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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Discutindo “Direitos” LGBT

Discutindo “Direitos” LGBT:


Discutindo
“Direitos” LGBT

Austin
Ruse
WASHINGTON, DC, EUA, 26 de outubro
(C-FAM/ The Catholic Thing) Os ativistas homossexuais nunca querem tornar o
debate sobre direitos homossexuais no exterior estritamente sobre violência
contra homossexuais. Oh, eles dizem que querem tratar só de violência. Eles
insistem que fazem só isso. Mas será que eles estão dizendo a verdade?
Sem rodeios, eles negam que sua
defesa de direitos homossexuais no exterior tenha algo a ver com o casamento,
adoção ou qualquer coisa diferente de violência contra os homossexuais.
É parte da desonestidade
fundamental no debate sobre homossexualidade nestes dias e vi isso em primeira
mão ontem em Washington DC.
Na Câmara dos Deputados, o
embaixador Tom Farr do boletim “Berkley Center for Religion, Peace and World
Affairs” da Universidade de Georgetown e eu debatemos com James Kirchick,
associado da Fundação para as Democracias e Ted Stahnke da revista “Human
Rights First” sobre a questão dos direitos homossexuais no exterior.
Kirchick, um escritor amplamente
publicado sobre política externa, abriu seus comentários falando sobre as leis
opressivas sobre a homossexualidade na nação de Uganda.
Ele apontou para o fato de que um
homossexual, David Kato, havia sido assassinado não muito tempos depois que
evangélicos americanos visitaram Uganda para agitar o povão contra os
homossexuais. O sr. Kirchick teve a intenção clara de mostrar uma sórdida
cumplicidade evangélica no assassinato do sr. Kato.
O sr. Kirchick se esqueceu de
mencionar que um homem mais tarde confessou o assassinato. Ele era conhecido de
Kato e o assassinato foi uma “briga pessoal”, não sobre a homossexualidade de
Kato. Contudo, um bom mártir é uma coisa terrível de se desperdiçar.
O sr. Kirchick repetidamente
insistiu que não conseguia entender o motivo por que ninguém conseguia se opor
às iniciativas para atenuar tal injustiça em lugares como Uganda contra pessoas
como David Kato.
Como a maioria dos problemas
sociais polêmicos, a argumentação visa confinar os oponentes. Se você é contra
os direitos homossexuais, então você é a favor do assassinato deles. É simples
assim.
Mas a coisa é que a maioria das
pessoas, até mesmo conservadores pró-família, se oporia em massa à tal
violência. A objeção da maioria dos oponentes é à desonestidade no debate,
particularmente sobre fins e meios, e a preocupação que tais novos direitos
teriam prioridade sobre velhos.
Especialistas conservadores que
observam essas questões sabem que os fins não são simplesmente impedir a
violência e os meios para chegar ali resultariam num enfraquecimento das leis
internacionais e direitos humanos básicos.
A ideia é elevar a “orientação
sexual e a identidade de gênero” ao mesmo nível da liberdade religiosa e outros
direitos humanos fundamentais. Disso, tudo fluiria, inclusive casamento, adoção
e muitas outras coisas hostis aos religiosos. Ativistas como Kirchick e Stahnke
negam isso. A maioria dos países membros da ONU se opõe à introdução de
“orientação sexual e identidade de gênero” em qualquer documento da ONU porque
sabem disso, e estão cansados do jeito que o jogo de direitos humanos é feito
nestes dias.
E lamentavelmente, se tornou um
jogo e como tal ameaça uma compreensão adequada dos direitos humanos e mina o
sistema inteiro de direitos humanos.
Primeiro, você começa com um estudo
da violência contra os homossexuais, como aconteceu não muito tempo atrás no
Conselho de Direitos Humanos da ONU. Tudo o que eles queriam era um estudo.
Nada mais. A votação sobre o estudo foi polêmica, e sua aprovação foi apertada.
A votação com o objetivo simples de
conduzir um estudo sobre a violência se tornou uma enorme vitória de direitos
humanos — um pioneirismo de direitos humanos. Tornou-se a marca distintiva dos
direitos humanos LGBT.
Os ativistas insinuaram que tal pioneirismo
marcou uma nova compreensão do direito internacional, que há novos padrões que
os governos podem estar legalmente obrigados a seguir. Cometo exagero, mas só
levemente.
O próprio sr. Kirchick em sua
coluna do Washington Post em março
passado fornece um exemplo principal desse fenômeno de autofinanciamento. Ele
se refere a uma “resolução de 2008 da Assembleia Geral da ONU que exigia a
descriminalização da homossexualidade”.
O problema é, tal resolução da
Assembleia Geral da ONU não existiu. As resoluções da ONU são coisas
particulares e nada assim veio da Assembleia Geral.
Havia uma declaração conjunta
assinada por sessenta e cinco países com esse objetivo. Mas há um mundo de
diferença nas leis internacionais entre uma resolução da ONU e o que era pouco
mais do que um comunicado de imprensa glorificado.
No entanto, é desse jeito que se
faz o jogo nestes dias. Um comunicado de imprensa se torna uma lei
internacional nas mãos de ativistas que provavelmente sabem das coisas.
E é por isso que há uma resistência
intensa e generalizada a tais novas categorias e novos padrões. Muitos outros
países apoiariam ações em defesa dos homossexuais que são perseguidos, exceto
que eles conhecem a inerente desonestidade da iniciativa e sabem para onde
realmente tais esforços estão indo, não importa os protestos do sr. Kirchick e outros
do lado dele.
A coisa é, os instrumentos
existentes de direitos humanos já protegem os homossexuais. Como todos nós,
eles são protegidos contra atos arbitrário de prisão, tortura, violência e
assassinato.
Declarar que “Direitos gays são
direitos humanos e direitos humanos são direitos gays” como fiz Hillary
Clinton, mina a universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos.
Eles podem não saber, mas no
processo de tal retalhação dos direitos humanos, os homossexuais, junto com
todo o resto de nós, estão sendo colocados em mais perigo ainda.
Publicado originalmente em TheCatholicThing.org
Fonte:
C-FAM
Leitura
recomendada:
Obama
quer EUA como agência policial mundial a favor do homossexualismo
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