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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Exclusivo: Novo livro revela como uma operação da KGB disseminou em países muçulmanos propaganda antiamericana e anti-Israel na década de 70, construindo a base do terrorismo islâmico contra os EUA e Israel »

Exclusivo: Novo livro revela como uma operação da KGB disseminou em países muçulmanos propaganda antiamericana e anti-Israel na década de 70, construindo a base do terrorismo islâmico contra os EUA e Israel »:

Exclusivo: Novolivro revela como uma operação da KGB disseminou em países muçulmanospropaganda antiamericana e anti-Israel na década de 70, construindo a base doterrorismo islâmico contra os EUA e Israel

DavidMartosko
O oficial de inteligência do blocosoviético da mais alta patente a ter fugido para o Ocidente afirma em seu novolivro que o terrorismo islâmico antiamericano tem raízes em uma conspiraçãosecreta da KGB da década de 70 para prejudicar os EUA e Israel por meio dadisseminação, em países muçulmanos, de propagandas cuidadosamente dirigidas.
Tenente-general romeno Ion Mihai Pacepa é foi oficial de inteligência do bloco soviético de mais alta patente a ter fugido para o Ocidente.
Yuri Andropov, chefe da KGB por 15anos antes de se tornar primeiro-ministro da União Soviética, enviou centenasde agentes e milhares de cópias de literatura de propaganda a paísesmuçulmanos. 
“Por volta de 1972”, de acordo como livro, “a máquina de desinformação de Andropov funcionava sem parar parapersuadir o mundo islâmico de que Israel e os Estados Unidos pretendiam transformaro mundo todo em um feudo sionista”.
“De acordo com Andropov, o mundoislâmico era uma placa de Petri onde a comunidade da KGB podia cultivar uma cepafatal de ódio antiamericano a partir da bactéria do pensamentomarxista-leninista”.
Antes de Yuri Andropov governar a União Soviética, ele chefiou a KGB por 15 anos. Foi durante esse tempo, segundo Pacepa e Rychlak, que ele arquitetou um plano para virar Oriente Médio contra os EUA por meio da disseminação da ideia de que os EUA apoiavam os israelenses em um plano para dominar a Europa.
Essas declarações vêm do ex-tenente-generalIon Mihail Pacepa e do professor de direito da Universidade do Mississippi, RonaldRychlak.
Em seu livro, intitulado Disinformation (Desinformação), Pacepa revela os segredosque guardou por décadas como chefe do aparato de espionagem da Romênia e dapolícia secreta, o DIE, antes de receber asilo político nos EUA em 1978.
Ceausescu governou a Romênia com punho de ferro e recebia ordens de Moscou até sua morte em 1990. Seu chefe de inteligência fugiu para os EUA em 1978, e agora revela seus segredos da Guerra Fria em um novo livro. Ceausescu foi executado em um atentado no natal de 1989.
Andropov assumiu a KGB poucos mesesapós a Guerra dos Seis Dias entre os árabes e Israel em 1967, na qual Israelhumilhou os aliados importantes da União Soviética: Síria e o Egito. Ele entãodecidiu acertar as contas treinando militantes palestinos para sequestrar aviõesda companhia aérea El Al e bombardear locais estratégicos em Jerusalém.
Os Protocolos dos Sábios de Sião são uma falsificação russa baseada em uma peça francesa do século XIX. Andropov popularizou a ideia de que os “Sábios de Sião” estavam no congresso americano
E o que é ainda mais chocante, Andropovencomendou a primeira tradução para o árabe dos Protocolos dos Sábios de Sião,um livro propaganda forjado pela Rússia em 1905 que alegava que os judeus conspiravampara dominar a Europa e estavam sendo ajudados pelos Estados Unidos.
Os Protocolos, de acordo comPacepa, se tornaram “a base de boa parte da filosofia antissemita de Hitler”. Ea KGB, segundo ele, disseminou “milhares de cópias” em países muçulmanosdurante a década de 70.
Além da língua russa, os “protocolos” foram traduzidos para muitas outras línguas, incluindo árabe.
Antes de o presidente Jimmy Carteraceitar sua solicitação de asilo, Pacepa chefiou os serviços de inteligência daRomênia governada pelo ditador Nicolae Ceausescu, que foi sumariamenteexecutado junto com a esposa em 1989 após um levante popular.
Em 1972, escreve Pacepa, suaagência DIE “recebeu da KGB uma tradução em árabe dos Protocolos dos Sábios deSião junto com um ‘documentário’ material, também em árabe, ‘provando’ que osEstados Unidos eram um país sionista”.
Ele foi ‘instruído’, acrescenta, adisseminar ‘discretamente’ ambos os ‘documentos’ em países islâmicos específicos.
“Durante meus últimos anos naRomênia”, lembra-se, “todos os meses o DIE disseminava milhares de cópias noseu círculo de influência islâmico. Nas reuniões que tive com meuscorrespondentes dos serviços de inteligência húngara e búlgara, com quem tinharelações próximas na época, descobri que eles faziam o mesmo em seusrespectivos círculos de influência islâmicos".
A KGB assumiu a “autoria secreta”por uma série de ataques contra alvos israelenses poucos anos antes de Pacepadeixar a Romênia, afirma, listando onze deles. Dentre eles está o ataque de 30 demaio de 1972 no Aeroporto Ben Gurion, que deixou 22 mortos e 76 feridos, e o bombardeiode 4 de julho de 1975 à Praça Sião, em Jerusalém, em que 15 pessoas forammortas e 62 ficaram mutiladas.
Teria o terrorismo militante islâmico suas raízes em uma campanha de desinformação soviética que ligava os EUA a Israel? Ex-chefe da inteligência romena diz que sim
Pacepa e Rychlak concluem que boaparte do sentimento antiamericano no Oriente Médio e em outros lugares remontaa operações clandestinas da União Soviética, muitas nas quais ele desempenhouum papel importante.
As campanhas de desinformação doprimeiro-ministro soviético Nikita Khrushchev, da era Kennedy, “aumentaram adistância entre o cristianismo e o judaísmo”, afirmam os autores. E “adesinformação de Andropov virou o mundo islâmico contra os Estados Unidos e provocouo terrorismo internacional que hoje nos ameaça”.
Leiturarecomendada:
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