Cesare Battisti que se cuide. Tem tudo para ser devolvido à Itália. Pelo menos se valer um sintoma vindo da área empresarial. Uma das empresas que aconselhou o governo brasileiro a repatriar o terrorista italiano, ligada à Fiat Industrial, acaba de confirmar um acordo militar com o Brasil. A Iveco vai investir R$ 75 milhões na criação de uma divisão de veículos militares, em Sete Lagoas (MG). Seu primeiro produto será o veículo blindado anfíbio VBTP-MR – desenvolvido junto com o Exército Brasileiro.
A Iveco Veículos de Defesa começa, no segundo semestre de 2012, a produção seriada de2.044 unidades do VBTP já encomendadas pelo Exército. Na fase piloto, serão fabricados 16 carros. Batizado “Guarani”, o carro de combate será exibido na Latin America Air & Defence (LAAD), a maior feira militar da América Latina que começa no próximo dia 12, no Rio de Janeiro. Depois da exibição na LAAD, o protótipo será testado no campo de provas do Exército Brasileiro em Marambaia (RJ).
Mal na foto, depois da proibição de qualquer comemoração sobre 31 de março de 1964 nos quartéis, o comandante do Exército, General Enzo Martins Peri, ontem aproveitou o lançamento do protótipo para fazer jogo de cena com a plateia sobre futuros investimentos na área militar. Na verdade, as Forças Armadas enfrentarão, no curtíssimo prazo, mais um drástico corte de verbas. O Ministério da Defesa sofreu uma tesourada de R$ 4,3 bilhões.
No orçamento liberado a conta-gotas vai afetar a incorporação de recrutas do Serviço Militar Obrigatório. Também deve afetar o funcionamento dos quartéis – com os esquemas de rodízio em meio-expediente – como se a defesa nacional pudesse ser feita em meio período. A Marinha também vai embarcar na "Licença-fome": um dia por semana sem expediente para reduzir os gastos com alimentação da tropa, com energia (ao se desligar ar condicionado, elevadores e lâmpadas) e combustível. Na FAB, treinamento de vôos serão adiados, e o regime de meio-expediente também vai vigorar.
O Programa Nacional de Construção de Submarinos (Prosub) também sofreu cortes. A Marinha só terá R$ 1,5 bilhão para repassar à ICN – empresa criada pela estatal francesa DCNS e a brasileira Odebrecht para cuidar do repasse de tecnologia e da construção de um estaleiro e uma base naval de submarinos. As obras são previstas para terminar em 2015 e 2016 – mesmo com o corte de verbas.
A compra dos caças para a FAB fica adiada até um momento oportuno em que o governo possa anunciar o “Milagre Obama”. Depois da recente visita do presidente norte-americano ao Brasil, que negociou cuidadosamente com a presidenta Dilma Rousseff, nos bastidores da FAB, comenta-se que o Brasil deve fechar um acordo com os norte-americanos para a compra dos caças da Boeing. Os F-18 Super Hornet viriam juntos com um pacote de navios que a US Navy não mais usará. A compra de 36 aviões pode custar US$ 4 bilhões de dólares. Os navios teriam um financiamento especial.
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
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