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terça-feira, 14 de maio de 2013

Exportações Tóxicas: Harvey Karman, Federação Internacional de Planejamento Familiar e a Exploração de Vítimas de Estupro


Dra. Rebecca Oas
NOVA IORQUE, EUA, 10 de maio (C-FAM) Uma iniciativa para avançar o aborto explorando mulheres estupradas em guerras mexe com memórias de uma campanha do passado, sua parafernália perigosa e um pavoroso aborteiro que está hoje sendo julgado por assassinato.
Uma nova campanha política busca derrubar uma lei americana que proíbe financiar aborto em outros países, forjando o procedimento como assistência humanitária. Isso apesar das desastrosas consequências de um experimento da década de 1970 usando a situação difícil das mulheres grávidas em áreas de conflito para estender o aborto, que se tornou uma cobertura para um impertinente abortista chamado Harvey Karman para testar novos e polêmicos dispositivos de aborto. Em 1972, ele usou um em colaboração com Kermit Gosnell no que se tornou conhecido como o Massacre do Dia das Mães.
A “paixão consumidora” de Karman pelo aborto só se comparava com a “incessante promoção que ele fazia de si mesmo.”
Durante a guerra de libertação de Bangladesh em 1971, soldados paquistaneses estupraram centenas de milhares de mulheres e muitas engravidaram. Embora o país muçulmano só permitisse o aborto para salvar a vida da mãe, o governo de Bangladesh abriu mão da restrição para as mulheres estupradas durante a guerra.
No ano seguinte, um pequeno grupo de especialistas em aborto chegou a Bangladesh numa parceria entre a Federação Internacional de Planejamento Familiar e uma organização com sede nos EUA. A Federação Internacional de Planejamento Familiar convidou Karman para treinar profissionais locais de saúde para realizarem abortos, apesar de que ele havia sido condenado anteriormente por realizar abortos ilegais e por não ter credenciais, exceto um diploma de psicologia. Autoridades haviam prendido Karman cinco vezes, inclusive quando sua tentativa em 1955 de provocar um aborto usando um quebra-nozes provocou a morte de uma mulher.
Em Bangladesh, o método preferido de Karman para realizar abortos precoces envolvia umdispositivo manual a vácuo que ele inventara. Muitas das gravidezes das mulheres estavam avançadas demais para esse método. Em vez disso, Karman usou um “super DIU” feito de tiras plásticas afiadas e o inseria no útero da mulher. Ele se gabava de que ambos dispositivos podiam ser feitos por uma ninharia e reusados centenas de vezes, mas não discutiu sobre esterilizá-los entre pacientes. Relatórios indicam que as mulheres sofriam um índice elevado de complicações do super DIU.
Ao retornar aos EUA, Karman se associou a Kermit Gosnell num golpe publicitário de 1972 com a intenção de promover o super DIU. Merle Goldberg, a ativista pró-aborto que havia instigado a missão da Federação Internacional de Planejamento Familiar a Bangladesh, levava de ônibus as mulheres pobres com gravidezes de último trimestre para a clínica de Gosnell na Filadélfia para realizar abortos. O golpe se transformou em desastre quando nove das quinze mulheres sofreram complicações graves.
Promotores acusaram Karman de praticar medicina sem licença. Seu testemunho se apoiou em detalhes técnicos: Ele confessou que inseria um DIU e poderia ter “removido” material fetal com o fórceps, mas frisou que não foi além do canal do colo do útero. Outro tribunal mais tarde revogou a condenação dele.
Os Centros de Controle de Doença publicaram um relatório avisando que o método carregava em si um risco significativo. Em resposta, Goldberg defendeu o método do super DIU. Numa entrevista para um boletim feminista, ela disse que “não havia uma competição” entre o super DIU e outras técnicas de segundo trimestre, e ela escolheria o super DIU “de uso sucessivo” se ela quisesse um aborto de último trimestre.
Quando Karman morreu em 2008, um diretor da Federação de Planejamento Familiar deu a ele o crédito de ter feito “mais pelo aborto seguro no mundo inteiro do que praticamente qualquer outra pessoa no mundo.”
Gosnell, ex-sócio de Karman, aguarda um veredicto por acusações feitas em 2010 pelo assassinato de uma mulher e de vários recém-nascidos em sua clínica de aborto na Filadélfia.
Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: C-FAM
Leitura recomendada:
Jogos de aborto entre Brasil e ONU
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