19 de fevereiro de 2007 | |||||
Por Orion Alencastro Apesar do Carnaval, é óbvio que repercutiu muito bem nos morros do Rio de Janeiro, no sistema carcerário e nos estabelecimentos de assistência ao menor infrator, o pronunciamento do Exmo. Sr. Presidente da República, feito na última sexta-feira, por ocasião da inauguração da nova central da poderosa transnacional Atento, do grupo Telefonica, na capital paulista. Diante de auditório de dirigentes do grupo, autoridades e de jovens candidatos ao primeiro emprego na empresa, Luiz Inácio da Silva condenou freneticamente a redução da maioridade para 16 anos, culpou o Estado e a sociedade pela criminalidade, assunto em discussão no Congresso Nacional. O crime adorou a posição do presidente A fala presidencial propagou-se e foi comentada em presídios e casas de menores, inclusive apreciada com muito agrado por líderes do crime organizado que cumprem pena no interior de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A repercussão do pronunciamento nos ambientes de reclusão foi percebida por agentes de inteligência e de segurança penitenciária. Familiares de sentenciados, em visita a presídios no fim-de-semana, comentaram o fato e, em alguns pátios, presidiários que tomavam sol lembraram da fala do Chefe da Nação, divulgada pela imprensa. Assim, depreende-se que o
O crime organizado e os movimentos sociais radicais (MST...)logicamente não vêem com bons olhos as pressões e articulações para a diminuição da idade penal, pelo fato de adolescentes e jovens serem atraídos para o crime desde tenra idade e serem alvo do proselitismo revolucionário marxista dos movimentos sociais. Os menores são inimputáveis, protegidos pela lei e amparados por ONGs ideologicamente suspeitas. Eles desfrutam de mais liberdade para a prática de ações delinqüentes e manifestações de desafeto contra a ordem social.
Igreja católica não gostou da fala presidencial Luiz Inácio da Silva chamou a atenção do público presente ao evento da Atento, pelo discurso inflamado e por sacar a frase de efeito "Ainda vão querer punir fetos". Jovens na lateral do auditório comentaram que o presidente dava impressão de ter tomado "guaraná" para se expressar daquele jeito. Nos meios católicos a referência à palavra feto causou arrepios e ecoou na Cúria Metropolitana, pois a Igreja de Bento XVI acompanha o movimento mundial dos núcleos de opinião pública, de influência socialista, inclusive no Brasil, com apoio do PT e de outros partidos de esquerda para a legalização do aborto, prestes a ser regulamentado em Portugal. A expansão e ameaça do crime organizado à paz social começou com José Sarney, no afrouxamento paulatino dos costumes e da ordem, aplaudido pela esquerda e por políticos inconseqüentes do revanchismo e o silêncio cínico de intelectuais e artistas que passaram a se alimentar melhor com a instituição da Lei de Incentivos Fiscais à Cultura. Atores e artistas plásticos não saem mais às ruas para defender a sociedade. Nem contra o crime. Talvez, pela vergonha de terem servido às intenções do partido mais corrupto da história contemporânea, o PT.
Um Estado, cujos políticos não entendem que a saúde, o saneamento, a educação, o trabalho e a segurança pública estão na sala de espera da UTI, está fadado ao domínio dos aproveitadores e do crime organizado pela vulnerabilidade da segurança sócio-econômica da sociedade. O presidente Luiz Inácio da Silva se afigura como dissimulador, inconscientizador e covarde. Sempre evita atribuir a culpa e a responsabilidade do crime organizado à classe política, a mesma que engloba os trezentos picaretas do Congresso por ele acusados, em passado recente. Isso sem falar do chefe da quadrilha que tinha assento na Casa Civil. A sociedade não tem culpa, ela é vítima da inação dos seus dirigentes, que ocupam os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, dentro da responsabilidade maior pelas obrigações do Estado Federativo.(OI/Brasil acima de tudo) |