Lembra do Plano Nacional de Banga Larga, que quer levar internet de velocidade ao menos um pouco mais alta para a população de baixa renda no Brasil a um custo de R$ 75 bilhões até 2014? O Reino Unido está fazendo algo semelhante: o governo poderá usar 300 milhões de libras, ou cerca de R$ 850 milhões, para fornecer internet — e laptops — para 270.000 famílias pobres.
Sim, a Europa está em outro nível quando se trata de inclusão digital: a Itália propôs-se a garantir internet de 2Mbps para todos no país, a Finlândia decretou a banda larga como direito legal, e agora o Reino Unido lança essa proposta, mais voltada para famílias pobres, mas que inclui o computador para usar a internet.
A ideia do plano é que os pais acompanhem o desempenho dos filhos na escola. Sim, o objetivo é simples assim: garantir, por exemplo, que o pai que não vai na reunião da escola, por trabalhar até tarde, possa acompanhar as notas do filho. Mas faz parte de uma visão maior: o primeiro-ministro Gordon Brown, que propôs o plano, prevê que "a educação será uma das indústrias de maior crescimento global para a Grã-Bretanha no século 21", e quer que "toda família se torne uma família banda larga" e que "toda casa [esteja] conectada à escola".
Isso deveria ser um exemplo para o Brasil: não no objetivo específico em si, mas na existência de um objetivo. O governo quer levar internet a todos, mas para quê? Seria para melhorar a educação no país? Nas escolas públicas já tem computador e internet, mas eles são subutilizados. Para que famílias de baixa renda possam acessar a internet? Para isso existe a LAN house. Afinal, existe alguma estratégia de longo prazo por trás disso?
Dito isto, seria uma pena se a medida não fosse aprovada no Reino Unido, o que pode acontecer dada a baixa taxa de aprovação do primeiro-ministro. [Guardian via Engadget; imagem por orchid8]
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