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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

CFP do B, eis o meu nome!

CFP do B, eis o meu nome!:


CFP do B, eis o
meu nome!

A crise de identidade pela qual atravessa o CFP é muito
mais séria do que supõe a nossa vã psicologia. Ao invés de deitar no divã para
repensar seus conceitos equivocados, o CFP prefere sair do armário e assumir
esse seu ardente desejo de virar um sigla partidária.

Luciano
Garrido
Essa tentativa de vincular opiniões
pacíficas, embora contundentes, a atos de agressão, extermínio, exclusão, é um
artifício que não convence, absolutamente.
Concebida como autarquia
responsável pela fiscalização do exercício profissional dos psicólogos, o
Conselho Federal de Psicologia (CFP) relegou suas atribuições originais e
passou a funcionar como simples órgão de agitação e propaganda ideológica, com
ênfase especial no ativismo gay.  Para
quem não sabe, os órgãos de agitação e propaganda (agitprop) surgiram no mundo comunista
como forma de aplicar a noção leninista de “guerra ideológica” aos movimentos
políticos e sociais.
Uma das principais funções da agitprop
é precisamente fomentar o ativismo político e ideológico, que dissemina a mentalidade
revolucionária entre as massas, abrindo caminho para a tão sonhada hegemonia
cultural.  Obediente à cartilha da agitprop,
o CFP organiza manifestações públicas, promove passeatas, atos de protesto,
apoia publicamente movimentos de índole revolucionária, financia eventos para
homenagear companheiros de ideologia, presta solidariedade a intelectuais
esquerdistas, terroristas e guerrilheiros, dá suporte institucional a minorias
radicais, redige panfletos inflamados contra o sistema capitalista e a ordem
estabelecida, solta notinhas de repúdio contra desafetos, intimida psicólogos
dissidentes, entre outras exorbitâncias, todas elas patrocinadas com o dinheiro
arrecadado compulsoriamente dos psicólogos. Ou seja, uma elite corporativa faz
sua revolução de luxo e os psicólogos é que pagam a fatura.
Essa atuação clandestina do CFP já
foi objeto de denúncia em outros artigos e até em representações públicas
endereçadas ao Ministério Público Federal. O clima de agitação política dentro
da autarquia avançou de forma tão desinibida que seus integrantes já beiram os
limites da improbidade administrativa. E pior é que tudo corre às claras, registrado
em farta documentação.
É cada dia mais ostensivo, por
exemplo, o alinhamento político do CFP com organismos internacionais, fundações
milionárias, ONGs, partidos políticos e uma vasta rede de entidades nacionais e
estrangeiras, todos irmanados na consecução de um projeto de engenharia social
em escala planetária. Isso pode ser comprovado não só pelos vínculos
institucionais da autarquia, mas sobretudo pelo modo servil com que mimetiza o
discurso produzido nesses grandes centros irradiadores do marxismo cultural. Itens
como abortismo, gayzismo, multiculturalismo, feminismo, racialismo, eugenismo
integram a agenda dessa elite globalista que, dentro da nova ordem mundial,
adotou o colonialismo mental como forma de realizar sua distopia
revolucionária.
De todos eles, é notória a simpatia
que o CFP nutre pela militância gay. A fim de ilustrar essa afirmação, trago ao
conhecimento do leitor a recente notícia publicada no site da autarquia (veja aqui),
onde se apresenta uma nota de repúdio às declarações dadas pelo psicólogo Silas
Malafaia no programa de entrevistas da jornalista Marília Gabriela.
Logo de saída, no subtítulo da
notícia, o CFP se gaba de que 25 mil pessoas teriam “curtido” – provavelmente
nas redes sociais – o teor geral do documento. Fazendo paródia com a frase memorável
de Anatole France, é preciso lembrar ao CFP que quando 25 mil pessoas curtem
uma besteira, ela não deixa de ser uma besteira.
Esse apelo do CFP à sedução dos
números só atesta, a rigor, o cacoete demagógico com o qual a autarquia
geralmente conduz seus pronunciamentos públicos. Neles, dificilmente haverá um
esforço no sentido de promover um debate intelectualmente qualificado. Nada
disso. O que se vê é a tentativa obstinada de arregimentar multidões em prol de
suas bandeiras políticas, mesmo que, para isso, use o que resta da
credibilidade profissional dos psicólogos. O negócio do CFP é conquistar corações,
enquanto deixa as mentes entregues a mais absoluta vacuidade.
A prova disso é que, na referida
nota, predomina uma linguagem retória apelativa, sem margem para considerações
de caráter técnico ou científico. É um desfile de lugares-comuns, frases de efeito,
argumentos vazios e reclamos sentimentais. Fosse o documento redigido por
sindicalistas ou líderes estudantis, o tom geral do discurso, embora igualmente
deplorável, seria ao menos compreensível. Vindo de um ente estatal, mantido com
verba pública, e cuja principal missão é salvaguardar a reputação profissional
de toda uma classe, a coisa assume contornos verdadeiramente alarmantes.
Segundo a notinha publicada pelo
CFP, o psicólogo Silas Malafaia... “agrediu a perspectiva dos Direitos Humanos
a uma cultura de paz e de uma sociedade que contemple a diversidade e o
respeito à livre orientação”. Afora a redação muito mal-ajambrada, algo recorrente
nos documentos da autarquia, chama a atenção o uso espalhafatoso do verbo “agredir”,
numa tentativa manjada de cobrir a figura do psicólogo com uma aura de
violência e intolerância – falsa sob todos os aspectos, mas que predispõe o
leitor a antipatias habituais.
Você deve estar se perguntando como
é que uma pessoa, afinal, pode “agredir” os Direitos Humanos ou uma cultura de
paz simplesmente por exercer o direito de emitir opiniões acerca de um
determinado assunto. Seria a livre orientação sexual mais digna de respeito que
a livre manifestação do pensamento? Uma sociedade que contempla a diversidade
não é justamente aquela que respeita opiniões divergentes, ao invés de tentar
criminalizá-las ou subtraí-las do debate público?
O CFP prossegue seu desarrazoado e
acusa Malafaia de assumir “uma posição de retrocesso que chega a ser quase
inquisitório (sic), colocando como vertentes do seu pensamento a exclusão
e o preconceito na leitura dos Direitos Humanos.” Repare que o termo
“inquisitório” não é algo banal. Trata-se de mais um artifício retórico – bem
chinfrim, é verdade – para deflagrar associações subconscientes na mente do
leitor, uma vez que o psicólogo Malafaia é também pastor evangélico, e isso
sempre foi boa ocasião para evocar preconceitos ancestrais.
No imaginário popular, tão frequentemente
manipulado pelo CFP, termos como inquisitório sugerem a ideia de fanatismo,
autoritarismo repressor, posições atávicas e medievalescas. A patifaria
intelectual é de tal magnitude que o CFP não se sente minimamente constrangido
a entrar no mérito dos argumentos e apontar com exatidão o alegado perfil inquisitório
que vê nas posições defendidas pelo Malafaia. Como refutar argumentos nunca foi
o forte do CFP, é mais fácil fornecer as senhas que prepararão um futuro
linchamento moral (1).
No terceiro parágrafo, de forma
muito estranha, o CFP afirma que o psicólogo Malafaia... “se mostra contrário
às bandeiras levantadas pela Psicologia”. Aqui, a expressão “bandeiras
levantadas” só pode ser entendida como um tremendo ato-falho, pois revela de forma
despudorada o impulso militante e o ativismo compulsivo, não só de quem redigiu
a singela notinha, mas de toda camarilha filocomunista que se aboletou no CFP. Afinal,
como pode um ramo do conhecimento acadêmico, que reclama para si o status de
ciência, hastear bandeiras de natureza política? Qualquer ciência que tome
partido em contendas políticas e ideológicas está condenada a perder sua
isenção e credibilidade.
Por isso é que eu digo: a crise de
identidade pela qual atravessa o CFP é muito mais séria do que supõe a nossa vã
psicologia. Ao invés de deitar no divã para repensar seus conceitos equivocados,
o CFP prefere sair do armário e assumir seu ardente desejo de virar um sigla
partidária.  E que ninguém se escandalize
quando a autarquia aparecer por aí, nos cabarés da política nacional, alcunhada
de “CFP do B”, porque prostituiu ciência e a profissão pelas quais deveria
zelar.
As trapalhadas conceituais e as
falácias argumentativas do CFP vão ainda mais longe.  Ao ratificar ideias contidas na resolução nº
01/99, a nota afirma que “a homossexualidade não constitui doença, desvio ou
perversão, posto que diferentes modos de exercício da sexualidade fazem parte
das possibilidades da existência humana”. Temos aqui um exemplo típico de erro
lógico chamado non sequitur, no qual a conclusão não segue a premissa. Incluir
comportamentos no universo das possibilidades humanas, um modo diferente de
exercício da sexualidade (ou do que quer que seja), não basta para situá-los
dentro de uma escala valorativa em que conceitos como saúde ou doença, desvio
ou ajustamento, perversão ou normalidade, podem ser postos em perspectiva.
Na rubrica dos “diferentes modos de
exercício da sexualidade humana” também entram o bestialismo, o fetichismo, a
coprofilia (2), o voyerismo, a pedofilia, o donjuanismo, a necrofilia (3), o
onanismo, o sadomasoquismo e um punhado de outras manifestações bizarras do prazer
sexual e do erotismo humanos. E aí? Será que não há critérios válidos para
distingui-los? Somos obrigados agora a adotar o relativismo moral, metafísico e
epistemológico do CFP, em que tudo se iguala no reino das possibilidades
humanas?
No final das contas, a conclusão a
que se chega é que o CFP não suporta opiniões que contrariem suas convicções
ideológicas. Na nota, o CFP declara como princípio o “respeito à livre
orientação sexual dos indivíduos”, ainda que o psicólogo, para atendê-lo,
precise desrespeitar a liberdade de escolha daqueles que o procuram solicitando
ajuda para modificar sua orientação sexual (4).
A posição assumida pelo CFP, ao que
parece, baseia-se na ideia de que o desejo sexual é o que há de mais
irredutível no ser humano, devendo prevalecer sobre sua autonomia, consciência
e aspirações pessoais. Ao afirmar que “é dever do profissional de Psicologia
fornecer subsídios que levem à felicidade e o bem-estar das pessoas
considerando sua orientação sexual”, o CFP parte do pressuposto de que somente
a sexualidade (no caso, a homosssexual) é capaz de propiciar felicidade e bem-estar,
sendo tudo mais mera perfumaria.  Nesse
hedonismo acachapante, não há espaço para dilemas ou contradições humanas, pois
o ser humano é entendido a partir de uma perspectiva unidimensional.
A concepção de natureza humana que
vigora na psicologia dos integrantes do CFP está fundada numa cosmologia essencialmente
materialista.  Ela segue uma tendência
geral que, segundo o psicólogo católico Rudolf Allers, perverteu a mentalidade
ocidental ao longo dos séculos, fazendo-a acreditar que “tudo o que é inferior,
tudo o que se aproxima da natureza bruta, ou inclusive morta, é julgado como o
mais verdadeiro, o mais natural e o mais importante”, e que “o inferior
constitui o fundo e o centro da realidade, o que realmente importa, que
buscá-lo é fazer um ato de ciência e que vivê-la é conformar-se às exigências
mais verdadeiras da natureza humana”. É um tipo de psicologia em que predomina,
nas palavras do próprio Allers, uma “a visão desde baixo”.
Portanto, se existem ações que
podem ser consideradas como “extermínios de subjetividades indesejadas”,
conforme afirma a nota, uma delas é precisamente essa louca pretensão do CFP de
impor seu ideal de felicidade e bem-estar a todas as pessoas. Esse é a forma
acabada de um pensamento totalitário que não se coaduna com o discurso
pretensamente humanista que a autarquia tenta encampar. Como diz a música,
“cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. Não cabe ao CFP, portanto,
fazer política com o sofrimento alheio.
Por fim, essa tentativa de vincular
opiniões pacíficas, embora contundentes, a atos de agressão, extermínio,
exclusão, é um artifício que não convence absolutamente, nem mesmo àqueles homossexuais
inteligentes e sinceros, que são capazes de entender que o sofrimento humano
transcende o jogo dos interesses políticos, e que às vezes, a exemplo do que
disse o filósofo Descartes, “mais vale derrotar os próprios desejos do que a
ordem do mundo”.
Notas:
1
Já existe na praça um abaixo-assinado da militância gayzista pedindo a cassação
do registro profissional do psicólogo Malafaia.
2
Atração patológica por fezes.
3
Atração patológica por cadáveres.
4
A chamada “terapia reparativa” será tema de um próximo artigo.
Divulgação:
www.juliosevero.com
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