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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Vacinas realmente causam autismo?


“Cientistas não deveriam ter medo de investigar qualquer teoria plausível”

Dave Tombers
Abril foi o Mês de Conscientização do Autismo, e apesar dos avanços feitos para diagnosticar e tratar os que sofrem dessa aflição que os impedem de ter uma vida normal, um número assombroso de famílias ainda está buscando respostas para a sua causa.
Os Centros de Controle de Doenças descrevem as desordens do espectro autista, ou DEAs, como um grupo de deficiências de desenvolvimento que causam problemas sociais, comunicativos e comportamentais consideráveis.
As DEAs, identificadas pela primeira vez na década de 40, costumam ser doenças que afetam o desenvolvimento do cérebro.
Pessoas com esse tipo de desordem têm alguns sintomas em comum, como problemas de interação social. Mas existem diferenças, como quando os sintomas começam, quão severos eles são e a natureza exata dos sintomas.
As DEAs podem incluir “transtorno autístico, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação (PDD-NOS) e síndrome de Asperger".
O Centro de Controle de Doenças relata que a taxa de autismo em crianças cresceu de uma em 150 para uma em 88 nos Estados Unidos. Isso representa um aumento de 78% desde 2002. As estimativas são baseadas em relatórios de vigilância da Rede de Monitoramento de Autismo e Transtornos de Desenvolvimento, do Centro de Controle de Doenças.
“A DEA pode estar associada a doenças intelectuais, dificuldades de coordenação motora e de atenção e problemas de saúde física, como sono e distúrbios gastrointestinais”, de acordo com o site Autismspeaks.org.
O distúrbio afeta cinco vezes mais meninos do que meninas.
O Centro de Controle de Doenças estima que cerca de um a cada 45 meninos apresenta desordem do espectro autista, enquanto que a taxa entre meninas é de uma em cada 252. O estado de Utah possui as maiores taxas, com uma em cada 47 meninas, e há aumentos preocupantes entre a população negra e hispânica.
Uma pesquisa na internet a respeito das causas do autismo aponta para todas as direções, exceto para o timerosal, um conservante a base de mercúrio utilizado em vacinas infantis que está em processo de descontinuação.
Desde que considerado uma potencial causa das desordens neurológicas, a maioria dos médicos, entidades governamentais e farmácias debatem agora se o timerosal possui alguma conexão. E pelo menos um relatório divulgado pelo Centro de Controle de Doenças alega que não existem estudos médicos que mostram a ligação entre o autismo e as vacinas infantis.
O deputado Dan Burton, republicano do estado de Indiana, não acredita nisso.
Burton, ao longo da década passada, tem ajudado a conduzir mudanças no Congresso americano para apoiar as pesquisas sobre o autismo.
O neto do deputado é autista, e ele sabe muito bem o impacto que a doença tem na sua família.
Burton escreve: “Quando não se tem a menor ideia do que está causando a doença, cientistas e formuladores de políticas não deveriam ter medo de investigar qualquer teoria plausível”.
Burton pede aos legisladores que façam mais para ajudar os milhões de americanos afetados pelo autismo.
“O autismo não tem cura, e não é uma doença mortal. Isso quer dizer que as crianças autistas de hoje serão os adultos autistas e os senhores autistas de amanhã”.
“Nosso país não está preparado para lidar com os complexos desafios apresentados por uma geração de autistas”.
Mais de um estudo indica ligações entre o mercúrio e o autismo.
No mesmo ano, agentes federais divulgaram dados reconhecendo o drástico aumento da prevalência do autismo em crianças americanas, um estudo de 2011 do periódico Journal of Toxicology and Environmental Health (Diário de Toxicologia e Saúde Ambiental) descobriu uma “relação estatisticamente relevante” entre o mercúrio e o autismo.
De acordo com o estudo, “quanto maior a proporção de crianças recebendo as vacinas recomendadas, maior é a prevalência do autismo”.
Outro estudo de 2011 do Journal of Inorganic Biochemistry (Diario de Bioquímica Inorgânica) questionou não apenas o timerosal nas vacinas, mas também o alumínio.
De acordo com o relatório, as crianças dos países com as taxas mais altas de DEAs também parecem ser as que sofrem maior exposição ao alumínio em vacinas.
No entanto, a comunidade médica descarta as vacinas como causa, e em vez disso continua a se perguntar o que está causando os terríveis distúrbios.
“Acredito que a maioria dos médicos descarta o mercúrio nas vacinas como causa do autismo porque o mercúrio foi descontinuado”, disse o ex-deputado e médico aposentado Dave Welton ao WND.
“As taxas de autismo deveriam ter começado a cair mais ou menos em 2006 se o mercúrio fosse o culpado”.
Weldon explicou que a sua principal preocupação é o rodízio de pessoas envolvidas na pesquisa com vacinas.
“Você tem cientistas trabalhando para o Centro de Controle de Doenças que vão para o Instituto Nacional de Saúde, depois para o meio universitário, depois para uma empresa farmacêutica, para depois voltarem para o Centro de Controle de Doenças”, afirma.
No ano passado, um artigo do periódico inglês Journal of Medicine (Revista da Medicina) declarou que o estudo de Andrew Wakefield de 1998, que originalmente descobriu a ligação entre o mercúrio e o autismo, era uma “fraude elaborada”.
Wakefield não vê dessa forma. Ele continua defendendo seu estudo e cita vários outros estudos em cinco países diferentes que replicaram suas descobertas.
No seu site da internet, Wakefield afirma: “Continuo dando total apoio a pesquisas independentes para apurar se estímulos ambientais, como vacinas, estão causando autismo e outros transtornos de desenvolvimento”.
Enquanto isso, muitos da comunidade médica indicam uma série de áreas suspeitas para as causas das DEAs, desde causas genéticas, pesticidas e outros fármacos (não vacinas infantis), e até mesmo a idade e o peso dos pais no momento da concepção das crianças.
A atriz e eminente ativista Jenny McCarthy está entre os que não estão convencidos com o mantra do “parem de investigar o mercúrio”. Donald Trump também apoiou a questão.
Trump atacou um estudo recente da revista médica Pediatrics que acusa mães obesas pelo autismo, chamando as descobertas de “ridículas”.
Trump disse à Fox News que a maioria dos médicos discorda da sua posição de que o autismo está ligado a vacinas infantis; mas, segundo ele, “Não dou a menor importância”.
A Dra. Mary Ann Block do Texas pode não ter todas as respostas para as causas do autismo, mas não irá esperar que o governo ofereça soluções. Block está entre as que trabalham para a prevenção do autismo no futuro e que ajudam crianças autistas a viverem melhor.
Block disse ao WND que teve sucesso no tratamento de pessoas com autismo na sua clínica no Texas, e que ela ajudou “muitas crianças a voltarem ao normal”.
Em um e-mail enviado ao WND, Block questiona os estudos e as estatísticas divulgadas pelo governo que descartam o mercúrio e o alumínio, e indica estudos de outros países que veem uma ligação às vacinas infantis.
“Um estudo da Alemanha divulgado em setembro de 2011 mostra que crianças vacinadas têm pelo menos duas a cinco vezes mais doenças e desordens do que crianças não vacinadas”, afirma.
Muitos se assustam quando ouvem falar de pais evitando vacinar seus filhos, mas Block descobriu que os riscos são inequívocos.
Ela explica que existe mais na vacina do que simplesmente os seus ingredientes ativos, e um exame cuidadoso dos rótulos deixaria qualquer um chocado.
“O timerosal, um derivado do mercúrio, ainda é encontrado em muitas vacinas em quantidades residuais”, afirma ao WND.
O propilenoglicol, ou anticongelante; o fenol, um corante de desinfetante; formol, um conservante carcinogênico; hidróxido de alumínio; fosfato de alumínio; e até mesmo tecido de humanos abortados está na lista de outras substâncias citadas por Block.
“Por que alguém pensaria que não há problema, ou pior, que é seguro injetar essas substâncias no corpo de quem quer que seja, ainda mais crianças?” pergunta ela.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do WND: “Do vaccines really cause autism?
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