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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Entebbe: A solitária e surpreendente luta de Israel contra o terrorismo

Entebbe: A solitária e surpreendente luta de Israel contra o terrorismo:

Entebbe: A
solitária e surpreendente luta de Israel contra o terrorismo

Julio
Severo
Acabei de ler o livro “Entebbe: A
Defining Moment in the War on Terrorism” (Entebbe: Momento Decisivo na Guerra
contra o Terrorismo), escrito por Iddo Netanyahu, irmão do primeiro-ministro israelense
Benjamin Netanyahu. O livro, que é fascinante, me foi recomendado por
WorldNetDaily.
Fiquei tão empolgado com a leitura
que seria injusto não compartilhar com os leitores as proezas da “Operação
Entebbe”, nome pelo qual ficou conhecida uma espetacular operação militar, realizada
pelas Forças de Defesa de Israel, em julho de 1976.
Compartilharei, pois, essa leitura,
a partir de material da Wikipédia, mas com os filtros necessários do livro que
li, onde o autor entrevistou os soldados e reféns.
A “Operação Entebbe” tinha como
alvo libertar mais de 100 judeus, sequestrados por palestinos islâmicos e alemães
comunistas durante um voo comercial. O avião fora desviado para o aeroporto de Entebbe,
situado nos arredores de Kampala, capital de Uganda (África), na época sob o
governo de Idi Amin Dada, um ditador marxista apoiador do terrorismo islâmico
contra Israel, além de adepto do canibalismo e bruxaria africana. Ele era defensor de Adolf Hitler e favorável à extinção do Estado de Israel.
A operação foi originariamente
denominada de “Operação Thunderball”. Depois, foi rebatizada como “Operação
Yonatan”, em homenagem ao comandante da força-tarefa, o tenente-coronel Yonatan
Netanyahu (irmão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu), único
militar israelense morto durante a ação.
Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, irmão do comandante morto na “Operação Entebbe”
Entretanto, ficou mundial e
popularmente conhecida como “Operação Entebbe” e já foi tema de inúmeros livros,
documentários e filmes, inclusive inspirando o filme de ação militar Comando
Delta
(The Delta Force), com Chuck Norris.
É considerada por muitos
especialistas como a missão de resgate mais complexa e perfeita de todos os
tempos, inspirando as forças armadas dos Estados Unidos a criar equipes de
resgate altamente treinadas de acordo com o modelo do resgate de Entebbe. Uma notável
tentativa americana de imitar os israelenses foi a Operação Garra de Águia, um
resgate fracassado de 53 funcionários da Embaixada dos EUA mantidos como reféns
em Teerã durante a crise provocada quando radicais islâmicos tomaram o
governo do Irã e a Embaixada dos EUA.
O drama dos reféns judeus começou
no dia 27 de junho de 1976, com o sequestro de um Airbus A300 da Air France,
que fazia a rota Tel Aviv-Paris, com escala em Atenas (Grécia), e 258 pessoas a
bordo.
Oito minutos após a decolagem de
Atenas, terroristas palestinos islâmicos e alemães comunistas assumem o
controle do avião, que em seguida voa para a Líbia, onde os terroristas palestinos
têm uma base. O próprio ditador islâmico da Líbia, Muamar Kadafi, dá apoio aos
sequestradores.
Em seguida, o avião parte para
Uganda, aterrissando no aeroporto de Entebbe. Ali, os terroristas separam os
passageiros, libertando todos os que não eram judeus e israelenses. Restaram
pouco mais de 100 passageiros, entre eles dois estudantes brasileiros de sangue
judeu.
Os terroristas revelaram que se
Israel não libertasse terroristas palestinos em prisões israelenses, os
passageiros seriam mortos. A data final era 4 de julho.
O governo de Israel estava na
dúvida se negociava ou agia. No fim, a decisão foi pela ação. No Aeroporto
Internacional Ben Gurion, quatro aviões Hércules C-130 de transporte começaram
a levantar voo a partir das 13h20 do dia 3 de julho, em voo baixo e por regiões
distantes a fim de evitar radares russos e árabes.
Devido ao forte calor na baixa
altitude, a maioria dos militares israelenses passa mal e vomita. Depois de se
distanciar dos radares russos, os aviões partem para altitudes mais elevadas.
Sete horas depois da decolagem, os
aviões carregados de militares israelenses aproximavam-se de Entebbe, quase à
meia-noite.
Um dos aviões Hercules utilizados no resgate
Após a aterrisagem, do primeiro C-130
Hercules descem a rampa para pista escura um Mercedes e dois Land Rover,
transportando 35 militares israelenses, que iriam tomar de assalto o velho
terminal, onde estavam os sequestradores e reféns. Para poder chegar ao
terminal sem levantar suspeitas, os israelenses que iam no Mercedes estavam vestidos
com uniformes ugandenses.
A 100m do terminal duas
sentinelas, com metralhadoras apontadas, ordenaram que o Mercedes parasse, mas
foram rapidamente eliminadas.
Os militares de Israel seguiram em
frente até uns 50m do edifício. A partir daí, foram a pé, conseguindo chegar ao
local de surpresa, impedindo assim que os terroristas explodissem todos os
reféns, que estavam deitados no salão principal. Quatro terroristas estavam
montando guarda. Apanhados de surpresa, foram mortos imediatamente, e o grupo
de assalto 2 subiu pelas escadas.
Vários soldados ugandenses também
foram mortos. As ordens eram para tratar os ugandenses como inimigo armado, se
abrissem fogo; se fugissem ou abaixassem as armas, seriam poupados. Mas para os
terroristas islâmicos e comunistas, a ordem era eliminar por completo.
As tropas que realizaram a ação estavam
divididas em cinco grupos de assalto:
*
Grupo de Assalto 1:
se encarregou da
segurança da pista do aeroporto de Entebbe e dos aviões (era formado por 33
médicos que também eram soldados);
*
Grupo de Assalto 2:
tomou o edifício do
antigo terminal e libertou os reféns;
*
Grupo de Assalto 3:
tomou o edifício do
novo terminal;
*
Grupo de Assalto 4:
impediu a ação das
unidades blindadas de Idi Amin (estacionadas em Kampala, a 37 km de
distância) e destruiu os aviões de combate ugandenses MiG 17 e MiG 21
estacionados no aeroporto, para impedir uma possível perseguição aérea. Esse
grupo também ficou de vigilância na estrada de acesso ao aeroporto, pois
sabia-se que o Exército ugandense tinha tanques soviéticos e carros blindados tchecos
para transporte de tropas estacionados na capital.
*
Grupo de Assalto 5:
evacuou os reféns,
conduzindo-os para o avião Hercules que estava à espera.
A ação toda levou aproximadamente
uma hora e meia.
Filme “Victory at Entebbe” (1976): com Anthony Hopkins, Burt Lancaster, Elizabeth Taylor e Richard Dreyfuss
Do lado israelense os mortos foram
quatro: Yoni, que era o comandante e irmão do atual primeiro-ministro de
Israel, e três reféns — dois morreram no fogo cruzado com os terroristas e uma
senhora de idade, Dora Bloch, que havia sido transferida para um hospital de
Uganda e que posteriormente foi assassinada por ordem de Idi Amin. Dos 13
terroristas envolvidos no sequestro, os oito que estavam no aeroporto foram
mortos. Os outros estavam fora do aeroporto. Morreram ainda 35 ugandenses na
operação. Além disso, um número incerto de soldados ugandenses e autoridades
civis do aeroporto foram, posteriormente, executados por ordem de Idi Amin por não
terem feito tudo o que puderam para deter os israelenses.
Comandante Yonatan (Yoni) Netanyahu, irmão do atual primeiro-ministro de Israel, único militar israelense morto na espetacular operação
No dia 4, data marcada pelos
terroristas para matar os reféns judeus, um C-130 Hercules aterrissa no Aeroporto
Internacional Ben Gurion, em Israel. De suas portas traseiras, 102 pessoas —
homens, mulheres e crianças — correm em segurança para se reunir com seus
familiares e amigos.
Filme sobre ação de Israel em Entebbe, com Charles Bronson
Com a “Operação Entebbe”, Israel
deixa para o mundo uma grande inspiração de resgate de inocentes e luta contra
terroristas armados — uma luta que Hollywood mostra bem nas telas e na fantasia,
como no filme Comando Delta, mas que
Israel mostra bem na vida real.
Com
informações de “Entebbe: A Defining Moment in the War on Terrorism” e Wikipédia.
Para seguir Julio Severo no Facebook e Twitter:

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