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quinta-feira, 3 de julho de 2014

A Fábrica de Terrorismo

A Fábrica de Terrorismo:



Historicamente, os governos se escondem atrás de bodes expiatórios para realizar ataques terroristas que justificam o assassinato de milhões de pessoas. Esse mesmo terrorismo patrocinado pelo Estado agora é usado para limitar ou eliminar completamente as liberdades civis e os direitos constitucionais.



A maioria do terrorismo é patrocinado pelo Estado. Quando este fato foi descoberto, estados terroristas escolheram fazer duas coisas: uma, fabricar ameaças inexistentes para justificar a sua versão do terrorismo, que inclui bombardear populações; e ativar a propaganda – a mídia tradicional – para retratar a sua versão do terrorismo como uma ação humanitária.



O terrorismo de Estado está sempre baseado no dialeto Hegeliano: Problema, Reação, Solução. O Estado cria um problema, na maioria das vezes um falso ataque, espera o público reagir e, em seguida, oferece uma solução. Na maioria dos casos, esta suposta solução envolve o assassinato de milhares de pessoas inocentes e a perda da soberania, dos direitos constitucionais e da liberdade no país e no exterior.



Talvez a forma mais abominável de terrorismo seja a que justifica o assassinato de milhões de pessoas como uma solução para salvar os outros de ameaças inexistentes, já que significa que as pessoas compraram a ideia de que uma ameaça inexistente seja um motivo digno para acabar com a vida de pessoas que não conhecem e por motivos que não entendem. O que está em jogo nesta situação é o medo. Os Estados Unidos usam o medo como arma para construir o apoio para seus planos diabólicos e para a população desavisada sempre renunciar dos seus direitos e liberdades em troca de uma sensação artificial de segurança.



O Terrorismo de Estado com um rosto humano é o mais comum de todos e tem sido utilizado ao longo dos séculos XX e XXI para justificar a invasão e o assassinato de pessoas que têm crenças religiosas, afiliações políticas ou preferências sociais diferentes. O objetivo dos que matam através do terrorismo patrocinado pelo Estado é fazer com que a humanidade siga uma única ideologia política, a mesma fé religiosa e um conjunto específico de regras sociais cuja finalidade é a obediência inequívoca.



A história recente tem testemunhado muitos casos de “homicídio compassivo” realizados por exércitos mais poderosos contra pessoas inocentes. Estas campanhas começam muito antes que o mundo veja o primeiro tiro e envolve muitas táticas e técnicas que têm sido utilizadas pelas potências durante séculos.



Uma dessas táticas é a criação de conflitos através da lavagem cerebral da população. Isto é feito para promover o conflito entre diferentes grupos sociais dentro de um país ou entre as populações vizinhas. A criação de conflitos é geralmente baseada em diferenças religiosas, políticas e sociais, apontando certas pessoas como os culpados do problema.



Uma vez que a semente do conflito foi plantada, é dado o seu devido tempo para ocorrer a colheita. Enquanto isso, os estados que buscam balcanizar outros estados geralmente ajudam a acelerar o crescimento dos conflitos por meio de financiamento e da formação de diferentes grupos sociais que serão utilizados para lutar contra seus próprios vizinhos, amigos e familiares, tudo por uma causa que não existe.



Em países pobres, o terrorismo patrocinado pelo Estado é ajudado pela criação de grupos militarizados na esperança de que estes causem a balcanização por conta própria. Mas, às vezes, o estado forma suas próprias forças militares para realizar pequenos ataques contra o próprio povo.



Os culpados do terrorismo patrocinado pelo Estado



Reveja alguns exemplos recentes de como os Estados instigam distúrbios sociais para desestabilizar uma nação a fim de fazê-la entrar em colapso.



Em 2004, os Estados Unidos começaram a recrutar homens para formar esquadrões da morte no Iraque. Este plano foi iniciado sob a supervisão do embaixador dos EUA, John Negroponte, que foi enviado para a capital iraquiana, Bagdá, para monitorar a formação de tais grupos.



Negroponte havia servido os interesses dos EUA na América Central na década de 1980, quando os EUA apoiaram os Contras Nicaragüenses. Negroponte também foi responsável por supervisionar as ações dos esquadrões de morte hondurenhos. Os exemplos do Iraque e da América Central mais tarde foram usados ​​para desestabilizar outras nações na África do Norte e América Central.



A razão pela qual os países Centroamericanos e do Iraque são importantes é porque o modelo utilizado nesses casos foi adotado mais tarde onde os Estados Unidos e outras nações do G7 tinham interesse na criação de turbulência política e social para a justificação de “invasões humanitárias” e assassinatos. Por exemplo, estima-se que milhares de pessoas desapareceram em El Salvador como resultado das ações dos esquadrões da morte patrocinados pelos EUA, que também atuaram em Honduras, Nicarágua e Panamá durante os anos oitenta e noventa.



Para os invasores realizarem este tipo de crime não é necessário dizer que tiveram o apoio ou, pelo menos, a complacência dos dirigentes políticos locais. Na maioria dos casos, os políticos são subornados ou comprados por aqueles que tentam desestabilizar o país.



O Exército Livre da Síria (ELS) é outro exemplo de terrorismo patrocinado pelo Estado a nível local. O ELS tem desempenhado um papel importante na tentativa de desestabilizar a Síria nos último anos. O ELS foi treinado e financiado pelos Estados Unidos e suas ações foram apoiadas por mercenários de países vizinhos e por empresas privadas de segurança como a Blackwater. O ELS é um exemplo de como grupos terroristas diferentes se juntaram para lutar contra o governo de Assad enqanto os EUA e os outros países do G7 procuravam derrubar Bashar al-Assad do poder.



Outro exemplo de terrorismo de Estado é o caso da Frente Al Nusra. Apesar de ter sido apresentada pela primeira vez como um inimigo do Ocidente; mais especificamente, dos Estados Unidos e dos seus interesses no Oriente Médio, os bombardeios e ataques da Al Nusra “carregam as impressões digitais de táticas de terror paramilitares e sistemas de treinamento de armas norte-americanas”, explica o historiador Michel Chossudovsky. “As atrocidades cometidas contra civis pela Al Nusra – secretamente financiadas pelos EUA e a OTAN – são semelhantes às realizadas por esquadrões da morte patrocinados pelos EUA no Iraque", explica.



Um exemplo final antes de passar para a razão pela qual os Estados criam distúrbios que são então utilizados para invadir um país e matar seu povo é o caso do uso de empresas de segurança privada para fazer o trabalho que não pode ser feito pelos exércitos locais ou pelos grupos de oposição. Como a história mostra, cada governo opressivo tem a sua própria força mercenária secreta que, muitas vezes, é composta de homens e mulheres militares ou ex-militares. Mas, quando esta força mercenária não é suficiente para realizar ataques e aterrorizar uma nação, há sempre um aliado ou grupo paramilitar privado que estão dispostos a se vender a quem pagar mais.



De acordo com Chossudovsky, as chamadas empresas privadas de segurança trabalham para a OTAN e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos treinando forças militares e paramilitares em todos os tipos de ataques, incluindo o uso de armas químicas. Os governos de países como Qatar, Arábia Saudita, Turquia e Israel também fornecem tropas, recursos e equipamentos para treinar grupos terroristas para realizar tais ataques.



O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Jeffrey Feltman, manteve contato com o chanceler saudita, príncipe Saud al-Faisal, e o ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Hamad bin Jassim. Também era o encarregado de um escritório com sede em Doha para a “coordenação de segurança especial” que centrou o seu trabalho na Síria e contou com representantes de agências de inteligência ocidentais e o CCG, bem como um representante da Líbia. O príncipe Bandar bin Sultan, membro proeminente e controverso da inteligência saudita, foi parte deste grupo", informou a Press TV em 2012.



O tipo de terrorismo de Estado realizado por parte das nações do G7 é apoiado por organizações que deveriam, supostamente, condenar e ajudar a impedir tais atos. Entre as organizações que sempre toleraram a prática do terrorismo de estado é o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que apoia intervenções humanitárias sob o falso pretexto de que os países do G7 têm a responsabilidade de proteger as populações que são vítimas de seus próprios governos. Mas essa preocupação só é compartilhada pela ONU e suas agências quando o governo envolvido no alegado abuso de poder é um obstáculo aos interesses ocidentais.



Inúmeras atrocidades cometidas por grupos terroristas patrocinados por governos ocidentais são, então, atribuídas aos governos não-alinhados que, por sua vez, torna-se a “razão” para invadir países como Nicarágua, Panamá, Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia e outros. Esta é a razão pela qual se cria instabilidade nos países pobres ou em desenvolvimento que termina com a ocupação permanente das forças invasoras militares.



A meta de Washington envolve a quebra de um país soberano ao longo de linhas étnicas e religiosas em vários grupos separados e independentes”, disse Chossudovsky.



Pense em Washington como um sistema digestivo gigante que serve uma grande organização que usa a estratégia de “dividir para reinar” a fim de adquirir qualquer terra, recurso ou lealdade necessária para promover seus objetivos. Como um corpo precisa decompor os alimentos a fim de absorver nutrientes, os Estados Unidos atuam como um poderoso sistema digestivo que divide os estados-nação para decidir como estas nações podem servir melhor o corpo.



Terrorismo Interno



Quantas vezes já ouvimos dizer que grupos radicais de direita ou esquerda são, agora, a ameaça mais perigosa para o nosso modo de vida e que esses grupos podem ser identificados por causa de sua oposição aos segredos, às políticas e às ações do Estado? Felizmente, uma maioria significativa da população mundial não compra mais essa ideia, assim que o terrorismo patrocinado pelo Estado foi forçado a mostrar seu rosto.



Nos Estados Unidos, por exemplo, o terrorismo patrocinado pelo Estado não é realizado pelos libertários ou os membros do Tea Party. Não importa o quão radical a mídia diga que seja opor-se às políticas opressivas de governo, não importa o quanto a mídia culpa os ataques terroristas de falsa bandeira – como o da Maratona de Boston- a homens e mulheres que estão dispostos a ideais libertários. A verdade é que o maior produtor do terrorismo é o próprio estado.



Se isso parece muito forçado, leia o último relatório publicado pela Coalisão Nacional para proteger as liberdades civis (NCPCF) e o Projeto Salam. Intitulado A Guerra Jurídica da Ação Penal Preventiva, o relatório identifica o Federal Bureau of Investigation (FBI) como o principal produtor de tentativas de ataques terroristas desde 11 de setembro de 2001. Segundo a pesquisa publicada pelo NCPCF, mais de 95 por cento de todas as supostas tentativas de realizar um ataque terrorista nos EUA foram uma armadilha do FBI.



Não importa o quão revolucionário ou novo seja este relatório, o terrorismo patrocinado pelo Estado não é novidade. O uso de agentes provocadores e informantes de agências como o FBI ou a CIA é uma estratégia antiga do Terrorismo de Estado.



Sob esta estratégia, convidam pessoas a trabalhar como informantes para agências governamentais em um suposto esforço para identificar e impedir ameaças terroristas, mas, na realidade, muitos dos informantes se tornam provocadores que são, então, usados ​​como bodes expiatórios para realizar ataques de falsa bandeira.



Como o relatório nota, o FBI incentivou os recrutas a realizar ataques terroristas, patrocinados pelo próprio FBI, principalmente por pessoas de origem muçulmana. Nos casos estudados, o relatório revela, o FBI não só incentivou os recrutas participarem de ataques terroristas, mas, também, forneceu treinamento, equipamentos e bombas “falsas” para fazerem seu trabalho sujo.



Como esperado, o governo dos EUA não enxerga tais tentativas de realizar ataques de falsa bandeira contra seu próprio povo como um problema. Autoridades do governo dizem que o raciocínio por trás da ideia de usar muçulmanos em ataques de falsa bandeira vem de que as pessoas que estão propensas a cometer crimes não se qualificam como aqueles que podem ser explorados em um ataque de falsa bandeira instigado pelo governo.



Sob esta premissa, o governo dos EUA ou qualquer governo poderia tentar envolver qualquer pessoa que se acredita ser propensa a cometer um crime, mesmo que não haja nenhuma evidência ou uma baixa probabilidade de que um crime poderá acontecer. Parece que tudo o que uma pessoa precisa fazer para ser enquadrada pelo governo é fazer parte de um grupo social ou religioso.



O pior é que os governos podem e têm se escondido atrás de bodes expiatórios para realizar ataques terroristas de verdade e, então, usar estes ataques como pretexto para invadir países, matar milhões de pessoas, ou pior ainda, limitar ou eliminar completamente as liberdades civis e os direitos constitucionais.



Enquanto ocupava o Iraque e o Afeganistão, a América deteve e manteve milhares de homens, mulheres e crianças que foram considerados uma ameaça também sob a premissa de que eles seriam propensos a cometer crimes por causa de sua cor de pele ou crença religiosa. Para o FBI, Estados Unidos persegue pessoas inocentes como uma “medida preventiva”, ou seja, obriga alguém a cometer um crime porque as autoridades acreditam que esta pessoa pode cometer um crime semelhante no futuro.



Porque o governo não sabe se ou quando alguém pode cometer um crime, obriga uma pessoa ou um grupo de pessoas a cometer esse crime. Este pensamento é o tipo de estratégia utilizada pela polícia no filme Minority Report, em que uma unidade de Pré Crime da Polícia supervisiona as ações dos indivíduos para prever a prática de um ato que é ilegal. A diferença entre Minority Report e o terrorismo instigado pelo Estado é que o próprio Estado está realmente orquestrando a prática de tal ofensa.



A pergunta que deve ser feita é o que impede que o Estado, qualquer Estado, julgue os membros de grupos sociais de acordo com suas crenças religiosas, políticas ou ideológicas? A resposta, infelizmente, é nada. A ideia de que as agências policiais possam forçar as pessoas a cometer crimes para justificar a existência de um Estado de Segurança e Vigilância ou atacar pessoas pertencentes a um grupo social particular porque os seus pensamentos são uma ameaça para o Estado, é uma realidade assustadora.



Não é uma surpresa que mais pessoas vêem o Estado como a maior ameaça à sua sobrevivência.



Leia mais:







Diretor de Holywood John Robles Afirma que o Ataque de Boston foi uma Farsa (Falsa Bandeira) [Parte 1]










Fontes:

- The Real Agenda News: A Fábrica de Terrorismo 


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