Por Júlio Castro, no Estadão:
Passados dois anos da maior catástrofe climática de Santa Catarina, que terminou oficialmente com 135 mortos e dois desaparecidos, parte dos 78 mil habitantes atingidos, entre desalojados e desabrigados, ainda aguarda pela ajuda governamental. As pessoas mais prejudicadas estão na região do Vale do Rio Itajaí.
O déficit habitacional é o maior problema. Muitas famílias que tiveram suas casas destruídas ainda vivem em acomodações improvisadas em abrigos coletivos ou na casa de parentes. Das 6,5 mil casas prometidas, cerca de 4 mil foram construídas. Até o fim do ano passado, segundo dados da Defesa Civil, cerca de 2 mil famílias se mantinham desabrigadas e outras 3 mil desalojadas nos municípios afetados.
Algumas dessas famílias serão contempladas com o último lote de 70 casas que estão sendo construídas na cidade de Ilhota. As unidades estão em fase final de acabamento e foram patrocinadas pelo governo da Arábia Saudita que, em dezembro de 2008, doou cerca de US$ 5 milhões exclusivamente para a construção de casas populares aos flagelados. Por parte do governo federal, R$ 1,8 milhão ainda precisa ser repassado para a compra de terrenos.
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