terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Google Phone declara guerra às operadoras
Parece que o Google gostou tanto de enfrentar a Microsoft que encarnou George W. Bush. Agora, criou seu próprio celular e entrou em uma nova batalha.
Fabricado pela HTC, o Google Phone – ou melhor, Nexus One – tem tudo para ser o mais completo modelo já lançado com o sistema Android. Suas configurações de hardware, por exemplo, deixam o iPhone no chinelo. Para quem não viu, ele terá processador Qualcomm Snapdragon de 1 GHz, tela capacitiva AMOLED de 3,7 polegadas, câmera de 5 megapixels e Android 2.1. Seu maior ponto fraco poderá ser a capacidade de armazenamento, ainda desconhecida.
Mas o ponto central da questão está no motivo que levou o Google a criar o seu próprio smartphone. Já existe uma dúzia de modelos com Android. Por que inventar mais um e com sua própria marca? Porque só assim a empresa tem liberdade total para criar aplicativos e serviços que achar convenientes, mas que desagradam comercialmente as operadoras. O melhor exemplo é o Google Voice, uma espécie de número virtual misturado com central de atendimento telefônico personalizada.
O serviço manda torpedos de graça, transcreve a caixa postal, grava ligações, permite teleconferências, bloqueia contatos indesejados e faz chamadas internacionais cobrando taxas bem baratas, entre outros serviços. Tudo de graça. Que operadora gostaria de vender um aparelho com essas funcionalidades? Nenhuma. São empresas que se acostumaram a lutar contra qualquer inovação que possa afetar os seus lucros. É só lembrar a luta que foi para que os smartphones tivessem Wi-Fi. A barreira só foi quebrada de vez quando o iPhone se tornou popular.
Se, como dizem alguns sites, o Nexus One for vendido desbloqueado por US$ 199, com desconto de US$ 100 para quem tiver uma conta Google antiga, o modelo será uma revolução no mundo dos smartphones – especialmente na oferta de serviços. Mas, se o preço for alto, não conseguirá atingir um volume de vendas suficiente para abalar as estruturas das companhias inimigas. Saberemos em janeiro.
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