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quarta-feira, 26 de março de 2014

Petrobrás divulga nota desmentindo Lula e dizendo que nunca foi autossuficiente em petróleo

Petrobrás divulga nota desmentindo Lula e dizendo que nunca foi autossuficiente em petróleo:

Um dia após o PSDB realizar um seminário em Brasília para debater os problemas enfrentados pela Petrobras, a companhia divulgou nesta uma nota em seu blog confirmando os dados apresentados pelo partido.

A companhia reconhece que o Brasil não é autossuficiente em combustíveis, o que derruba de uma vez por todas o anúncio feito pelo ex-presidente Lula em 2006. Segundo a empresa, entre 2007 e 2012, a demanda por derivados cresceu 4,9%, contra um crescimento de 3,4% na produção de petróleo. De acordo com a empresa, o Brasil só será autossuficiente em 2014, isso se as projeções de crescimento da produção se confirmarem.

“O Brasil, no entanto, nunca foi autossuficiente em derivados. O País sempre importou e continuará importando derivados até que entrem em operação as novas refinarias previstas no Plano de Negócios e Gestão 2012-16 da Petrobras”, diz a nota.

A Petrobras também confirma a perda de valor de mercado e a queda no ranking das empresas mais valiosas do setor. De acordo com levantamento da consultoria Economatica divulgado pelo PSDB, a empresa sofreu uma desvalorização de 47,1% entre o fim de 2010 e fevereiro deste ano. A companhia, no entanto, apresentou dados de março de 2011 a março de 2013 para justificar uma queda de 41,2%, valor bem próximo ao divulgado pelo partido. Em relação ao ranking, a empresa afirma que hoje é a 7ª mais valiosa – o PSDB a colocou em 8ª. A diferença, entretanto, deve-se à variação do dólar entre as datas dos dois levantamentos.

O evento “Recuperar a Petrobras é o nosso desafio” reuniu ontem em Brasília diversas lideranças do partido e técnicos do setor petrolífero. Para Luiz Paulo Vellozo Lucas, especialista no setor e um dos palestrantes do evento, a nota da Petrobras é patética. “Eles confirmam o que foi dito ontem e não explicam porque mudaram o modelo de exploração. Eles fizeram isso em 2008 para ganhar a eleição. Mudaram o regime e os resultados desastrosos estão aí, de distribuição, de valor, de segurança jurídica, de postos de trabalho e toda economia como um tudo”, afirma Luiz Paulo.

As informações divulgadas pela companhia nesta quarta-feira enfraquecem o discurso político da presidente Graça Foster publicado ontem no site do PT. Na ocasião, Foster afirmou que a empresa não enfrenta problemas.

A assessoria da Petrobras teve livre acesso ao seminário e foi recebida sem a hostilidade comum que o PT costuma dispensar à imprensa e aos adversários.

A empresa, porém, não comentou a possibilidade de o Brasil perder as oportunidades do pré-sal. Anunciado como uma dádiva durante a eleição presidencial de 2006, o pré-sal produziu até agora a paralisação dos leilões e grande confusão na questão da distribuição dos royalties.

A Petrobras também não explicou o motivo de estar sendo investigada pelo Ministério Público em razão da compra, em 2006, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, limitando-se a dizer que o negócio estava alinhado ao planejamento de expansão internacional da empresa na época. O negócio está sendo investigado porque a companhia pagou US$ 1,18 bilhão por refinaria negociada um ano antes por US$ 42,5 milhões.

Abreu e Lima

Outro ponto mal explicado na nota é a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A obra está atrasada e teve o orçamento inicial multiplicado por nove – passou de R$ 4,7 bilhões para cerca de R$ 41 bilhões. O negócio é alvo de investigação Tribunal de Conta de União (TCU), que constatou superfaturamento e sobrepreço. O prejuízo à União é estimado em R$ 1,38 bilhão.

Segundo a empresa, o valor da obra aumentou devido a mudanças no projeto inicial. “As projeções iniciais de custos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) referiam-se a um projeto em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição permitia estimativas apenas preliminares em relação a custos de infraestrutura, demandas ambientais, integração entre unidades e extramuros”, diz a nota.

A empresa diz que a execução da obra já alcançou 70% e que o custo total previsto é de US$ 17 bilhões, cerca de R$ 34 bilhões. A diferença entre o valor divulgado pelo PSDB, R$ 41 bilhões, deve-se ao pleito, ainda não acordado, das empresas contratadas, que somam US$ 3 bilhões.  A Petrobras não se pronunciou sobre a investigação do TCU.

Fonte: Site Oficial do PSDB

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