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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O governo da hidra petista vem aí

Criatura e criador. Quanto o país pode suportar de mais do mesmo na política?
Quantos governos petistas um país pode suportar? Se considerarmos que as administrações anteriores de FHC também tinham inclinação esquerdista, e aqueles que o precederam foram marcados por paródias e catástrofes (Itamar, Collor, Sarney...), até quanto viveremos sem pagar o preço por tantos governos equivocados, socializantes, comandados por políticos acostumados a agigantar o Estado em seu próprio benefício (como se fosse possível agigantar o Estado em benefício de terceiros)? E qual o papel de Dilma nessa história toda?
 
Certamente se enganará quem imagina que o governo Dilma mostrará unidade. Nunca uma administração terá assumido o poder, ao menos desde o fim do regime militar, com uma variedade tão grande de interesses a acomodar. Dilma será a presidente descabeçada de um governo de 7 cabeças:
 
- a primeira cabeça é a de Lula, habituado (desde a caricatura do “governo paralelo”, encenado após a derrota para Collor) a exercer seu poder (real ou imaginado) como um enviado dos deuses para cumprir desígnios celestiais na Terra. Lula certamente influenciará o novo governo, tentando encontrar um equilíbrio entre moldá-lo a sua exata semelhança e não criar um novo Lula de saias que pudesse rivalizar-lhe no futuro;
 
-a segunda cabeça é a do PT, do partido dos sindicalistas, dos sobreviventes do mensalão, erenices, dirceus, etc.
 
-a terceira cabeça é a de Palloci, representante informal do grande capital, dos banqueiros socialistas, dos internacionalistas bilderberguianos, da “estabilidade econômica” a qualquer preço;
 
-a quarta cabeça é a dos radicais, dos movimentos sociais, do MST, dos sovietes do jornalismo e da cultura, da militância bolchevique sedenta de sangue e dinheiro fácil;
 
-a quinta, mas não menos importante, é a do PMDB, partido dos 100 anos no poder, a caneca ideológica onde tudo se serve, tudo se bebe, dos eternos coronéis do nordeste, dos deputados emendeiros, dos segundos escalões sedentos por cargos em ministérios e estatais;
 
-a sexta cabeça é a da esquerda beautiful people, dos artistas, gayzistas, abortistas e ambientalistas, que enxergarão numa nova administração de esquerda a chance de emplacar, via tapetão, as teses que seriam facilmente derrotadas nas urnas;
 
-a sétima cabeça, finalmente, é a da intelectualidade silenciosa, de pena na mão, das marilenas chauís tramando revoluções imaginárias enquanto consomem milhões em orçamento para “pesquisa”  e “educação”, dos blogueiros engajados sem leitores e dependentes do dinheiro da Petrobras para não morrer de fome.
 
A principal cabeça estará certamente ausente: Dilma é vazia, está mais para âncora do governo do que para um presidente de fato. São, por outro lado, muitas cabeças para cortar antes que o país possa imaginar livrar-se da tributação excessiva, da demagogia, do paternalismo, da correção política como norte do Estado, da ameaça constante às liberdades individuais.
Corremos o risco, contudo, ainda que as 7 cabeças sejam cortadas um dia, de ficarmos acéfalos também, sem oposição, sem novas lideranças liberais ou conservadoras. E aí as cabeças cortadas tornarão a se erguer, como monstruosos zumbis estatizantes, governando o país para sempre, num pesadelo sem fim, numa madrugada de impostos altos e burocracia tirânica por toda a eternidade.

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