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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

No Púlpito Cristão: Bufonaria esquerdista disfarçada de análise apologética

No Púlpito Cristão: Bufonaria esquerdista disfarçada de análise apologética:


No Púlpito Cristão: Bufonaria esquerdista
disfarçada de análise apologética

Edson
Camargo
Eis que leio um artigo postado num blog cujos editores garantem não
serem esquerdistas (
já ficou claro que mentem) a seguinte pérola:
“A convergência de
fenômenos como: o estimulo ao capital e consumo, a abertura e flexibilização da
mídia, aumento do poder de compra, e o desejo coletivo em consumir,
proporcionaram o cenário ideal para o crescimento da teologia da prosperidade
no Brasil.”
E lá vamos nós. Aí
está mais um exemplo claro de “bufonaria paramarxista”, como dizia Raymond
Aron.  E, mais uma vez, disfarçada de crítica eclesiológica pretensamente
apologética.
A começar pelo
óbvio: para o autor, o problema da teologia da prosperidade é um problema
decorrente da presença do livre mercado e de um estado de direito parecido com
o das democracias liberais: com a possibilidade de que cada cidadão seja
responsável pela melhoria de sua própria condição econômica, com imprensa livre
e os direitos de propriedade e produção assegurados.
E o que os
socialistas querem? Qualquer um sabe: regulação econômica brutal, controle da
mídia, nivelamento entre classes. E então, para o pseudoeclesiólogo, a maldita
teologia da prosperidade não será mais problema.
O engraçado é que
essa turma culpa o livre mercado pelo consumismo e pelo materialismo (note:
para eles não existe o indivíduo e suas decisões pessoais, apenas “classes” em
disputa), mas dizem que estes são fenômenos recentes. O fato é que a
intervenção estatal na economia é que é a verdadeira novidade na história, e em
nada reduz o consumismo e o materialismo. Nós brasileiros talvez sejamos mais
dinheiristas e mesquinhos do que muitos povos europeus que ainda desfrutam de
mais liberdade de mercado do que nós. E se o livre mercado é de séculos
anterior ao problema do consumismo e do materialismo, não pode ser
necessariamente sua causa. Até por que ser assim é pura decisão pessoal,
pecaminosa, e algo que pouco tem a ver com posições políticas. Nossa
esquerda-caviar que o diga.
Mas os
esquerdistas, estes sim, querem acabar com o pecado acabando com a liberdade
humana de produzir, comprar, vender, investir, etc. E depois o autoritário é o
“reaça” aqui. Temos ou não diante de nós um bando de criaturas asnificadas pela
ideologia socialista?
Outra: quem mais
fomenta esse relativismo moral, materialista, hedonista e consumista é a
indústria cultural, dominada pela esquerda. Da maconha à glamurização
sistemática de símbolos revolucionários, passando pelo ambientalismo e pelo
aborto, tudo o que se tem hoje na mídia de massa é artefato produzido para
destruir os valores tradicionais; é militância pura e simples, e os recentes
surtos de idolatria obâmica, onipresentes em nossa grande imprensa, não me
deixam mentir.
Como não culpar
quem detém a hegemonia cultural pela crise de valores, pela própria derrocada
cultural? Propondo sanar os problemas que eles mesmos produziram, os
esquerdistas preferem defender o absurdo. Afinal, poder comprar e vender não
faz de ninguém um boboca disposto a cantar música do Planet Hemp ou dançar
imitando a Lady Gaga. Mas a hegemonia cultural, sim, faz um pelotão de cristãos
imbecilizados nas universidades, seminários e lendo veículos de comunicação
como as revistas Ultimato e Cristianismo Hoje saírem tagarelando clichês da New
Left mal disfarçados de crítica eclesiológica respeitável.
O autor posa de
analista mas não passa de ‘idiota útil’, como dizia Lênin destes militantes
apaixonados que no fim das contas só vão se ferrar com a conquista do poder
total pela
nomenklatura.
O ridículo, para
boa parte dessa patota, é que eles nem sequer fazem isso por opção. Ou alguém
aí acha que muitos deles estudaram outra coisa na vida além de conteúdos
esquerdistas? Até teologia, graças à “teologia” da “libertação” e à “missão
integral”, eles já a aprenderam ‘esquerdizada’. Tanto que, vale destacar,
qualquer artigo imbecil do
pró-poligamia Robinson Cavalcanti (já enaltecido no blog em que foi publicado
o artigo
)
de 10, 15, ou 20 anos atrás fala exatamente a mesma coisa deste que agora
comento.
Mas é da mente
esquerdista viver repetindo, como um robô, a doxa partidária como se fosse
ciência e análise vinda da consciência autônoma do indivíduo. George Orwell
percebeu isso com clareza e temos no romance 1984 a presença da
newspeak, a ‘novilíngua’, papagaiada por um
processo mental chamado
duckspeaking, ou ‘patofalar’. Segue uma
amostra do que se lê no artigo:
“o desenvolvimento da teologia da libertação na América Latina,
aconteceu em decorrência a corrupção, desigualdade e injustiças sociais.”
Mais marxista,
mais subserviente ao esquerdismo e mais fiel à estratégia de infiltração
revolucionária nas igrejas, impossível.
É claro que penso
que a teologia da prosperidade e o materialismo grosseiro de nossas classes B e
C devem, sim, ser criticados. Mas ter de aturar críticas com
duckspeaking é dose para leão. E não menos nojenta é
essa sanha ideológica que se disfarça de eclesiologia e apologética visando o
lucro político: doutrinar cristãos incautos e despreparados visando fortalecer
a corrente ideológica que está empreendendo há pelo menos 50 anos uma
perseguição cultural ferrenha a tudo aquilo que representa o legado cristão no
Ocidente. Essa sim, é a grande mesquinharia, o grande devaneio, a grande
ambição que assola os setores de igreja contaminados pela ideologia socialista.
E nem vou entrar
na questão do fiasco que é a teoria econômica socialista e social-democrata. Se
eu trouxer ao debate as lições de Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, Hayek, ou dos
cristãos R. C. Sproul Jr. e Gary North contra Marx, Keynes, cepalinos da
América da Latina e seus fãs da mídia gospel-canhota-tapuia, serei acusado de
agredir pimpolhos (intelectualmente falando) com armas contundentes.
Se há algo que
essa turma não percebe, com toda esta subserviência intelectual a uma ideologia
assassina que usa um cristianismo falsificado para atacar o verdadeiro, é o
fato de que pensar sobre questões cristãs não é necessariamente pensar de forma
cristã.
O alerta de Harry
Blamires, que foi aluno de C. S. Lewis, deve ser lembrado: sem uma mente
cristã, não teremos um pensamento cristão; sem ele, não teremos ações dignas de
serem chamadas de cristãs.
Passou da hora de se
aprender esta lição.
Fonte:
GospelMais
Divulgação:
www.juliosevero.com
Leitura
recomendada:
Quem foi o primeiro esquerdista?
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