NORWICH, Inglaterra, 23 de janeiro de 2012 (LifeSiteNews.com)
— Em comentários que os críticos dizem que, de forma preocupante,
lembram a famosa novela antiutopia “Admirável Mundo Novo” de Aldous
Huxley, uma especialista em ética da Inglaterra está argumentando que
pelo fato de que a gravidez provoca “desigualdade natural” entre o sexo
feminino e o sexo masculino, as mulheres devem ser libertas dos “pesos e
riscos da gravidez” por meio do uso da “ectogênesis”, ou úteros
artificiais.
O plano de Smajdor lembra o livro “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, onde bebês são gerados em “chocadeiras”. |
Em seu artigo Em Defesa da Ectogênesis,
publicado online em dezembro de 2011, Smajdor interpreta a gravidez
como um “problema médico, junto com outros problemas de saúde que causam
dor e sofrimento”. Smajdor é conferencista de ética na Escola de Teoria
e Prática de Saúde e Medicina na Universidade de East Anglia.
“Se
houvesse uma doença que provocasse sintomas e riscos semelhantes aos
que a gravidez causa, afirmo que seria considerada como razoavelmente
séria, e que teríamos boas razões para tentar fazer um seguro contra
ela”, argumenta Smajdor, que agrupa a gravidez junto com “doenças” que
persistem por vários meses, tais como o sarampo.
Para
Smajdor, atualmente “os homens colhem todos os benefícios da gestação
das mulheres, enquanto as mulheres suportam os riscos e pesos”.
Por
isso, na cosmovisão de Smajdor, “as mulheres são um grupo em
desvantagem com um destino brutal, pois os homens podem se reproduzir
sem passar pelos riscos da gravidez”.
Em
outras palavras, ser mulher, para Smajdor, significa simplesmente se
tornar biologicamente mais parecida com o homem. Para alcançar essa
igualdade, o potencial inato e natural da mulher de procriar, gerar e
cuidar de uma nova vida humana tem de ser eliminado e entregue à ciência
e tecnologia. Ela propõe que nos aproximaremos mais da genuína igualdade somente quando todos os seres humanos não gerarem filhos.
“Talvez
nem todas as desvantagens de ser mulher sejam atribuíveis à
maternidade”, reconhece Smajdor, “mas suavizar esses pesos certamente
ajudaria”.
Na
novela de Huxley, “Admirável Mundo Novo”, o Estado Mundial assume
completamente a reprodução, onde filhos são criados, “decantados” e
gerados em “incubadoras” e criados em “centros de condicionamento”.
Para
Smajdor, a questão é simplesmente de igualdade sexual: “Ou vemos as
mulheres como portadoras de bebês que devem subjugar seus outros
interesses ao bem-estar de seus filhos ou reconhecemos que nossos
valores sociais e nível de especialização médica não são mais
compatíveis com a reprodução ‘natural’”, conclui ela.
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: LifeSiteNews
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