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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Empresário e ex-presidiário brasileiros reinventam conceito de "recolocação profissional"

por Redação Mídia@Mais em 31 de outubro de 2009 Opinião - Brasil


Onovo pacto social brasileiro funciona mais ou menos assim: alguém se arrisca numa vida de crime e violência para não ter de trabalhar como qualquer pessoa comum. Nesse período, barbariza e mata à vontade. Caso seja eventualmente preso, pode tentar uma nova carreira, agora como reabilitado profissional ou dono de ONG.   
É para essa nova perspectiva do mercado de trabalho que a Rede Globo deu voz, no capítulo de segunda-feira (26/10) do pastelão televisivo "Viver a Vida". O depoimento do "ex-traficante, ex-assaltante e ex-sequestrador que ficou preso durante 13 anos" é, de fato, comovente: depois de quase matar um refém, essa mesma vítima (um "empresário") resolveu bancar seu retorno à sociedade.
 
"Ele investiu nos meus projetos, acreditou na minha transformação e foi o primeiro a assinar minha carteira de trabalho. Para mim, esse homem simboliza a importância de uma mão estendida, de saber que alguém acredita em você", conta Ronaldo Antônio Miguel Monteiro, o tal ex-presidiário que hoje controla uma ONG.
 
Ronaldo é modesto. O tal homem simboliza bem mais que "a importância de uma mão estendida" - simboliza especialmente a inversão à brasileira do ditado de que o crime não compensa. Eventualmente, pode compensar sim: dependendo de em que país o crime é cometido, da legislação de execuções penais em vigor e da ingenuidade de um povo que confunde palermice com bondade.
 
Aparentemente de peito estufado, Ronaldo rememora sua vida de crimes: ""Os atos que eu pratiquei foram de bastante perigo, mas eu não tenho vergonha do passado. Graças a ele posso ajudar milhares de pessoas nessa situação a terem esperança". Ele não vai ficar perdendo tempo com conflituosas reminiscências de culpa, não é mesmo? Afinal, tem uma ONG para gerenciar.
 
A TV poderia dar espaço para um depoimento mais detalhado do tal "empresário". Quantas "oportunidades" terá ele dado a brasileiros comuns, que passaram a vida sem poder levar a cabo seus projetos e sonhos, simplesmente pelo tolo detalhe de que ficaram observando leis, regras e convenções da sociedade civilizada, pagando impostos e baixando a cabeça para valentões armados até os dentes em nossas periferias?
 
Bem, mas aí seria querer demais. Vamos manter o "nível" da discussão. A novela é uma porcaria, o país não é grande coisa e nossos "empresários" - bem...
 
Leia a notícia completa clicando aqui: http://diversao.terra.com.br/tv/noticias/0,,OI4066819-EI14301,00-Depoimento+de+exsequestrador+foi+destaque+de+Viver+a+Vida.html

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