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terça-feira, 20 de abril de 2010

Entenda os objetivos dos PeTistas

Wiki: Foro de São Paulo - Fonte: wapedia.mobi/pt/Foro_de_São_Paulo
Foro de São Paulo (FSP) é um encontro de partidos políticos e organizações não governamentais de esquerda da América Latina e Caribe.

O Foro tem o propósito declarado de discutir alternativas populares e democráticas às políticas descritas pelo grupo como neoliberais e dominantes na América Latina da década de 1990 e promover a integração econômica, política e cultural da região.

Segundo a organização, atualmente mais de 100 partidos e organizações políticas participam dos encontros. As posições políticas variam dentro de um largo espectro, que inclui partidos social-democratas, organizações comunitárias, sindicais e sociais inspirados pela Igreja Católicagrupos étnicos e ambientalistas, organizações nacionalistaspartidos comunistas e grupos guerrilheiros. Esses últimas, porém, a exemplo das FARC, embora não tenham sido formalmente banidos do Foro,[1] têm tido seu acesso eventualmente dificultado.[2].

O Forum foi criado em 1990 pelo Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, onde a reunião realizou pela primeira vez. Desde então, o FSP tem acontecido a cada um ou dois anos, em diferentes cidades:Manágua (1992), Havana (1993), Montevidéu (1995), San Salvador (1996), Porto Alegre (1997), México (1998), Manágua (2000), Havana (2001), Antígua (2002), Quito (2003), São Paulo (2005),San Salvador (2007) e Montevidéu (2008).

Índice:
1. História
2. Participantes
3. Estrutura executiva
4. Declarações
5. Países da América Latina atualmente governados por membros do Foro de São Paulo
6. A reunião anual em Montevidéu 2008
7. Oposição ao Foro de São Paulo
8. Referências
9. Ligações externas

1. História

A idéia do Foro de São Paulo surgiu em julho de 1990, durante uma visita feita por Fidel Castro ao Presidente Lula, em São Bernardo do Campo, e foi formalizada quando 48 organizações, partidos e frentes de esquerda da América Latina e do Caribe, atendendo a convite do Partido dos Trabalhadores, reuniram-se na cidade de São Paulo visando debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim (1989), elaborar estratégias para fazer face ao embargo dos Estados Unidos a Cuba e unir as forças de esquerda latino-americanas no debate das conseqüências da adoção de políticas neoliberais pela maioria dos governos latino-americanos da época. [3]

No encontro seguinte, realizado na Cidade do México, em 1991, com a participação de 68 organizações e partidos políticos de 22 países, examinou-se a situação e a perspectiva da América Latina e do Caribe frente à reestructuração hegemônica internacional. Na ocasião, consagrou-se o nome "Foro de São Paulo". [4]

2. Participantes

Lista parcial
O FSP conta entre seus membros com a participação de diversos partidos e organizações políticas de esquerda da América Latina e do Caribe.[5] A versão inglesa deste verbete listava os seguintes membros, em inícios de 2008:
Os membros latino-americanos do Foro de São Paulo têm voz e voto. Também participam dos encontros partidos w movimientos sociais de outras regiões do mundo incluindo Europa e Asia, os quais só têm direito a voz (embora votem nas comissoes especiais).

3. Estrutura executiva

O Foro funcionou sem um grupo executivo apenas na sua primeira edição. No segundo encontro, realizado na cidade do México, em 1991, foi criado" um grupo de trabalho encarregado de "consultar e promover estudos e ações unitárias em torno dos acordos do Foro". Já na reunião realizada em Montevidéu (1995), foi criado o Secretariado Permanente do FSB. Essas instâncias têm sua composição decidida a cada encontro e já foram integradas por organizações como: Partido dos TrabalhadoresFARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo); Izquierda Unida (Peru);Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (El Salvador); Frente Sandinista de Libertação Nacional (Nicarágua); Partido Comunista de CubaFrente Ampla do UruguaiPartido da Revolução Democrática (México); Movimiento Lavalás (Haiti) e Movimiento Bolivia Libre.[carece de fontes?]

4. Declarações

Os objetivos iniciais do FSP estão expressos na "Declaração de São Paulo" [7], documento final que foi aprovado no primeiro encontro, na cidade de São Paulo, em 1990. Os participantes manifestaram a "vontade comum de renovar o pensamento de esquerda e o socialismo, de reafirmar seu caráter emancipador, corrigir concepções errôneas, superar toda expressão de burocratismo e toda ausência de uma verdadeira democracia social e de massas."

A declaração afirmou, também, a solidariedade à Revolução Cubana e à Revolução Sandinista e apoiou as tentativas de desmilitarização e de solução política da guerra civil de El Salvador, além de se solidarizar com os povos andinos.

O texto definiu, adicionalmente, as bases de um "novo conceito de unidade e integração continental", que supõe: "defender o patrimônio latino-americano, pôr fim à fuga e exportação de capitais do sub-continente, encarar conjunta e unitariamente o flagelo da impagável dívida externa e a adoção de políticas econômicas em benefício das maiorias, capazes de combater a situação de miséria em que vivem milhões de latino-americanos."

A Declaração manifestou "compromisso ativo com a vigência dos direitos humanos e com a democracia e a soberania popular como valores estratégicos, colocando as forças de esquerdasocialistas eprogressistas frente ao desafio de renovar constantemente seu pensamento e sua ação".

No II Encontro (México, 1991), surgiu a idéia de o FSB trabalhar também por maior integração continental, por meio do intercâmbio de experiências, da discussão das diferenças e da busca de consenso para ação entre as esquerdas. Os encontros seguintes reafirmam esta disposição para o diálogo entre as esquerdas, ao mesmo tempo em que — no cenário continental — cresceu a influência dos partidos participantes do Foro de São Paulo na política latino-americana, uma vez que houve a eleição de presidentes afinados com suas visões em vários países.

Atualmente, Lula se afastou da direção do Foro de São Paulo. Por outro lado, cresceu muito a liderança de Hugo Chávez.

5. Países da América Latina atualmente governados por membros do Foro de São Paulo

Em 15 de março de 2009, a Frente Farabundo Marti de Liberación Nacional (FMLN) venceu as eleições presidenciais em El Salvador, tornando-se o mais novo país a ser governado por um integrante do Foro de São Paulo, com a posse de Mauricio Funes em 2 de junho de 2009.

Em 28 de junho de 2009, o presidente de Honduras Manuel Zelaya Rosales, membro do Foro de São Paulo, foi deposto e substituído por Roberto Micheletti. Em 27 de janeiro de 2010, tomou posse, como presidente de Honduras, o candidato eleito, Porfírio Lobo, de direita.

Em 1° de julho de 2009Martín Torrijos, membro do Foro de São Paulo, deixou o cargo de presidente do Panamá, sendo sucedido pelo empresário supermercadista Ricardo Martinelli, do partidoMudança Democrática (Panamá)|Mudança Democrática]], populista de direita.

Em 17 de janeiro de 2010Sebastián Piñera foi eleito presidente do Chile, sucedendo a Michelle Bachelet, que era membro do Foro de São Paulo. Piñera tomou posse como presidente do Chile em 11 de março de 2010.

6. A reunião anual em Montevidéu 2008

Um dos temas centrais previstos para o encontro do Foro de São Paulo em Montevidéu (dias 22 a 25 de maio de 2008) foi a reivindicação de renegociação do tratado de criação da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional. O presidente do ParaguaiFernando Lugo, é membro do FSP e deseja aumentar a receita paraguaia proveniente da Usina de Itaipu, fixada no tratado de constituição da hidrelétrica, de1973.

7. Oposição ao Foro de São Paulo

Não há uma oposição organizada na América Latina ao Foro de São Paulo, apenas pequenos grupos de exilados e intelectuais liberais, tais como Unamerica, liderado por Alejandro Peña Esclusa, engenheiro venezuelano ligado à TFP (Tradição, Família e Propriedade), organização católica politicamente conservadora, e o controverso movimento LaRouche, ligado à direita norte-americana. Em 1998, Peña Esclusa foi candidato à presidência da Venezuela, obtendo 0,04% dos votos, isto é, 2.424 votos sobre mais de 16 milhões [8][9]

8. Referências

  1. Página onde consta a participação das Farc - clique no menu Partidos Miembros - acessado através do Internet Archive
  2. Folha de S. Paulo 31 de maio de 2008.PT barrou as Farc em foro da esquerda em São Paulo.
  3. Analizamos la situación del sistema capitalista mundial y la ofensiva imperialista, cubierta de un discurso neoliberal, lanzada contra nuestros países y nuestros pueblos. Evaluamos la crisis deEuropa Oriental y del modelo de transición al socialismo alli impuesto. Pasamos revisión de las estrategias revolucionarias de la izquierda de esta parte del planeta, y de los retos que el quadro internacional le plantea. Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e Caribe.Declaración de São Paulo
  4. Declaración de México.
  5. Participantes del IX Encuentro
  6. Título ainda não informado (favor adicionar).
  7. Declaración de São Paulo
  8. Unoamerica, site de oposição ao Foro de São Paulo, mantido por Alejandro Peña Esclusa.
  9. Pichones del Plan Cóndor, por Esteban Collazo. Revista Zoom, 29 de outubro de 2009.

9. Ligações externas

Documentos oficiais
Documentação complementar
Outras línguas: EnglishEspañolNederlands

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