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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Messias da desgraça: Como o Rev. Moon passou de simples camponês para um bilionário liderando uma seita que fez lavagem cerebral em milhões… até que o jornal Daily Mail o desmascarou como fraude

Messias da desgraça: Como o Rev. Moon passou de simples camponês para um bilionário liderando uma seita que fez lavagem cerebral em milhões… até que o jornal Daily Mail o desmascarou como fraude:


Messias da
desgraça: Como o Rev. Moon passou de simples camponês para um
bilionário liderando uma seita que fez lavagem cerebral em milhões… até que o
jornal Daily Mail o desmascarou como
fraude

Tom
Rawstorne
Já estão em andamento os
preparativos para o funeral de Sun Myung Moon, o líder dos moonies que se
autoproclamava “messias”.
Na sede da igreja, cercada de
montanhas, em Gapyeong, a leste de Seoul, trabalhadores estão ocupados fazendo
uma estrada de duas pistas de quase um quilometro.
Enquanto isso, dentro de um enorme
ginásio de esportes, obras estão em andamento para a construção de um altar
especial em que os visitantes poderão rezar e se lembrar do líder da Igreja da
Unificação, que morreu aos 92 anos.
O falecido Reverendo Sun-Myung Moon acumulou uma fortuna de bilhões de dólares desde que fundou sua polêmica Igreja da Unificação em 1954
Assessores se gabam de que dezenas
de milhares de membros da igreja viajarão para a Coreia do Sul para o funeral
em 11 dias. “Convidamos o maior número de convidados do Japão, cerca de 30.000
pessoas”, disse um deles.
Quantos realmente estarão presentes
é uma estória totalmente diferente, pois embora a igreja alegue ter no mundo
inteiro cerca de três milhões de pessoas, a verdade é que sua popularidade chegou
ao ponto máximo na década de 1980. Hoje, especialistas estimam que os números
minguaram para apenas 100.000.
É claro que, qualquer que seja o número,
o fato é que quaisquer lágrimas derramadas em memória de Moon serão apenas uma
gota em comparação com o rio de sofrimento e desgraça que sua seita pervertida
infligiu.
Ele estabeleceu sua igreja —
formalmente conhecida como a Federação da Família para a Paz e Unificação
Mundial — em 1954.
Embora tivesse ficado famoso por
celebrar casamentos em massa em que milhares de estranhos vestidos com roupas idênticas
se casavam uns com os outros em cerimônias realizadas em estádios enormes, o
que serve de memória para Moon são suas atividades nas décadas de 1960 e 1970.
Então, à medida que sua rede de
missionários se espalhou pelo mundo inteiro, começaram a surgir relatos de
rapazes e moças facilmente influenciáveis virando alvos.
Recebendo lavagem cerebral com
técnicas como privação do sono e “bombardeios de amor” — adulando e bajulando potenciais
novos recrutas — eles seriam separados de suas famílias e escondidos em lugares
secretos.
Aí, eles começariam a fazer o
trabalho da igreja, vendendo quadros ou flores de porta em porta para levantar dinheiro
para os líderes.
Parentes cujos amados haviam sido
seduzidos a se tornarem membros da seita falaram de como sua perda foi tão
súbita e completa como se o parente tivesse morrido.
A Inglaterra conseguiu escapar das
piores consequências do império de Moon em grande parte graças à campanha
jornalística do Daily Mail.
Em 1978, este jornal publicou uma
matéria devastadora desmascarando as atividades dos moonies sob a manchete “A
igreja que separa as famílias”. A igreja processou, mas a audiência resultante
do Supremo Tribunal durou 100 dias e finalmente terminou em vitória para o Daily Mail.
60.000 membros da Igreja da Unificação do mundo inteiro participam de uma cerimônia de casamento em massa de Moon no Estádio Olímpico Chamsil em Seoul em 2000
Quase metade dos membros na
Inglaterra fugiu para os Estados Unidos, onde a igreja passou a construir uma
considerável base de poder — e continuou enchendo os bolsos de Moon.
Além de possuir propriedades
luxuosas nos EUA, Moon fundou o jornal Washington
Times
e se tornou dono de empresas no mundo inteiro que incluíam um resort
de ski, um curso de golfe, vários hotéis e uma companhia de balé.
Não é surpresa alguma que os
críticos continuem a questionar os motivos dele. “Ele (Deus) vive em mim e eu
sou a encarnação dEle”, disse ele certa vez. “O mundo todo está na minha mão”.
Para um menino que nasceu numa família
de camponeses coreanos na província de Pyongan, no que hoje é a Coreia do
Norte, é uma declaração muito forte. Mas quando tinha 16 anos, Moon afirmou que
Jesus havia aparecido para ele e lhe pedido que estabelecesse o reino de Deus
na Terra.
Tendo sobrevivido à Guerra da
Coreia, em 1954 ele estabeleceu sua igreja, pregando novas interpretações de
lições da Bíblia e produzindo seu próprio manifesto. Nele, ele argumentou que
tivesse Jesus vivido, ele teria se casado com a esposa ideal e gerado a
perfeita família “pura”. Moon jurou que ele mesmo completaria a missão.
Ele rapidamente atraiu seguidores
jovens com seu sistema de valores orientado para a família e liderou seu
primeiro casamento em massa em Seoul no início da década de 1960.
As “cerimônias de bênção” cresceram
em escala durante as duas décadas seguintes, envolvendo no final milhares de
casais de uma vez. “As pessoas tinham de casar ultrapassando fronteiras
nacionais e culturais de países que elas consideravam seus inimigos, de modo
que o mundo de paz chegasse mais rapidamente”, Moon disse numa autobiografia em
2009.
Reverendo Moon e sua esposa abençoam as noivas e os noivos numa cerimônia de casamento em massa em Seoul
Aqueles que ele casava muitas vezes
nunca tinham visto um ao outro antes, com Moon unindo indivíduos a partir de
fotos. Língua e cultura eram consideradas irrelevantes — um fato que a união de
um arcebispo católico africano de 71 anos e uma acupunturista coreana de 43
anos deu testemunho em 2001.
Mas foi a propagação agressiva da
seita, primeiro nos EUA, para onde Moon se mudou em 1971, e então na Europa que
acabaria envolvendo-a na maior polêmica.
Bispo Manoel Ferreira, da Assembleia de Deus de Madureira, na Coreia do Sul abençoando casamento em massa do Rev. Moon
Rapazes e moças eram persuadidos a
aceitar Moon e sua esposa como seus “verdadeiros pais”, e entregar suas posses
terrenas à igreja. Eles então rejeitariam seus pais biológicos, recusando todo
contato. Para algumas famílias, a única esperança de localizar os filhos “capturados”
pelos moonies era estudando as fotos dos casamentos em massa.
Qualquer um que desafiasse o que a
igreja fazia acabava sofrendo ações legais de uma organização que estava
preparada para processar para proteger sua reputação.
Foi em meio a essas ameaças que em 1978
o Daily Mail publicou uma
investigação sobre as atividades dos moonies. A investigação foi feita pelo
jornalista Brian Park.
A reportagem revelou que a seita captava
potenciais jovens convertidos facilmente influenciáveis, fazia lavagem cerebral
neles e então os tirava de suas famílias, impedindo-os de fazer contato e
escondendo-os em lugares secretos.
Sir David English, então editor do
jornal, havia aprovado a investigação depois de testemunhar pessoalmente a
força da seita. Embora estivesse trabalhando nos EUA, o filho de um vizinho
havia sido atraído à órbita da seita, cortando todo contato com sua família desolada.
Mais tarde, ele viu uma família
britânica passar pela mesma experiência, e se comprometeu a agir depois de
receber cartas de leitores implorando que o Daily
Mail
os ajudasse e ter seus filhos de volta. Assim começou a matéria “A
igreja que separa as famílias” do Daily
Mail
desmascarando a seita.
Desde o início, nossos advogados
sabiam que os moonies quase que certamente entrariam com processo de difamação,
afirmando que seus seguidores entraram na seita voluntariamente.
Apesar do risco de pagar milhões em
despesas legais, a decisão foi publicar. O caso que resultou durou mais do que qualquer
outro caso legal por difamação na Inglaterra: mais de 100 dias. O resultado foi
triunfo para o Daily Mail.
Em 1 de abril de 1981, o júri deu o
veredicto que inocentou o jornal. No ano seguinte, o Tribunal de Apelação
sustentou a decisão.
“Os moonies são uma seita maligna”,
dizia um líder num artigo no jornal no dia seguinte. “Eles trazem sofrimento para
as famílias. Eles alienam filhos de seus pais. Eles fazem lavagem cerebral em
rapazes e moças que estão na fase mais vulnerável e influenciável de suas
vidas…”
Embora a vitória sufocasse as
atividades da seita na Inglaterra, estava longe de ser o fim para Moon. Durante
os anos, suas atividades se tornariam cada vez mais comerciais.
Embora tivesse desenvolvido um bom
relacionamento com líderes conservadores americanos, inclusive o presidente
Nixon, ao qual ele defendeu no escândalo Watergate, ele cumpriu 13 meses de
prisão numa penitenciária federal dos EUA entre 1984 e 1985 por evasão de
impostos.
Ele também fomentou boas relações
com Kim Il Sung, o falecido ditador da Coreia do Norte, em Pyongyang. Depois da
morte de Kim em 1994, Moon afirmou que em seu leito de morte o ditador o havia
escolhido como o único homem com capacidade de reunificar as duas Coreias.
À medida que foi envelhecendo, Moon
discretamente entregou o controle diário de seu império religioso e empresarial
de vários bilhões de dólares a seus filhos, dos quais há pelo menos dez.
Sem dúvida, eles estarão entre os
enlutados que farão a viagem na nova estrada de Gapyeong para prestar homenagem
a seu pai.
Desde que sucumbiu à pneumonia, o
corpo dele está deitado com grande pompa numa estrutura de mármore branco numa
colina com vista direta para o complexo de prédios de sua seita.
Ao redor do corpo, dizem as
autoridades, colocaram em ordem muitos dos presentes que ele recebeu em sua
vida, para lembrar o fato, diriam seus críticos, de que Moon era mais
materialista do que era um messias.
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