Eis alguns trechos do artigo:
“Ano passado, a ExxonMobil doou 7 milhões de dólares a uma variada gama de institutos de políticas públicas, incluindo o Aspen Insitute, o Asian Society e a Transparency International. A empresa também doou um total de 125 mil dólares ao Heritage Institute e ao National Center for Policy Analysis, dois think-tanks conservadores que apresentavam visões divergentes daquilo que até recentemente era chamado – sem ironia – de “consenso” sobre mudanças climáticas.
Ao ler sobre os números dessas doações — que somam cerca de 0,00027% dos lucros da Exxon em 2008 (cerca de 45 bilhões de dólares) — alguém poderia imaginar estar diante de um grande escândalo. Mas na verdade, o verdadeiro escândalo está em outro lugar.
O Climategate, tal como os leitores destas páginas já sabem, diz respeito a alguns dos principais climatologistas do mundo trabalhando em conjunto para: bloquear o acesso à informação, manipular o processo de revisão pelos pares [peer-reviewed] e obscurecer, destruir ou maquiar dados inconvenientes – fatos que foram colocados a nu pelo vazamento, na semana passada, de milhares de emails da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia [CRU, na sigla em inglês].
Mas a questão mais profunda é: por que os cientistas se comportaram dessa maneira, uma vez que a ciência por trás do AGA era tida como firmemente estabelecida? Pra responder a essa pergunta, é útil usar o lema dos alarmistas “siga a trilha do dinheiro” , mas agora contra eles mesmos.
Considerem o caso de Phil Jones, o diretor da CRU e o homem no coração do Climategate. De acordo com um dos documentos “hackeados”, entre os anos 2000 e 2006, o Sr. Jones foi recebedor (ou co-recebedor) de algo em torno de 19 milhões de dólares de fundos para pesquisa, um aumento de seis vezes se comparado ao que ele recebeu na década de 1990.
Por que o dinheiro jorrou tão rapidamente? Porque o alarmismo climático continuou soando muito alto. Quanto mais alto o alarme, maiores as somas. E quem melhor para soá-lo do que pessoas tais como o Sr. Jones, um de seus mais prováveis beneficiários?” [...]
Bret Stephens continua:
[...] “E isso é apenas uma fração dos 94 bilhões de dólares que o banco HSBC estima que foram gastos no mundo todo este ano, naquilo que chama de “estímulos verdes” – principalmente etanol de milho e outros esquemas de energia alternativa— do tipo que Al Gore e seus sócios na Kleiner Perkins esperam lucrar graciosamente.
Como sabemos, a oferta é que faz a sua própria demanda. Logo, para cada bilhão de dólares adicional em forma de verbas governamentais (ou as dezenas de milhões de dólares oferecidos por fundações tais como a Pew Charitable Trusts), sugiram universidades, institutos de pesquisa, grupos de pressão e seus vários derivados e dependentes para recebê-los. [...]
[...] Hoje, esses grupos formam um tipo de ecossistema todo próprio. Este inclui não apenas nomes antigos tais como o Sierra Club ou o Greenpeace, mas também o Ozone Action, Clean Air Cool Planet, Americans for Equitable Climate Change Solutions, o Alternative Energy Resources Association, o California Climate Action Registry, etc., etc. etc. Todos eles estão na ponta recebedora dos fundos relacionados á mudanças climáticas, portanto, todos precisam crer na realidade (e catastrófica iminência) do aquecimento global.
Nenhuma dessas entidades é corrupta per se, isto é, no sentido de que o dinheiro recebido seja gasto em outra coisa que não na atividade declarada. Mas elas dependem de uma premissa inerentemente corruptora: ou seja, que a hipótese sobre a qual depende o seu ganha pão tenha sido de fato provada. Na ausência da prova, tudo o que essas entidades representam — incluindo milhares empregos – desaparece. Isto é conhecido como interesse velado, e interesses velados são inimigos da verdadeira ciência. [...]
[…] “Não obstante, os “edifícios científicos” de muitos bilhões de dólares que foram construídos sobre tais bases estão destinados a ruir”.
Leia o artigo integral (em inglês) aqui: http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703939404574566124250205490.html?mod=djmr_octuse1npurl6
Leia também: http://www.midiaamais.com.br/ambientalismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário