Sistema operacional de código aberto, o Linux é usado como plataforma tecnológica em 41% das empresas de Tecnologia da Informação do país, de acordo com o Censo do Setor de TI desenvolvido pela Assespro Nacional em cooperação com a ALETI (Associação das empresas de TI da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha).
A única família de sistemas operacionais que supera o Linux é o conjunto dos produtos da Microsoft, que detém 78% do mercado. Já a Apple possui 10%, enquanto os demais sistemas operacionais para dispositivos móveis, contam com 28% de participação.
Na comparação do Linux com os demais países cobertos pelo estudo, chama a atenção que o Brasil apresenta índices bem inferiores aos de outras regiões. Na Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, o software está em 58% das empresas. Apenas na Península Ibérica (Portugal e Espanha) o índice de utilização é semelhante ao do Brasil.
“Após mais de uma década de políticas públicas de fomento ao software livre por parte do governo, estes dados indicam que os resultados obtidos no setor privado de TI são inferiores ao de outros países onde essas políticas não foram implementadas, o que serve de alerta em relação à eficácia delas”, comenta Roberto Carlos Mayer, presidente da ALETI e vice presidente de Relações Públicas da Assespro Nacional.
Os números relacionados ao uso de tecnologia aberta em geral confirmam o fenômeno: enquanto no Brasil 38% das empresas afirmam usar tecnologia aberta em seus processos internos com frequência ou de forma contínua, esse índice é de 55% nos países do Cone Sul e na Península Ibérica.
Maior ainda é a diferença obtida na disponibilização da tecnologia das empresas no modelo aberto: enquanto no Brasil essa prática é comum em apenas 9% das empresas, no Cone Sul este índice alcança a 22%, e na Península Ibérica a 28%.
O Censo ALETI foi realizado junto a 849 empresas de Tecnologia da Informação de 17 países membros da federação, abrangendo a América Latina, Caribe, Portugal e Espanha.
Publicado originalmente em:
Olhar Digital - http://olhardigital.uol.com.br/pro/noticia/40779/40779
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