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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Será que hidratar a pele pode ser tóxico?

Será que hidratar a pele pode ser tóxico?:
Entenda como os hidratantes funcionam, do que são compostos e riscos associados ao seu uso. (destaque)




Hidratantes (Chapéu)

Os hidratantes podem ser definidos como produtos químicos que tem por objetivo aumentar o conteúdo de água da última camada da epiderme da pele, a chamada camada de queratina ou estrato córneo, essa definição de Christina Marino da Washington State Department of Labor and Industries, aponta também que os hidratantes atuam por meio de ingredientes que podem ser agentes oclusivos e/ou umectantes, além dos agentes emolientes.
Basicamente os agentes oclusivos são responsáveis por impedir que a pele perca água por evaporação, esse agente atua formando uma camada extra na pele como se fosse um filme de proteção. Comumente os agentes oclusivos conhecidos são os petrolatos (considerado de maior eficiência), cera de abelha, a lanolina e óleos minerais.
Já os agentes umectantes atingem a camada de queratina da pele e são responsáveis por aumentar a capacidade de retenção de água. Os agentes umectantes mais comuns são os aminoácidos, ureia, ácidos lático, propileno glicol, glicerina e o butileno.
Os emolientes, de acordo com a New Zealand Dermatological Society Incorporated têm por objetivo suavizar a pele e dar flexibilidade, são encontrados na forma de lipídios muito similares aos lipídios humanos. Alguns exemplos de emolientes são o óleo de rícino, óleo de jojoba e a queratina.
Outro fato importante sobre os hidratantes, é que os seus componentes podem ser classificados em ingredientes ativos ou ingredientes inativos/excipientes. Os ingredientes ativos são considerados aqueles responsáveis manter a água na pele (agentes umectantes), proteger a pele formando uma camada de proteção (agentes oclusivos) e por manter a pele macia e lubrificada (emolientes).
Considerados como ingredientes inativos, são aqueles que têm por função atuar na parte estética e de durabilidade do produto hidratante, como por exemplo, os emulsificantes, os conservantes, antioxidantes e fragrâncias.

Riscos para saúde e ambiente
Sabendo agora como os hidratantes funcionam, é possível listar alguns dos ingredientes básicos deste produto identificando os riscos a saúde e ao meio ambiente associados a eles.
No grupo das substâncias de função oclusiva temos:
Óleo mineral (Mineral oil) - De acordo com o Environmental Working Group (EWG), esse ingrediente que é uma mistura de hidrocarbonetos pode conter impurezas como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs - sigla em inglês), os PAHs são considerados carcinogênicos tanto paras humanos quanto para outras espécies, deste modo é comprovado que o óleo mineral também é considerado carcinogênico e tumorigênico. O óleo mineral se apresenta na forma líquida em produtos cosméticos como os hidratantes, existem produtos que apresentam a mesma denominação, mas que são utilizados para lubrificação de motores, esses produtos possuem diferentes composições entre si, porém não deixam de ser um produto derivado do petróleo.
O óleo mineral apresenta toxicidade para organismos, sendo que as principais áreas atingidas são os olhos, pele, e sistema respiratório. Em caso de produtos utilizados na forma de aerossol, o óleo mineral é possivelmente tóxico para o sistema imunológico humano. É conhecido que quando em contato com a pele ocasiona a obstrução dos poros, aumentando as chances de surgimento de acne.  Segundo a Environment Canada Domestic Substance List o óleo mineral é classificado como possivelmente perigoso e tóxico. Existem muitos estudos que apontam a relação direta entre exposição ao ingrediente e o aparecimento de câncer, porém as evidências ainda são limitadas para se confirmar está relação. Além de produtos cosméticos, o óleo mineral também é utilizado em produtos alimentícios e tem a sua quantidade limitada. Nos rótulos de produtos, o óleo mineral pode aparecer com outros nomes como: light mineral oil, heavy mineral oil, deobase, liquid paraffin, liquid petrolatum, paraffin oil e petroleum.
Lecitina (Lecithin) - Considerado um lipídio que pode ser encontrado tanto em animais como em vegetais, a lecitina oferece um grau de preocupação alto de acordo com o EWG, por apresentar absorção avançada na pele e também por ter várias fontes de exposição, pois é possível encontrar a lecitina na comida também. Para produtos em aerossol, foram detectados efeitos no sistema imunológico e respiratório humano. Sabe-se do grau avançado que a lecitina é absorvida pela pele, porém existe uma grande lacuna de dados sobre os seus efeitos. Sobre isso a Food and Drug Administration (FDA/EUA), afirma em relatório que a lecitina não deve ser utilizada em produtos com concentração maior que 15%, relatando que a falta de dados atualmente é insuficiente para garantir a segurança do uso do lipídio em cosméticos. Alertando que não deve haver o seu uso em produtos cosméticos que podem formar N-nitroso, pelo fato do perigo de inalar Lecitina e N-nitroso. Nos rótulos de produtos, a lecitina pode aparecer com outros nomes como: egg yolk lecithin e glycine soja lecithin. Além dos hidratantes a Lecitina pode ser encontrada também em sabonetes, shampoos, cremes para os olhos e batons.
Colesterol (Cholesterol) - Um composto orgânico encontrado em todos os tecidos conjuntivos de animais, também está presente nos cosméticos atuando como oclusivo ou como emulsificante. Segunda pesquisa publicada no Journal of the American College of Toxicology, a principal reação ligada ao contato do colesterol com a pele é a irritação, como o ingrediente é encontrado em produtos para pele, cabelos, olhos e em maquiagens, a fonte de exposição por meio da pele é facilitada. De acordo com esta pesquisa, a concentração de colesterol nestes produtos cosméticos não excede 5%, porém nos testes realizados foi utilizada uma concentração muito menor que 5% e ainda sim a reação foi irritação de pele. O aspecto causado pelo colesterol que pode levar a um impacto ambiental, é a capacidade deste ingrediente de se bioacumular e ser persistente no ambiente, ou seja, não se degradar ou a sua degradação pode demandar um longo período de tempo. De acordo com o EWG, alternativas ao uso do colesterol em produtos cosméticos podem basear-se na utilização de álcoois complexos sólidos provindos de fontes vegetais. Nos rótulos de produtos, o colesterol pode aparecer com outros nomes como: cholesterin, provitamin D e cholesteryl alcohol.
No grupo das substâncias de função emoliente temos:
Ciclometicone (Cyclomethicone) - Segundo pesquisadores do Scientific Committee on Consumer Safety o ingrediente é considerado o nome genérico de um conjunto de compostos cyclic dimethyl polysiloxane utilizado em produtos de cuidados com os cabelos, pele assim como também em desodorantes e antitranspirantes. Além da função emoliente, este ingrediente também é utilizado em cosméticos com a função umectante, solvente e para controle de viscosidade. Muitas vezes a sua utilização está ligada a presença do silicone, sendo que o ciclometicone também é utilizado em implantes de seios de silicone. A sua concentração em diversos produtos pode variar de 0.1% a 54%. Os produtos cosméticos que possuem a maior concentração de ciclometicone são os destinados aos cuidados com os cabelos (exceto tinturas) e desodorantes/antitranspirantes. De acordo com pesquisas e testes realizados, o ingrediente pode causar irritação de pele, olhos e o resultado mais alarmante é que para uma exposição crônica, ou seja, de muito tempo ao ciclometicone, as chances de apresentar câncer aumentam drasticamente. Em testes realizados, após exposição por 2 anos ao ciclometicone, animais apresentaram tumores e os efeitos carcinogênicos aumentaram significativamente para altas concentrações (160 ppm). Nos rótulos de produtos, o ciclometicone pode aparecer com outros nomes como: decamethyl, dow corning 344 ou 345 e, dimethylsiloxane.
Conservantes
Uma atenção maior também deve ser dada para a presença de conservantes nos hidratantes. Os conservantes de acordo com o Official Journal of the European Union, são substâncias utilizadas somente para impedir o crescimento de microrganismos no produto. Nos rótulos os conservantes são encontrados com a termilogia parabeno ou paraben em inglês: methlylparaben, propylparaben, butylparaben, ehtylparaben entre outros. Pode também aparecer como 4-hydroxbenzoic acid. A absorção destes conservantes pela pele é fator que eleva as possibilidades de aparecimento de vários tipos de cânceres como o câncer de mama (saiba mais aqui).
Atenção aos rótulos!
As informações sobre os ingredientes que compõe os produtos hidratantes ou outros cosméticos devem estar obrigatoriamente presentes no rótulo. Procure olhar sempre a composição dos cosméticos que você está comprando. E se assim for possível, dê preferência para produtos que não contenham os ingredientes acima listados. Se tiver fácil acesso a produtos naturais nos quais não contém compostos tóxicos, opte por comprá-los ao invés de investir em produtos cheios de ingredientes tóxicos à saúde.
No caso dos hidratantes, como visto anteriormente, o seu principal objetivo é evitar a perda de água e adicionar água na pele para que ela fique hidratada. Deste modo escolha produtos hidratantes que contenham a água como principal ingrediente. Normalmente os ingredientes de produtos tanto cosméticos quanto alimentícios são dispostos em ordem decrescente, ou seja, se o primeiro ingrediente listado no rótulo for água, significa que a água é o ingrediente em maior quantidade no produto.
Para cosméticos a base de óleo, prefira produtos que contenham óleos vegetais ao invés dos óleos minerais em sua composição.

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