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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Polícia secreta da Alemanha Oriental vendia cidadãos para empresas farmacêuticas do Ocidente para serem usados como cobaias em testes de medicamentos

Polícia secreta da Alemanha Oriental vendia cidadãos para empresas farmacêuticas do Ocidente para serem usados como cobaias em testes de medicamentos:


Polícia secreta
da Alemanha Oriental vendia cidadãos para empresas farmacêuticas do Ocidente
para serem usados como cobaias em testes de medicamentos

Dezenas de milhares de
pessoas foram testadas com drogas experimentais não aprovadas no Ocidente
Dezessete cobaias
morreram no estudo de uma droga para tratamento de problemas cardíacos
A prática macabra foi
exposta em um chocante documentário lançado na Alemanha
Allan
Hall
A ex-comunista Alemanha Oriental
vendia cidadãos para empresas farmacêuticas do Ocidente para serem usados como
cobaias em testes de medicamentos.
Dezenas de milhares de doentes da
antiga República Democrática da Alemanha foram tratados com medicamentos não
aprovados no Ocidente para testar sua eficácia.
Detalhes do projeto ultrassecreto
foram revelados nos arquivos da Stasi, antiga organização da polícia secreta de
Berlim Oriental. O regime comunista lucrou milhões em moeda forte.
A ponte entre a Alemanha Oriental e Berlim Ocidental, fotografada no início da década de 1960. Arquivos recentemente abertos mostram como os agentes da Stasi venderam cidadãos secretamente para empresas farmacêuticas ocidentais para serem usados como cobaias.
Mas o custo humano era alto, com
dezenas de pessoas mortas devido aos efeitos colaterais dos medicamentos, que
contornavam os procedimentos de teste geralmente rigorosos exigidos pelas
democracias ocidentais.
E para piorar, alguns pacientes
receberam placebos (pílulas que não faziam efeito algum) para avaliar como
respondiam em comparação aos outros que recebiam o medicamento adequado.
A prática foi exposta pelos
jornalistas Stefan Hoge e Carsten Opitz e exibido esta semana na Alemanha em um
chocante documentário intitulado “Tote und Deaths” (Mortos e Mortes).
Os arquivos da Stasi (quilômetros
de papeis amarelados que a polícia secreta da Alemanha Oriental não conseguiu
eliminar quando o Estado comunista implodiu em 1989) revelou detalhes de como o
país se tornou um dos campos de experimentos mais importantes para as empresas
farmacêuticas ocidentais.
A conspiração envolveu o Estado,
médicos e grandes empresas farmacêuticas.
Os líderes do país comunista
estavam felizes em implantar o programa em uma terra que só se destacava pela escassez.
“Havia farmácias que não tinham
condições de fornecer 20% das drogas necessárias”, explica o historiador
farmacêutico Christoph Friedrich, da Universidade de Marburg. “E essa escassez
se estendia aos hospitais”.
Os arquivos da Stasi revelaram detalhes de como a Alemanha Oriental se tornou um dos campos de experimentos mais importantes para as empresas farmacêuticas ocidentais (arquivo)
O escândalo da talidomida no início
da década de 1960 intensificou os critérios para experimentos médicos no mundo
ocidental, inclusive na Alemanha Ocidental.
Novas exigências regulatórias para
aprovação de mercado forçavam as fabricantes a conduzir testes clínicos ainda
mais longos para seus medicamentos em um grande número de pacientes.
A Alemanha Oriental, por dinheiro,
estava disposta a fornecer cobaias humanas, embora elas não desconfiassem que
eram parte de um enorme experimento.
“Uma conferência secreta com
membros do comitê central do Politburo responsáveis pela área da saúde preparou
o cenário para um gigantesco acordo na primavera de 1983”, aponta o historiador
Friedrich.
“Em hospitais selecionados, médicos
de empresas farmacêuticas ocidentais podiam realizar testes clínicos com
medicamentos não aprovados”.
“A papelada nos arquivos da Stasi
mostram que foram assinados contratos entre empresas farmacêuticas do Ocidente
e a companhia de comércio exterior da Alemanha Oriental. Em 1983 houve 20
experimentos, e em 1988 havia 165 em andamento”.
Os pesquisadores não encontraram
documentos nos arquivos da Stasi ou nos registros do antigo ministério da saúde
da Alemanha Orienta que indicassem que os pacientes sabiam que estavam de fato
sendo usados como cobaias de teste.
O documentário não encontrou ninguém
entre as grandes empresas farmacêuticas ocidentais que tivesse conhecimento do
programa secreto, relata Opitz.
Leitura
recomendada:
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