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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Antissemitismo islâmico: a mais ameaçadora forma de ódio aos judeus

Antissemitismo islâmico: a mais ameaçadora forma de ódio aos judeus:


Antissemitismo
islâmico: a mais ameaçadora forma de ódio aos judeus

Hansjörg
Müller
O historiador Robert Wistrich, em entrevista ao
jornal suiço Basele Zeitung, afirma que a  esquerda ocidental e os
islâmicos compartilham o mito de que Israel é uma intrusão colonial, “branca” e
ocidental no Oriente Médio e lembra que o Irmandade Muçulmana tem pretensões
totalitárias desde que foi criada, em 1928.
Robert Wistrich
Pergunta: Em seu trabalho enciclopédico, Uma Obsessão Letal: O Anti-Semitismo
Desde a Antigüidade até a Jihad Global[1], o senhor apresenta o anti-semitismo
islâmico como um perigo existencial para a civilização moderna. Poderia
explicar?
Resposta: Em minha opinião, o anti-semitismo islâmico é, de longe, a forma
mais dinâmica e ameaçadora de anti-semitismo existente no mundo contemporâneo.
Ele combina o flagelo do terrorismo islâmico, a difusão da jihad [guerra
santa], o ódio ao Ocidente, a negação do Holocausto e o “antissionismo” genocida
, que é sancionado pelo Estado no Irã. O triunfo dramático da Irmandade
Muçulmana no Egito e o crescimento alarmante dos movimentos militantes
salafistas por todo o Oriente Médio árabe fizeram crescer em muito o nível de
ameaça mundial.
Pergunta: Existe uma conexão histórica entre o fascismo europeu e o
islamismo?
Resposta: A Irmandade Muçulmana, fundada no Egito em 1928, por Hassan
al-Banna, tinha uma visão totalitária radical da transformação da sociedade, um
culto à liderança, e um ódio visceral aos judeus, não tão diferente daquele do
fascismo e do nacional- socialismo. Além disso, o fundador carismático do
movimento nacional árabe palestino, Haj Amin el-Husseini, era um fanático
genocida anti-semita, que colaborou ativamente com Adolf Hitler durante a
Segunda Guerra Mundial. Essa tradição “aniquilacionista” de ódio aos judeus tem
continuidade no movimento do Hamas palestino (uma ramificação da Irmandade
Muçulmana) até os dias de hoje. Seu Pacto Sagrado[3] é um dos textos mais
cruamente antijudaicos de toda a era pós-Holocausto.
Pergunta: O senhor descreveu o impacto do legado nazista sobre o islamismo
radical, mas o que tem a dizer sobre o anti-semitismo da direita clássica na
Europa de nossos dias?
Resposta: Tendências populistas de direita são especialmente fortes na
Hungria, na Áustria, na Holanda, na Bélgica, em partes da Escandinávia e nos
Estados Bálticos, na Europa Oriental e até mesmo na Suíça. Tampouco estão
imunes a França, a Alemanha e a Itália. Diante de uma crise econômica mundial
alarmante, do possível colapso da Zona do Euro, do espectro da globalização e
da maciça migração dos países mais pobres do Sul para a Europa, essas
tendências negativas provavelmente crescerão. O anti-semitismo é parte dessa
síndrome mais ampla.
Pergunta: Em seu mais recente livro[2], o senhor com freqüência critica
severamente as atitudes esquerdistas do Ocidente com relação a Israel e à
chamada “Questão Judaica”. Como o senhor explica a hostilidade esquerdista?
Resposta: A esquerda está sofrendo de amnésia aguda. Ela se esqueceu, por
exemplo, que o presidente egípcio Nasser e seus aliados árabes ameaçaram
abertamente jogar os judeus ao mar em 1967. Até o presente dia, o Hamas, o
Hezb’allah [Partido de Alá] e seus defensores iranianos, para não mencionar
muitos Estados árabes, constantemente difundem sua intenção de erradicar o
“câncer” sionista do mapa do Oriente Médio. Portanto, eu pergunto às pessoas da
esquerda – esta é uma posição “progressista”? Dificilmente. A esquerda também
se esqueceu que houve uma presença judaica ininterrupta na Terra Santa muito
antes do nascimento do islamismo – e, a despeito da interminável opressão,
juntamente com perseguições e massacres dos romanos, bizantinos, cruzados e
muçulmanos, essa colonização judaica continuou até a emergência do moderno
movimento sionista.
Pergunta: Por que o senhor acha que tantos esquerdistas são pró-islâmicos
hoje?
Resposta: A esquerda ocidental e os islâmicos compartilham o mito de que
Israel é uma intrusão colonial, “branca” e ocidental no Oriente Médio. Ambos os
grupos abraçaram uma visão radicalmente distorcida dos palestinos como “judeus”
indefesos, subjugados e cruelmente abusados por israelenses fascistas. Por
detrás dessa simbologia demoníaca há uma visão anti-semítica de Israel e da
América como incorporações gêmeas da maldade capitalista-imperialista.
Desnecessário dizer que essa mitologia está totalmente desconectada da
realidade empírica.
Pergunta: À luz de suas atuais tendências, o senhor vê algum futuro para os
judeus europeus? Se morasse na Europa, ficaria ou se mudaria?
Resposta: Pessoalmente, creio que o futuro em longo prazo dos judeus europeus
é desanimador. Eu não desejaria decidir por eles sobre qual futuro escolher,
mas estou convencido de que a terra de Israel é a única pátria espiritual e
política possível para o povo judeu. Também devemos nos lembrar de que foi na
cidade de Basiléia que Theodor Herzl proclamou em primeira mão, em 1897, para o
mundo judeu e gentio mais amplo, o nascimento do sionismo moderno. Em seu
diário, ele profetizou que dentro de cinqüenta anos iria surgir inevitavelmente
um Estado Judeu. Naquela época, muitas pessoas o repudiaram como sendo
charlatão e sonhador. Mas sua profecia tornou-se realidade e por ela devemos
ser gratos.
Notas:
1. Robert
Wistrich, A Lethal Obsession: Anti-Semitism from Antiquity to the Global Jihad
[Uma Obsessão Letal: O Anti-Semitismo desde a Antiguidade até a Jihad Global],
Random House, 2010.
2. Robert
Wistrich, From Ambivalence to Betrayal: The Left, The Jews, and Israel [Da
Ambivalência à Traição: a Esquerda, os Judeus e Israel], University of Nebraska
Press, 2012.
Robert
Wistrich

é professor de História Européia e Judaica Modernas na Universidade Hebraica de
Jerusalém. Desde 2002 é diretor do Centro Vidal Sassoon de Pesquisa Sobre o
Anti-Semitismo. O destacado autor, historiador e estudioso israelense foi
entrevistado sobre as sombras mais prevalentes do antissemitismo por Hansjörg Müller,
editor do Baseler Zeitung, um jornal em língua alemã de Basiléia, Suíça. A
reportagem foi publicada na edição de 12 de setembro de 2012. Com a autorização
de Müller, o Professor Wistrich traduziu a entrevista para o inglês. A versão
em português foi baseada nessa tradução.
Publicado na revista Notícias de Israel – www.beth-shalom.com.br
via
Mídia
Sem Máscara
Divulgação:
www.juliosevero.com
Leitura
adicional:
Quem
precisa de Israel?
, artigo de Pat Boone
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