Iron Maiden ensina como ganhar (muito) dinheiro com a pirataria:
O compartilhamento de arquivos (com copyright), que vulgarmente toma o nome de pirataria, pode ser um problema para músicos, bandas, produtores, gravadoras e lojas de discos. Mas ela também pode ter um lado positivo, como nos ensina a banda Iron Maiden, que conseguiu atingir os responsáveis pelos downloads ilegais de suas músicas e transformar o que poderia ser um problema em um negócio lucrativo.
Para isso, eles contaram com a ajuda da Musicmetric – uma empresa britânica especializada em analisar os dados da indústria musical a partir das redes sociais e do tráfego de dados em redes de BitTorrent. “Ter um panorama preciso em tempo real sobre os principais dados ajuda a informar as pessoas que precisam tomar decisões. (…) Os artistas podem dizer ‘estamos sendo pirateados aqui, vamos fazer algo quanto a isso’ ou ‘somos populares aqui, vamos fazer um show’”, afirma Gregory Mead, diretor e cofundador da empresa baseada em Londres.
No caso do Iron Maiden, a banda notou que havia um tráfego maior de dados na América do Sul. De acordo com o site Cite World, países como Brasil, Venezuela, México, Colombia e Chile estão entre os dez lugares com o maior número de seguidores da banda no Twitter. Já quanto aos downloads, o Brasil ocupa um dos primeiros lugares do ranking.
Em vez de acionar seus advogados, os músicos escolheram a segunda opção sugerida por Mead: fazer um show. Isso explica porque a banda concentrou boa parte da sua turnê na América do Sul nos últimos anos. O Cite World ressalta que apenas no show realizado em São Paulo em 2008 a banda arrecadou mais de 2,5 milhões de dólares.
E, além de ser um negócio lucrativo, o posicionamento da banda com relação à pirataria trouxe mais resultados positivos. Segundo o Musicmetric, no período entre maio de 2011 e maio de 2012, a banda atraiu mais de 3,1 milhões de fãs nas redes sociais. Ainda, depois da turnê inglesa (que aconteceu entre junho de 2012 e outubro de 2013), o número de fãs online da banda aumentou para 5 milhões, com um destaque considerável para a América do Sul.
Importante ressaltar que o termo “pirataria” empregado na notícia, refere-se ao compartilhamento de arquivos em redes como os populares “torrents”. A banda conseguiu enxergar o que muitos até já enxergaram, entretanto colocaram em prática e estão lucrando com isso. Que fique o exemplo.
Com informações de Cite World, The Verge e MegaCurioso.
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