleia. Mas o povo tem o direito de ver o outro lado da moeda.
 
Não quero impor as minhas opiniões. Quero apenas oferecer meus argumentos pessoais aos interessados no assunto, e deixar claro que nenhum católico é obrigado a participar de uma campanha promovida por uma entidade qualquer, mesmo que conte com o apoio da CNBB. Ninguém pode exigir que todos tenham a mesma opinião sobre problemas de política econômica e que todo católico venha embarcar na canoa furada desse “plebiscito”.
 
Tal campanha contra o tamanho das propriedades rurais só fará aumentar os conflitos no campo. Quem sobreviver verá.
 
Na proposta que surgiu na nossa Assembleia faltou definir coisas importantes:
 
1)    Qual deve ser o tamanho limite das propriedades?
 
2)    A desapropriação será com indenização ou por confisco sumário?
 
3)    Quem receberá a terra pronta e as benfeitorias de presente? O invasor que chegar primeiro?  Os amigos dos donos do poder?
 
Agora, o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, FNRA, já diz qual deve ser o Limite da Propriedade: 35 módulos fiscais. Um manual recente do FNRA explica que um módulo tem entre 5 e 110 hectares. Segundo o INCRA, em São Paulo, em regiões boas para culturas permanentes, um módulo tem dez hectares. Portanto, propriedades que ultrapassam 350 hectares serão desapropriadas.
 
Com as leis atuais que protegem fazendas produtivas, já acontecem invasões de áreas plantadas. Aqui na Bahia, invasores de terras alheias cortaram pés de eucaliptos com o argumento tolo que pobre não come madeira. Alguém imagina que grandes plantações de laranja, de café, de cana, de soja, de eucaliptos, seriam entregues sem resistência ao primeiro invasor que chegar? Ou será que ainda existem movimentos que sonham com revolução?

No sertão difícil, os módulos são bem maiores, mas o pessoal não dorme no ponto. Vão procurar as regiões melhores. Já existem assentamentos que produzem pouco, mas onde receberam casas perto de cidades. Outros procuram lugares de futuro turístico. Assentamentos no interior do sertão só sobrevivem enquanto continuam recebendo ajuda.

 Resumindo, a proposta do FNRA é esta: Confiscar as grandes fazendas:
 
Áreas acima de 35 módulos seriam automaticamente incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária.
 
Jequié, 17 de Julho de 2010. Dom Cristiano Krapf, Bispo de Jequié, BA
 
Publicado originalmente em: http://www.domcristiano.com.br/home/

Vamos ajudar o coordenador da campanha da Dilma


Como coordenador de campanha eleitoral, Marcelo Branco vive fazendo bobagem  (talvez por isso Dilma goste tanto dele).   Ontem iniciou uma mobilização pela Internet para convencer sua candidata... a participar de debate on-line na próxima segunda-feira .  Logo ela que foge do que seria um verdadeiro suicídio eleitoral.

Como já estava decidido que mais uma vez Dilma não se arriscaria a participar de debate, mandaram que Marcelo Branco suspensse a tal brincadeira.  Dilma, então, deu a mesma desculpa de sempre no twitter:  'nem sempre é possível participar de todos os convites".  

Vamos colaborar com o coordenador da campanha da candidata e insistir com pedidos, em seu blog, para que participe do debate de segunda-feira.





Em quem será que
Marcelo Branco vai votar?
Em José Serra ou na Marina?

Tesoureiro da Dilma "esquece" de declarar a própria empresa. É o cara certo no lugar certo.

O tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, José de Filippi Jr. (PT-SP), 53, omitiu da declaração de bens que entregou à Justiça Eleitoral, a propriedade de uma empresa de engenharia responsável por dois empreendimentos imobiliários em São Paulo. Filippi foi prefeito de Diadema (Grande SP) até final de 2006 e agora é candidato a deputado federal pelo PT. Ao deixar a prefeitura, Filippi abriu a AFC 3 Engenharia, com capital de R$ 10 mil. Ele disse à reportagem da Folha de São Paulo que a AFC se tornou a sua principal fonte de renda, com retiradas mensais que oscilaram de R$ 10 mil a R$ 15 mil. O cara esqueceu de declarar a origem da sua fonte de renda, é mole? É o cara certo no lugar certo.  José de Filippi Júnior foi condenado a devolver R$ 2,1 milhões que repassou para o advogado petista Luiz Greenhalgh, quando era prefeito de Diadema, São Paulo.

PT e FARC: Por que o PT quer processar só o PSDB? Elementar, meus caros!

No Mídia sem Máscara: PT e FARC: Recordar é viver...

Até figuras como Alborghetti, Merval Pereira e Raul Reyes falaram dos vínculos entre o PT e as Farc. Por que o PT quer processar só o PSDB?

Se o PT quiser processar todo mundo que os liga aos narcotraficates, vai faltar tribunal. Pois além dos pioneiros Constantine Menges, Olavo de Carvalho, Graça Salgueiro, Heitor de Paola e outros articulistas do MSM, que há anos escrevem rotineiramente das conexões entre o PT, as Farc e outros grupos terroristas e do narcotráfico latino-americano, outras pessoas já denunciaram os fatos que só agora, após anos de devastação petista, Índio da Costa, seguido pela tucanada (José Serra, Sérgio Guerra, Geraldo Alckmin) resolveu comentar.
Então, considerei útil agregar alguns links, vídeos e comentários a respeito. Encontrei-os rapidamente, clicando web afora, nesta segunda (19), interessado que estava para ler a respeito.
Bem, o PT já não pode mais processar Raul Reyes, o segundo das Farc, abatido pelos bravos militares colombianos numa operação que também capturou o notebook do traficante, que continha informações sobre... Bem, para não restar dúvidas, segue trecho da entrevista do ex-vice das Farc, realizada pelo jornalista Fabiano Maisonnave, lá atrás, em agosto de 2003, na não menos revolucionária Folha de S. Paulo: 

Folha de S.Paulo - Qual é a sua avaliação do governo Lula?

Reyes - Tenho muita esperança em que o governo Lula se transforme num governo que tire o povo brasileiro da crise. Lula é um homem que vem do povo, nos alegramos muito quando ele ganhou. As Farc enviaram uma carta de felicitações. Até agora não recebemos resposta.

Folha de S.Paulo - Vocês têm buscado contato com o governo Lula?

Reyes - Estamos tentando estabelecer --ou restabelecer-- as mesmas relações que tínhamos antes, quando ele era apenas o candidato do PT à Presidência.

Folha de S.Paulo - O sr. conheceu Lula?

Reyes - Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo.

Folha de S.Paulo - Houve uma conversa?

Reyes - Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele.

Folha de S.Paulo - Qual foi a última vez que o sr. falou com ele?

Reyes - Não me lembro exatamente. Faz uns três anos.

Folha de S.Paulo - Fora do governo, quais são os contatos das Farc no Brasil?

Reyes - As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na época do presidente [Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil.

Folha de S.Paulo - O sr. pode nomear as mais importantes?

Reyes - Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas...

Folha de S.Paulo - Quais intelectuais?

Reyes - [O sociólogo] Emir Sader, frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros.

Folha de S.Paulo - No Brasil, as Farc têm a imagem associada ao narcotráfico, em especial com o traficante Fernandinho Beira-Mar. A Polícia Federal concluiu que ele esteve na área das Farc junto com Leonardo Dias Mendonça. O sr. confirma?

Reyes - Não sou um policial, sou um revolucionário. A Colômbia não é tão grande como o Brasil, mas tem 1.142.000 km2, e as Farc estão presentes em todo o país. Qualquer um que chegue do Brasil, da Europa ou dos EUA a qualquer um dos Departamentos da Colômbia, pode vir a ter contato com a guerrilha.

(http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u62119.shtml)
Fica a pergunta: Raul Reyes pôde falar das conexões PT-Farc. Por que Índio da Costa, não?
Adiante. Em março de 2005, como se publicasse grande novidade, a revista Veja apresentou a reportagemLaços Explosivos: Documentos secretos guardados nos arquivos da Abin informam que a narcoguerrilha colombiana Farc deu 5 milhões de dólares a candidatos petistas em 2002. Para quem já lia o Mídia Sem Máscara, a revista chovia no molhado.
Em 2008, até Merval Pereira [ver nota] tocou no assunto (valeu, Aluizio Amorim). Sabemos, Merval Pereirapode ser acusado de tudo, menos de conservador, de anti-esquerdista, de inteligente, etc.
Eis o vídeo:

O velho Alborghetti (bem lembrado, kamaradas do Vanguarda Popular) também não deixou por menos. No mesmo ano, lia em seu programa de tevê matéria da jornalista Juliana Castro, que tratava de uma atitude de militares da reserva brasileiros: com base nas informações apuradas pela revista Cambio, falavam das conexões entre o PT e o grupo narcoguerrilheiro auto-intitulado Farc. O PT quer ferrar os militares a todo custo, mas jamais processou o falecido Luiz Carlos Alborghetti.
O jornalista Políbio Braga comentou ontem no Twitter, que as Farc foram recebidas pelo então governador Olívio Dutra, do PT, no próprio palácio do governo do Rio Grande do Sul. Olavo de Carvalho comentou o episódio na época, não sem antes citar uma declaração de George Bernanos que adquire cada vez mais uma inegável dimensão profética. Em suas palavras:

Georges Bernanos, um profeta que tinha o péssimo hábito de acertar, disse na década de 40 que "o Brasil é um país maravilhoso, mas infelizmente destinado a ser palco da mais sangrenta das revoluções".
Se depender das autoridades gaúchas, isso é para já. Receber líderes das FARC para conversações secretas, dar-lhes proteção estatal para que ensinem até a crianças de escola as metas e métodos da narcoguerrilha colombiana é o mínimo que o governo do sr. Olívio Dutra se permite (http://www.olavodecarvalho.org/semana/04212002zh.htm).

Ainda há mais. Como a nomeação da esposa do pseudo-padre articulador das Farc Olivério Medina, para uma "boquinha" na Secretaria Especial de Agricultura e Pesca, a pedido de Dilma Roussef. Saiu na Gazeta do Povo:

A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, órgão do governo federal com status de ministério, emprega desde 2006, em um cargo de confiança, a paranaense Ângela Maria Slongo, mulher do ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Francisco Antônio Cadenas Collazzos, conhecido como Oliverio Medina. Ela também é, desde 1986, professora concursada da Secretaria de Educação do Paraná e foi cedida pelo governo do estado ao órgão federal em 2006 - num pedido feito pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao governador Roberto Requião. 
Acusado de homicídio e terrorismo na Colômbia, Medina viveu em prisão domiciliar em Brasília entre 2005 e março do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu o pedido de extradição para o país vizinho.(http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=772307&tit=Mulher-de-ex-guerrilheiro-das-Farc-tem-cargo-no-governo)

Reinaldo Azevedo também escreveu artigo relembrando de alguns desses fatos, e tem mais informações por aí. Elenquei algumas, dando ênfase aos veículos de comunicação bem conhecidos da patuléia, para não aparecer nenhum bobalhão dizendo que se trata de mais uma "teoria da conspiração".

Sabe como é. Estamos lidando com brasileiros. Gente que vota em tucanos e petistas.

Tesoureiro de Dilma deixa de declarar empresa na Justiça Eleitoral!

O candidato a deputado federal e tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à presidência José de Filippi Jr. (PT-SP) omitiu da declaração de bens que entregou à Justiça Eleitoral, a propriedade de uma empresa de engenharia responsável por dois empreendimentos imobiliários em São Paulo.

De acordo com reportagem da FolhaFilippi negou má-fé, disse que a falha foi do seu contador e que irá retificar o erro. A AFC 3 Engenharia, empresa do tesoureiro, teve um faturamento de R$ 649 mil no ano passado.


Sobrou para o contador, óbvio!

O DOSSIÊ BRASILEIRO: o MÍDIA SEM MÁSCARA reproduz a tradução da matéria da revista colombiana Cambio, que revela o óbvio para quem acompanha o MSM, e que é sonegado sistematicamente pela mídia brasileira: as ligações da organização criminosa Farc com membros da administração petista.




por Revista Cambio em 02 de agosto de 2008 





Resumo: O MÍDIA SEM MÁSCARA reproduz a tradução da matéria da revista colombiana Cambio, que revela o óbvio para quem acompanha o MSM, e que é sonegado sistematicamente pela mídia brasileira: as ligações da organização criminosa Farc com membros da administração petista



© 2008 MidiaSemMascara.org


Capa da revista Cambio:
mais uma vergonha para a imprensa brasileira.
 


Fotos dos malditos envolvidos:




A LISTA DOS CITADOS



José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil
Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência
Erika Kokay, deputada
Gilberto Carvalho, chefe de Gabinete
Celso Amorim, chanceler
Marco A. García, assessor para assuntos internacionais
Perly Cipriano, subsecretário de Promoção DD.HH.
Paulo Vanucci, ministro da Secretaria de DD.HH.
Selvino Heck, assessor presidencial


Cavaleiro do Templo: antes de ler, eis o relatório da INTERPOL sobre a análise do conteúdo dos computadores de Raúl Reyes, número 2 das FARC, e que apreendidos depois do seu "empacotamento" e que resultaram no Dossiê Brasileiro:

Popout



O entardecer do sábado de 19 de julho, na fazenda Hatogrande, a casa presidencial ao norte de Bogotá, o presidente colombiano Álvaro Uribe, sorridente e despreocupado, como poucas vezes, não teve dúvidas em oferecer a seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, um copo de aguardente antioqueño para mitigar o frio que perfurava os ossos.


O copo selou a primeira parte da intensa jornada que tinha começado na sexta-feira, dia 18 de julho, e que terminaria no domingo com a celebração do Dia da Independência colombiana. Uma celebração que, como nunca, reuniu artistas do nível de Shakira e a qual participou também o presidente peruano Alan Garcia.

A agenda de Lula e Uribe, ao redor dos acordos bilaterais, foi condimentada com muitos elogios públicos. O presidente Uribe agradeceu a Lula e a seu governo de seis anos pelas relações dinâmicas e de confiança. No entanto, em uma reunião particular que mantiveram com pouquíssimas testemunhas, Uribe fez a Lula um breve resumo sobre uma série de arquivos que as autoridades colombianas encontraram nos computadores de Raúl Reyes que comprometia cidadãos e funcionários de seu governo com as Farc.

Diferente do que aconteceu com a informação relacionada aos servidores públicos do governo de Rafael Correa e cidadãos equatorianos, que o governo tornou pública, no caso do Brasil as instruções do presidente colombiano foram de mantê-las reservadas e manejá-las diplomaticamente para não deteriorar as relações comerciais e de cooperação com o governo de Lula.

O governo colombiano usou de forma seletiva os arquivos do computador pessoal de Raúl Reyes. Enquanto com o Equador e a Venezuela foram usados para colocar em proibição Chávez e Correa, hostis com Uribe, com o Brasil foi manipulado por debaixo da mesa para não comprometer Lula, que se mostrou mais hábil e menos belicoso com a Colômbia que seus outros colegas.

Ainda assim, alguns meios brasileiros tinham informação parcial sobre uns poucos arquivos e, por isso, no dia 27 de julho consultaram o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, que em uma entrevista do jornal "O Estado de S. Paulo" confirmou que o governo colombiano havia informado Lula sobre o tema.

"Há uma série de informações de conexões que entregamos ao governo brasileiro para que possa atuar como considerar mais apropriado", disse Santos, que se absteve de comentar se havia ou não políticos e funcionários oficiais com relações com o grupo que hoje é encabeçado por Alfonso Cano. Às declarações do ministro, o assessor de política internacional do Brasil, Marco Aurélio Garcia, respondeu de forma imediata e qualificou como irrelevantes os dados fornecidos pela Colômbia.

Cura Camilo
 – Não se sabe com exatidão e o quão detalhada foi a informação que o presidente colombiano Uribe deu a Lula, mas o que poderia ser chamado de "dossiê brasileiro" teria implicações mais sérias que as derivadas da informação relacionada com Venezuela e Equador.

A revista Cambio teve acesso a 85 mensagens eletrônicas que, entre fevereiro de 1999 e fevereiro de 2008, circularam entre Tirofijo, Raúl Reyes, o Mono Jojoy, Oliverio Medina – delegado das Farc no Brasil – e de homens identificados como Hermes e José Luís.

A julgar pelo conteúdo das mensagens, a presença das Farc no Brasil chegou às mais altas esferas do governo Lula, o Partido dos Trabalhadores (PT), a diligência política e a administração de Justiça. Neles, são mencionados cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial do presidente Lula, um vice-ministro, cinco deputados, um conselheiro e um juiz superior.

A personagem central das mensagens eletrônicas é Oliverio Medina, também conhecido como "Cura Camilo", um sacerdote que ingressou nas Farc em 1983 e que teve uma rápida ascensão até tornar-se secretário de Tirofijo. Chegou ao Brasil como delegado especial das Farc em 1997 e esteve na Colômbia durante o processo da zona de Caguán, em que foi chefe de imprensa do grupo.

Por trás da ruptura das conversações em fevereiro de 2002, regressou ao Brasil, onde continuou sua missão, e sua influência chegou até altos níveis da administração Lula, que assumiu o cargo em janeiro de 2003. Mas graças à pressão das autoridades colombianas, foi capturado em agosto de 2005. A Colômbia pediu sua extradição, mas o Supremo Tribunal Federal, de Brasília, não somente a negou, em 22 de março de 2007, como reconheceu Medina como refugiado político.

Até o Curubito
 – O cárcere não foi obstáculo para que "O Cura Camilo" suspendesse seu trabalho proselitista e propagandista. Prova disso são as numerosas mensagens que ele enviou a Reyes e que mostraram como conseguiu chegar até a cúpula do governo brasileiro.
Quatro das mensagens às que a Revista Cambio teve acesso se referem ao presidente Lula. Em uma delas, de 17 de julho de 2004, Raúl Reyes disse a Trofijo que o governo Lula ajudaria com o acordo humanitário: "Os curas me enviaram uma carta pedindo entrevista com eles do Brasil", escreveu Reyes. Segundo dizem, falaram com Lula e ele assumiu o compromisso de ajudar no acordo humanitário, intercedendo com Uribe para efetuar uma reunião no Brasil.

Na segunda mensagem, do dia 25 de setembro de 2006, Oliverio Medina conta a Reyes: "Não lhe disse que faz alguns dias que Lula chamou o ministro Pablo Vanucchi [ministro da Secretaria Nacional de DD. HH.], indicando-lhe que telefonara para o advogado Ulises Riedel e o felicitara pelo êxito jurídico em sua brilhante defesa a favor de meu refúgio."

No terceiro e-mail, com data de 23 de dezembro de 2006, Medina informa a Reyes que "a Lula e a um de seus assessores que nos ajudaram, enviei o pôster de Aguinaldo." Os funcionários são Silvino Heck, assessor especial do presidente Lula, e Gilberto Carvalho, chefe de Gabinete, que aparecem mencionados em uma mensagem eletrônica de 23 de fevereiro de 2007, também dirigida a Reyes: "É possível que me visite um assessor de Lula chamado Silvio Heck, que, com Gilberto Carvalho, foi outro que nos ajudou bastante."

Entre os 85 e-mails a que a revista Cambio teve acesso, há um sem data, também enviado por Medina a Reyes, que diz: "Falei com a deputada federal Maria José Maminha. Combinamos que ele vai abrir caminho rumo ao presidente via Marco Aurélio Garcia." Garcia é secretário de assuntos internacionais.

Não menos comprometedoras são aquelas mensagens em que aparecem mencionados alguns ministros. Em uma delas, dirigida a Reyes o dia 4 de junho de 2005 por um tal de José Luis, figura o nome do ministro da Previdência, José Dirceu. "Chegou um jovem de uns 30 anos e se apresentou como Breno Altman (dirigente do PT) e me disse que vinha da parte do ministro da Previdência José Dirceu, que, por motivos de segurança, eles haviam acordado que as relações não passariam pela Secretaria de Relações Internacionais, senão que fizeram diretamente por meio do ministro com a representação de Breno."

Ao final da mensagem, José Luis disse que o governo brasileiro e o PT dariam proteção a Medina enquanto avança o trâmite da extradição: "Perguntei se poderíamos estar tranqüilos, que não iriam seqüestrá-lo ou deportá-lo para a Colômbia e ele me respondeu: ' Podem ficar tranqüilos' ". Em uma mensagem do dia 24 de junho de 2004, Reyes comenta com Media sobre a possível saída de José Dirceu do Gabinete e lhe disse: "Com certeza, esta medida em proveito dos detratores de Lula pode afetar a incipiente abertura das relações que eles têm conosco."

Amorim
 – As Farc também tentaram chegar ao escritório do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Em uma mensagem do dia 22 de fevereiro de 2004, José Luis escreve a Reyes: "Por intermédio do legendário líder do PT, Plínio Arruda Sampaio, chegamos a Celso Amorim, atual ministro de Relações Exteriores. Plínio nos mandou falar para Albertao (conselheiro de Guarulhos) que o ministro está disposto a nos receber. Que assim que tiver espaço em sua agenda, nos receberá em Brasília."

O procurador e o juiz
 – O embaixador das Farc fez tão bem seu trabalho que também conseguiu chegar até o procurador Luis Francisco de Souza, que é mencionado em uma extensa mensagem eletrônica do dia 22 de agosto de 2004, que Medina e José Luis enviaram a Reyes e a Rodrigo Granda: "Ele deu o seguinte conselho: andar com uma máquina fotográfica e, se possível, com um gravador para em caso de voltar a parar um agente de informação, fotografá-lo e gravá-lo, tendo o cuidado de não deixar que ele pegue a câmera e o gravador. Que em relação ao que aconteceu, façamos uma denúncia dirigida a ele como Procurador para fazê-la chegar ao chefe da Polícia Federal e à Agência Brasileira de Informação."

Algumas mensagens foram escritas durante o processo da zona de Caguán e envolvem um prestigiado juiz e um alto ex-oficial das Forças Armadas Brasileiras. Por exemplo, em um e-mail do dia 19 de abril de 2001, Mauricio Malverde informa a Reyes: "O juiz Rui Portanova, amigo nosso, nos falou que quer ir aos acampamentos e receber instrução e conhecer a vida das Farc. Pague a viagem dele." Portanova era, então, juiz superior da Corte Estatal do Rio Grande do Sul, de Porto Alegre.

Três dias antes, em 16 de abril, Medina relata a Reyes um encontro entre Raimundo, Pedro Enrique e Celso Brand - ao que parecem, laços das Farc no Brasil – com o brigadeiro Iván Frota, ex-chefe da Força Aérea Brasileira. "O homem se interessou e disse que gostaria de ter um encontro pessoal conosco. Disse que está começando a amadurecer a tomada da base de Alcântara pelas forças nacionais para impedir que os Estados Unidos fiquem com os 600 quilômetros quadrados que estão sob seu domínio."

A pequena amostra dos 85 emails a que a Revista Cambio teve acesso revelam a importância do Brasil na agenda exterior das Farc, manejada por Raul Reyes, e não cabe dúvidas de que "O Cura Camilo", para sustentar a estratégia continental da guerrilha, aproveitou a conjuntura criada pela ascensão de poder de Lula e seu influente Partido dos Trabalhadores para chegar até as mais altas esferas do governo.

E, se os e-mails são apenas indícios de um possível compromisso do governo Lula com as Farc, pois nenhum dos funcionários enviou mensagens pessoais a algum dos membros do grupo guerrilheiro, despertam muitas interrogações que exigem uma resposta do governo brasileiro.

Os contatos das Farc
 – A expansão das Farc na América Latina não somente incluiu funcionários dos governos da Venezuela e Equador, como também comprometeu a destacados dirigentes, políticos e altos membros do Partido dos Trabalhadores, ao qual o presidente Lula pertence. Além disso, o grupo guerrilheiro manteve contatos com procuradores e juízes do Brasil.

Publicado originalmente pela revista Cambio.

Sobre o tabefe nos políticos...


... em forma de entrevista. 

Só as pessoas decentes podem exigir moralidade.
Só tem direito de cobrar respeito quem sabe respeitar.


Comentários sobre os trechos da entrevista completa em   "Um tabefe nos políticos - entrevista com o presidente do TRE/RJ - http://puteiro-nacional.blogspot.com/2010/07/um-tabefe-nos-politicos-entrevista-com.html"  

- ... os próprios partidos políticos são os primeiros a legitimar os candidatos com ficha suja.

- ... é um problema de escala nacional - embora seja presidente do TRE do Rio, Namezala deixou bem claro o que já sabemos, que os problemas imorais são se restringem ao Estado em que ´traficantes, bicheiros e á política andam de braços dados.  Se esparramam pelo Brasil à fora 

- ... arregimentam-se votos em troca de presentes e favores.


- o tráfico foi se alastrando e acumulando poder, sob os olhos complacentes das autoridades


- ... políticos eleitos pelo método da coerção. O mais assustador é que eles chegam ao Congresso Nacional e se colocam na posição de legislar sobre nossos direitos e obrigações. Aproveitam para garantir ainda mais seus privilégios.


- ... um problema enraizado e de gravidade máxima. Suas origens estão fincadas na complacência das autoridades.


- ... resolução que acaba com as doações ocultas nas campanhas - os partidos políticos estão fazendo pressão contra ... 
campanhas milionárias irrigadas por dinheiro sujo. 

leis que estabelecem e exigem honestidade na política: Há resistências de todos os lados. Tomados de corporativismo e sem considerar os ganhos para o país, muitos políticos tentam, e frequentemente conseguem, impedir avanços que contrariam seus interesses.

não é fácil dar saltos no aperfeiçoamento do processo eleitoral.

artigo que estipulou pela primeira vez no país que um candidato já eleito pudesse ter o mandato cassado, a qualquer hora, por irregularidades flagradas durante a campanha - no fim do ano passado os atuais congressistas deram marcha a ré. Modificaram o texto de modo a torná-lo mais condescendente.


- os CASOS que ferem a imagem de uma instituição como a que presido causam um estrago enorme. Os escândalos ajudam, afinal, a disseminar um descrédito em relação às próprias instituições.  Um dia, quem sabe, chegaremos ao padrão das nações mais desenvolvidas. Tais países não estão imunes às infrações eleitoral, mas se situam a anos-luz do Brasil aspectos mais incômodos do nosso próprio subdesenvolvimento.

baixo nível de educação da população brasileira, ... afeta diretamente o cenário eleitoral.

países que já contam com representantes políticos de mais alto nível são também aqueles em que os eleitores são mais escolarizados e tomam suas decisões com base num processo mais racional. 

o alto grau de desinformação no Brasil tem ainda redundado em más escolhas nas urnas.
... áreas férteis para a proliferação do velho assistencialismo e do voto motivado por ele brechas para que vicejem práticas ilegais de toda sorte numa eleição. 


Este histórico indecente ajuda a provar que não são os comentários mais cáusticos, que tanto incomodam os parlamentares, que ferem a imagem da Congresso, como alguns gostariam que acreditassem.  Quem desmoraliza a chamada Casa do Povo -  que a ela não tem acesso nem direito de fazer exigências - é a ladroagem, a canalhice, o desvio do NOSSO dinheiro, as promessas de campanha que não são cumpridas, o deboche escrachado dos politicos, a eterna troca de favores, o oportunismo, a hipocrisia que transforma os inimigos de ontem nos amigos de  hoje.  Isso, sim, é que enlameia a imagem do Congresso.  

Os políticos brasileiros ainda não perceberam que,  quando debocham da nossa cara, estão debochando do próprio Congresso, do cargo que lhes garante gastos de quase um MILHÃO DE REAIS POR ANOS (cada um deles). 


Desafio todos os políticos brasileiros a fazerem o teste que será colocado aqui no blog amanhã. Depois de feito o teste - com coragem e sem tapeação, para não torná-lo inválido - peço que se olhem no espelho e perguntem aos seus botões (aos seus botões, é suficiente),  sou, ou não sou, um canalha"?



AS ELEIÇÕES ESTÃO CHEGANDO.
É A HORA DE AFASTAR OS PREDADORES DA DIGNIDADE NACIONAL.

Imprensa começa a abrir caixa preta do Foro de São Paulo.


De João Bosco Rabello, do Estadão, matéria intitulada "PT E FARC: UMA ANTIGA RELAÇÃO IDEOLÓGICA QUE ENCONTRO ABRIGO NO GOVERNO BRASILEIRO":

"No Brasil, são notórias as ligações das Farc com organizações criminosas (Comando Vermelho, PCC), às quais treinam e vendem armas e drogas. Um de seus interlocutores era Fernandinho Beira-Mar, que está preso. Nada disso, porém, constrangeu a presença de gente das Farc no Foro de São Paulo. O desligamento formal não impediu que representantes daquela milícia se fizessem presentes. Na última reunião do Foro, no Uruguai, havia um representante seu."

Leia aqui, na íntegra, tudo o que o vice Indio da Costa(DEM) declarou à Imprensa e que deixou o PT, parceiro das FARC, tão irritado. 

Um tabefe nos políticos - entrevista com o presidente do TRE/RJ


Entrevista com Nametala Machado Jorge, presidente do Presidente do TRE do Rio de Janeiro  (última revista Veja), com alguns detalhes marcados para que nada passe despercebido.



  • A nova lei eleitoral conseguirá mesmo afastar os maus políticos?
- Não há dúvida de que esses políticos deveriam ser banidos do pleito, e já, em prol da civilidade eleitoral - mas, tratando-se de uma lei nova, é precipitado dizer que todos os juízes agirão com o mesmo rigor. Como ocorre com qualquer legislação recente, não existe ainda algo como uma jurisprudência sobre sua aplicação. Estamos em um estágio em que cada magistrado terá uma interpretação muito própria, havendo aí mais margem para imperfeições. De todo modo, é preciso reconhecer que estamos diante de um avanço notávelpara a democracia a longo prazo. A nova lei é um marco. Não se espere, no entanto, que ela se encarregue, sozinha, da necessária moralização na política brasileira, meta ainda muito distante. É preciso lembrar que são os próprios partidos políticos os primeiros a legitimar os candidatos com ficha suja.

  • Por que os partidos acolhem esses sujeitos?
- Por puro pragmatismo, mesmo que à revelia de qualquer princípio ético. Como muitos acabam alcançando votações expressivas, não raro à base de coerção e medo, eles se tornam peças valiosas para insuflar as legendas. Essa é uma lógica perversa, que trata de manter a política brasileira num patamar muito baixoA impunidade, infelizmente, ainda não é vista no país com a devida indignação ou mesmo com perplexidade, e isso se reflete também nos partidos políticos. Refiro-me a um problema de escala nacional. No Rio de Janeiro, onde eu atuo, a presença de bicheiros, traficantes e milícias (grupo de policiais e ex-policiais que, à margem da lei, estão hoje no comando de algumas favelas) só torna todo esse cenário ainda mais preocupante.

  • - O senhor poderia ser mais específico?
- As áreas mais pobres e violentas do Rio estão tomadas de currais eleitorais sob o domínio desses criminosos. Ali, arregimentam-se votos em troca de presentes e favores. É coisa que se vê em outros lugares do Brasil, mas que, no Rio de Janeiro, ganhou contornos próprios à medida que o tráfico foi se alastrando e acumulando poder, sob os olhos complacentes das autoridades. Todo mundo sabe que o crime violento atinge seus mais elevados níveis de brutalidade nas áreas dominadas pelos traficantes. Então, eu me pergunto: quem, em uma favela subjugada por esses bandidos, pode em sã consciência dar seu voto a um candidato que não seja aquele indicado pelos criminosos? Ninguém, claro. Porque, se o escolhido pelos bandidos tiver uma votação insuficiente, a represália se estenderá a todos. O Rio está cheio desses políticos eleitos pelo método da coerção. O mais assustador é que eles chegam ao Congresso Nacional e se colocam na posição de legislar sobre nossos direitos e obrigações. Aproveitam para garantir ainda mais seus privilégios.

  • - Como inibir a presença desses criminosos nas eleições do Rio de Janeiro?
- Seria ingênuo e leviano de minha parte dizer que os bandidos serão finalmente varridos do processo eleitoral. Por outro lado, a complexidade do problema não pode servir de justificativa para que uma instituição como o TRE ou a própria polícia se exima de suas responsabilidades. Estou certo de que as ações do estado podem representar avanços relevantes.

  • - Que tipo de iniciativa é mais eficaz no combate à ação de traficantes e milícias numa eleição?
- Do ponto de vista da Justiça Eleitoral, não há outro caminho senão empreender uma fiscalização maciça e implacável durante todo o período que antecede a eleição. O objetivo é que o processo transcorra num ambiente de liberdade, em que os pilares mais elementares da democracia sejam preservados, e não sob a ditadura de um bando de traficantes, como é regra nas favelas em que eles estão no comando. Digo sempre que minha luta é pelo básico do básico: garantir que todo e qualquer candidato suba o morro sem que seja barrado pelo tráfico e impedido de fazer ali sua campanha. Nossos fiscais estão imbuídos justamente da tarefa de flagrar as barbáries eleitorais. Para coibi-las, no entanto, não existe outro jeito senão contar com a ação ostensiva da polícia.

  • - Nas últimas eleições, até o Exército subiu os morros do Rio, mas não conseguiu evitar a ação dos bandidos, que impediam os candidatos sem o seu aval de fazer livremente sua campanha…
- A ação do Exército não funcionou mesmo. O reforço veio muito tarde, apenas três dias antes das eleições. Para ser efetivo, esse trabalho tem de ser duradouro e contínuo. Se o governo federal quiser dispor de seu efetivo noite e dia nas favelas, a partir de agora, serei o primeiro a aplaudir. Espanta como tanta gente por aí ainda não entendeu que estamos diante de um problema enraizado e de gravidade máxima. Suas origens estão fincadas na complacência das autoridades com o crime na cidade por décadas a fio. O que se vê hoje no Rio de Janeiro nada mais é que a versão moderna do velho coronelismo - só que com contornos mais nefastos. Basta dizer que, em alguns casos, o estado simplesmente não consegue entrar numa favela para fazer valer a Constituição.

  • - Que tipo de dificuldade a Justiça Eleitoral enfrenta para atuar nesses rincões?
Os fiscais do TRE não podem subir qualquer morro, sob o risco de não sair de lá com vida. Não é exagero. Chegamos a um ponto tal que não há como fazer cumprir uma ordem judicial numa das violentíssimas favelas do Complexo do Alemão sem uma escolta policial. E a presença de policiais, por si só, já pode provocar uma verdadeira guerra. Estamos falando de lugares em que a lógica é a mesma do faroeste. Recentemente, julguei uma ação de reintegração de posse de um terreno numa dessas favelas e, para minha surpresa, o dono do imóvel preferiu desistir de ir lá reaver aquilo que era seu. Ficou paralisado pelo medo de ser repreendido. Esses absurdos que acontecem no Rio de Janeiro só vêm se somar a outros tantos do sistema eleitoral brasileiro, que afetam as eleições no país como um todo.

  • - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou recentemente uma resolução que acaba com as doaçõesocultas nas campanhas. Isso é um avanço?
- Sem dúvida que sim, mas sei que os partidos políticos estão fazendo pressão contra. Por quê? Simples. Eles justamente fogem da transparência no processo, uma vez que é das doações ocultas que decorrem várias das irregularidades flagradas em período eleitoral. Essa é uma das raízes do desequilíbrio no jogo político. E de onde, afinal, se alimentam campanhas milionárias irrigadas por dinheiro sujo. Isso é um desvirtuamento da própria natureza da democracia, que não é tão somente o governo da maioria - mas da maioria honesta.

  • - Além da Ficha Limpa, o senhor citaria outros avanços recentes no cenário eleitoral brasileiro?
- Certamente que um deles se deve à implantação da urna eletrônica, que conferiu, pela primeira vez, lisura no resultado das eleições. Qualquer um que a conteste - e ainda tem gente por aí fazendo isso - só pode ser saudosista das fraudes que tanto marcaram os pleitos no país durante décadas. Outro progresso inquestionável foi a aprovação da lei que estabelece que os políticos fiquem sujeitos a perder seu mandato caso sejam flagrados comprando votos. E uma dessas práticas pedestres ainda muito comuns no Brasil. Reconheço com pesar, porém, que não é fácil dar saltos no aperfeiçoamento do processo eleitoral. Há resistências de todos os lados. Tomados de corporativismo e sem considerar os ganhos para o país, muitos políticos tentam, e frequentemente conseguem, impedir avanços que contrariam seus interesses.   
  • - O senhor pode dar um exemplo?
Veja o que aconteceu com o recente artigo que estipulou pela primeira vez no país que um candidato já eleito pudesse ter o mandato cassado, a qualquer hora, por irregularidades flagradas durante a campanha. Apesar de um avanço jurídico fenomenal, no fim do ano passado os atuais congressistas deram marcha a ré. Modificaram o texto de modo a torná-lo mais condescendente. Agora, a denúncia contra o candidato só tem validade até quinze dias depois de sua diplomação. Passado esse tempo, nada mais pode ser feito contra ele. É um escândalo.

  • - Os dois últimos presidentes do TRE do Rio foram afastados do cargo e estão sendo investigados pelo Conselho Nacional de Justiça por condutas suspeitas. É difícil reaver a credibilidade do tribunal?
- Dado o cargo que ocupo, prefiro não me posicionar em relação a meus antecessores, mas não há dúvida de que todos os casos que ferem a imagem de uma instituição como a que presido causam um estrago enorme.Os escândalos ajudam, afinal, a disseminar um descrédito em relação às próprias instituições, o que é péssimo para o país. Como guardião da lisura no processo eleitoral, entendo que um tribunal como o TRE tem no mínimo o papel institucional de dar o bom exemplo. Um dia, quem sabe, chegaremos ao padrão das nações mais desenvolvidas. Tais países não estão imunes às infrações eleitoral, mas se situam a anos-luz do Brasil nessa escala evolutiva. As eleições, infelizmente, escancaram alguns dos aspectos mais incômodos do nosso próprio subdesenvolvimento.

  • - E quais seriam esses aspectos?
- Primeiro, eu me refiro ao baixo nível de educação da população brasileira, mal crônico que afeta diretamente o cenário eleitoral. É preciso lembrar que os países que já contam com representantes políticos de mais alto nível são também aqueles em que os eleitores são mais escolarizados e tomam suas decisões com base num processo mais racional. Mesmo que haja avanços aí, o alto grau de desinformação no Brasil tem ainda redundado em más escolhas nas urnas. Os sites da Justiça Eleitoral dão a ficha completa dos candidatos, mas falta fazer a consulta.

  • - O senhor afirma que o cenário eleitoral de hoje ainda guarda muitas semelhanças com o de um século atrás. Como?
Os grotões brasileiros, outro aspecto de nosso subdesenvolvimento, são áreas férteis para a proliferação do velho assistencialismo e do voto motivado por ele - uma mecânica antiga. Não dá para entender o cenário eleitoral sem também jogar luz sobre o vácuo de poder deixado pelo próprio estado nesses lugares mais pobres. E justamente ali que se abrem brechas para que vicejem práticas ilegais de toda sorte numa eleição. Veja o caso do Rio de Janeiro. Nas favelas em que o poder público não se faz presente, perpetuam-se currais eleitorais dominados por bandidos que nem sequer se preocupam em esconder suas táticas violentas e práticas ilegais. Em lugares assim, não dá para afirmar o mais básico: que as eleições decorrem em liberdade, como deveria ser numa boa democracia”.
 

Brincadeira? Claro que não. Os dois sociopatas estavam discutindo o que fariam depois que o FORO DE SÃO PAULO obtivesse sucesso: implantar na América Latina e no Caribe aquilo que perdemos no Leste Euuropeu.

Se o Foro de São Paulo atingir seu principal objetivo, reviver a União Soviética na América Latina, teremos um "governo" central no continente. Lula e Chávez estavam era discutindo suas "atribuições" neste "governo" e Chávez aproveita para provar mais uma vez que não é ele quem manda, que ele é só o cachorrinho que late:quem manda é o PT.

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Vejam abaixo também.


"Vou implantar o Socialismo no Brasil", diz Lula à Walesa


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KitKyre | 16 de setembro de 2008
"Eu vou implantar o comunismo no Brasil" Lula-1991

Entrevista com o ex-presidente da Polonia Lech Walesa onde o mesmo conta ao reporter algumas coisas que ele e o Lula conversaram em 1991.

Lula contou a Walesa os planos seus e do PT de implantar o socialismo no Brasil. O presidente polonês disse que fazer o comunismo a partir de um capitalismo é muito simples: "É como fazer sopa de peixe de um aquário. Basta aquecer a água. Não precisa nem temperar. E as plantas já estão lá dentro." E continua: "Fazer o contrário, o capitalismo a partir do comunismo, é como fazer um aquário. Isso é complicado. (..) Vai fazer um aquário de uma sopa de peixe...!

A explicação aí está: a primeira transicao -capitalista para comunista- é fácil, mas a segunda -comunista para capitalista- é difícil. Uma vez o país transformado em comunista, dificilmente voltará a ser capitalista - próspero, com moral, desenvolvido e, principalmente, LIVRE.

Essa entrevista eu vi' na televisao ha alguns meses, na epoca meu pai estava assistindo comigo e disse que ja esperava isso do Lula. A metafora do aquario foi citada pelo presidente polones, nao pelo Lula.


E aqui "o conceito que está presente desde a fundação do partido":


VERDADEIRO OBJETIVO DO PT: SOCIALISMO


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KitKyre | 3 de outubro de 2008
Muitas pessoas ainda não acreditam que Lula e seu partido, o PT, têm planos macabros para nosso país. Pois bem, aqui está: neste vídeo, o PT mostra bem a que veio.

Divulguem este vídeo! Conscientizem o povo!


Começa assim: alternativa ao Capitalismo, depois vai para superação do mesmo, aí chegamos à EXTINÇÃO DO CAPITALISMO. Durante o vídeo, temos ainda hegemonia (dos trabalhadores), mudança (política) radical, Democracia plena, exercida diretamente pelas massas (COMUNISMO), e aí chegamos à NOVA CIVILIZAÇÃO