Fato 2: Os adversários da civilização ocidental, internos ou externos, há tempos vêm tentando solapar cada um daqueles três pilares. Hegel, Marx, Escola de Frankfurt e seus discípulos em parte do Establishment anglo-americano e europeu imaginaram substituí-los por suas próprias visões de mundo, dando mais uma prova de que o fato, se incômodo para eles, é um fato. Afinal, por que fariam tantos esforços para modificar ou destruir aquilo que não existisse de fato?
Fato 3: O berço da civilização ocidental é a Europa. Ou ainda, a Europa é fruto dos três pilares citados e o Brasil, um fruto tardio dessa civilização. É possível argumentar que o Brasil carrega mais os vícios que as virtudes da civilização ocidental, mas é impossível negar nossas origens européias, mesmo, ou especialmente considerando a forte influência africana em nosso país: a escravidão foi um gravíssimo defeito da civilização ocidental, mas não um seu privilégio. O controle do infame comércio de escravos na África (e também em regiões da Europa) estava (e ainda está), nas mãos de muçulmanos, alguns deles, negros muçulmanos. Os europeus traficantes de escravos africanos só entraram em cena depois. Isso não muda a infâmia ocidental, mas muda a visão de maldade unilateral, ainda mais porque a iniciativa de dar um fim à escravidão no mundo ocidental foi inglesa, pouco importando se a motivação era econômica, moral ou a mistura de ambas. Em contraste, no mundo islâmico ainda persiste o tráfico e o cativeiro de seres humanos.
Pois essa Europa que conhecemos (bem ou mal) caminha para o seu fim. As lideranças da União Européia, por meio do Tratado de Lisboa, cravaram mais um enorme prego no caixão europeu. Usando da indefectível linguagem do “mundo melhor”, o texto do Tratado de Lisboa esconde as graves consequências de um influxo ainda maior de muçulmanos na Europa. O texto integral pode ser acessado em língua portuguesa aqui: http://europa.eu/lisbon_treaty/full_text/index_pt.htm
Diz a propaganda da UE:
“O Tratado de Lisboa, que entrou em vigor em 1 de Dezembro de 2009, confere à União Europeia instituições modernas e métodos de trabalho eficientes que lhe permitirão dar uma resposta efectiva aos desafios actuais. Num mundo em rápida mutação, os europeus contam com a União Europeia para tratar de questões como a globalização, as alterações climáticas, a segurança e a energia. O Tratado de Lisboa reforça a democracia na União Europeia e a sua capacidade para defender os interesses dos cidadãos europeus no dia-a-dia”.
O que a propaganda não diz:
A aprovação do Tratado de Lisboa, na prática, deu um fim às soberanias nacionais dos países membros da UE. A partir de 1º de janeiro de 2010, no bojo do tratado, também entrou em vigor o pacto de Parceria Euro-Meditarrânea. Objetivo: criar uma nova e Grande União Européia, abarcando Europa e norte da África, com o Mediterrâneo servindo de mar eurabiano, através de uma “abrangente parceria política”, que incluirá uma área de livre comércio e integração econômica e considerável aumento de repasses de dinheiro europeu para o norte da África islâmica. Mais importante ainda: a EU “aumentará a parceria cultural”, isto é, aumentará a importação da cultura islâmica para uma Europa pós-cristã. Um grupo de direitos humano europeu chamado Stop the Islamization of Europe (SIOE) [Detenha a islamização da Europa] estima um influxo adicional de 50 milhões de muçulmanos na Europa. Exagero? A própria cúpula da UE diz que o continente “precisará” de pelo menos mais 56 milhões de trabalhadores imigrantes até o ano 2050, para compensar o “declínio demográfico”. Ora, até 2015 e somente em Amsterdã, a população já será de maioria muçulmana. Mas isso não importa: será criado um sistema de “blue card”, que permitirá aos seus portadores viajar e trabalhar livremente por toda a União Européia, além de total igualdade em termos de seguridade social.
Tudo muito “moderno” e “humano”, não? Afinal, um indivíduo europeu, cristão ou ateu, não é naturalmente melhor do que um indivíduo muçulmano, budista ou judeu ortodoxo. Não se trata de ser contra uma religião, mas sim da liberdade de adesão a uma ou outra ou a nenhuma. Mas que o leitor note: a liberdade religiosa e a liberdade política só são conhecidas no mundo ocidental. Não é difícil imaginar o que aconteceria num cenário de maioria muçulmana em toda a grande e nova Eurábia.
Esse Tratado de Lisboa, como tanto outros, foi urdido em segredo pelas lideranças da EU e apresentado pronto aos membros do Parlamento Europeu, cuja maioria desconhecia o seu inteiro conteúdo. Falar em suicídio cultural é quase um eufemismo.
E o Brasil com isso? Basta avaliar a notável plasticidade dos brasileiros às “novidades” e já é possível imaginar o nosso futuro.
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