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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

De volta ao lar, de volta à realidade

De volta ao lar, de volta à realidade:


De volta ao lar,
de volta à realidade

Edson
Camargo
É sempre interessante ter contato
com as lições de quem dedicou muito tempo estudando uma determinada teoria e se
tornou capaz de explicá-la e analisá-la em seus detalhes. Coisa distinta, porém,
é conhecer o testemunho de alguém que manteve um contato não apenas “técnico” e
distante com esta teoria, conjunto de convicções ou ideologia, mas que fez ou
faz destes enunciados o norte para sua vida, neles busca respostas às questões
existenciais mais profundas, e com eles determina seu padrão de conduta, suas
respostas a situações diversas e seus objetivos maiores. Diz mais sobre um
conjunto de convicções quem as vive com intensidade, quem mergulha sua alma
naquilo que professa.
Mary Beale, auto-retrado, 1632–1699
Por isso os relatos de pessoas que
passaram por reviravoltas na dimensão intelectual e espiritual de suas
biografias é algo enriquecedor, sendo inúmeros os exemplos na história da
ideias, da filosofia e da teologia. As melhores mentes sempre estiveram em
busca de respostas. Para elas, ampliar a visão e a consciência sempre foi um
dever moral. O relativismo só satisfaz aos frívolos. Grandes mentes sempre
almejam respostas  no mínimo satisfatórias para suas indagações.
Em tempos de agitação
revolucionária como os nossos, no qual os males da revolução cultural
arquitetada pela Nova Esquerda, como todo o seu ódio aos valores cristãos, já
se fazem sentir em todo o Ocidente, um testemunho como o de Mary Pride,
autora do livro ‘De Volta ao Lar – Do Feminismo à Realidade’, da editora
Edições Cristãs
ganha importância e merece ser conhecido. Mary Pride,
ex-feminista radical, descreve na obra todos os ardis do feminismo, do aborto
ao lesbianismo, dos sofismas do planejamento familiar ao neopaganismo inerente
ao movimento. Denuncia setores da igreja que negaram doutrinas bíblicas sobre a
família e trata de toda a tragédia social e cultural que a nova e falaciosa
visão sobre a mulher trouxe: os milhares de divórcios, a matança de milhares de
bebês ainda no ventre das mães, as intervenções abusivas do Estado sobre a
família e os relacionamentos, a manipulação descarada na educação das crianças,
sempre ameaçando a autoridade dos pais, e a forma sutil como as teses do
movimento influenciaram os cristãos, que, de forma passiva e progressiva,
passaram a sofrer exatamente com as mesmas consequências.
Mas o mérito de Mary Pride vai
além. Ela não apenas abandonou uma tese falsa que promove a barbárie para fins
revolucionários, nem se permitiu apenas a alertar pessoas cristãs do problema
com base em seu testemunho pessoal. Ela propõe uma volta radical para o padrão
bíblico que certamente pode ser tido como radical num contexto em que impera o
cristianismo “self-service” e aquela fé “light” estúpida que morre de medo de
se passar por “fundamentalista”. A Sra. Pride não se furta de afirmar com todas
as letras que milhares de mulheres cristãs, ao começarem a relativizar as
doutrinas bíblicas sobre a família, dão seu primeiro passo rumo à apostasia e
às suas respectivas tragédias existenciais. Contra isso, faz de cada capítulo
de sua obra uma explanação da instrução bíblica do apóstolo Paulo a Tito, líder
da igreja primitiva em Creta:
Semelhantemente,
ensine as mulheres mais velhas a serem reverentes na sua maneira de viver, a
não serem caluniadoras nem escravizadas a muito vinho, mas a serem capazes de
ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem
seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em
casa [literalmente, trabalhadoras no lar], e a serem bondosas e sujeitas a seus
maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja difamada.

(Tito 2.3-5)
Mary Pride acredita piamente no
valor dessa diretriz, e o livro tem trechos brilhantes ao mostrar os inúmeros
benefícios de um trabalho ativo no lar, contra a alternativa do emprego fora de
casa, tão valorizado entra as filhas da revolução cultural, cada vez mais
carentes, politicamente corretas e desprovidas de outros talentos.
Sobre isso, vale citar um trecho da
obra:
Creio
que a esposa que trabalha no lar é a mulher da Nova Renascença. O homem da
Renascença, se você se recorda, tinha interesse em tudo. Leonardo da Vinci, por
exemplo, foi um grande pintor, um matemático esplêndido, um anatomista e um
filósofo. O mundo dos negócios de hoje diminui nossas oportunidades de
realização, de modo que só podemos nos dedicar a uma estreita especialização. A
especializaçãoo não é má; é parte da divisão de trabalho que Deus instituiu no
jardim do Éden. Mas precisa de um contrapeso, que o lar fornece. No lar a
mulher tem oportunidades de tentar fazer tudo o que lhe interesse: preparar
produtos de laboratório, escrever um livro, etc. Devo dizer pessoalmente que
meus interesses e talentos aumentaram dez vezes mais desde que deixei meu
emprego de engenheira e comecei a trabalhar no lar, e parece que vão continuar
a se expandir no futuro. Na força de trabalho lá fora, eu nunca teria
oportunidades de adotar interesses tão diferentes como educação, arquitetura,
economia, caligrafia, poesia, composição literária, design de roupas, teoria e
prática da horticultura, ensino de piano, etc., tudo ao mesmo tempo. Mas no lar
estou me ampliando quase sem limite. Cada novo interesse leva a outro, e pela
primeira vez em minha vida tenho mais projetos interessantes e úteis do que
posso fazer.
Dentre seus interesses, a
engenheira e teóloga citou a educação, sem deixar de tratar, em nenhum momento,
como artes específicas cada uma das típicas tarefas domésticas que causam asco
à nossa geração de almofadinhas egoístas. Mary Pride é uma adepta e entusiasta
da escolarização em casa. Seu site sobre o tema ( http://www.home-school.com) traz muito
material e recursos a respeito. A Constituição de 88 roubou esse direito
milenar e de várias culturas da população brasileira, que ficou de vez refém da
incompetência autoritária do MEC, e os resultados estão aí. Universidades com
quase 40% de analfabetos funcionais, a glamurização da estupidez na mídia de
massa e no debate político, cenas semanais de selvageria entre adolescentes em
escolas públicas e privadas em todo o Brasil, farsantes como Paulo Freire elevados
à condição de mestres da educação. Sem falar no kit-gay liberado e no Monteiro
Lobato criminalizado. Como brasileiros, pouco podemos falar contra o método de
escolarização defendido pela autora, exatamente o mesmo pelo qual foram
educadas pessoas como Claude Monet, Wolfgang Amadeus Mozart, Abraham Lincoln ,
Alexander Graham Bell, Jonathan Edwards, Winston Churchill, C.S. Lewis, Léon
Tolstoy e tantos outros ainda hoje, como a pequena
pintora cristã Akiane Kramarik
.
‘De Volta ao Lar’ evidencia o
quanto nossa sociedade, e não só os cristãos, tem perdido por trocar os
princípios que forjaram a civilização cristã, ainda que nem sempre de forma
integral, pelo arremedo de cosmovisão baseado nas teses da modernidade: agnosticismo,
materialismo, sensualismo, subjetivismo, o endeusamento da “razão” iluminista —
que não passa de um racionalismo amputado — , as ideologias coletivistas
assassinas como o socialismo, e suas sub-ideologias auxiliares, como o
feminismo, o gayzismo, o ecofascismo, entre outras. Meu sincero desejo é que
obras como a da presbiteriana Mary Pride, que infelizmente foi rejeitada por
tantas das grandes editoras evangélicas no país — dominadas por progressistas,
vale sempre ressaltar —, tenham cada vez mais visibilidade.
Divulgação:
www.juliosevero.com
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