O Estadão de hoje traz um editorial crítico ao pronunciamento de Dilma Rousseff no Congresso. Que bom! Então não fui só eu a considerar aquilo uma “maçaroca”, com suas “prioridades centrais”, como disse a presidente. Quem sabe a imprensa, tomada genericamente, vá se recuperando aos poucos, não é?
A construção da figura de Dona Dilma Primeira, a Muda, está pautada pelo marketing, com já sabemos. Faz-se um esforço danado para dissociá-la de atos da administração, como se ela flutuasse no éter. Mas não flutua. Vejam só: se ela é íntima de uma área da administração, essa área é o setor elétrico, certo? Pois é… Nesse caso, não se pode dizer que ela é enganada por esse ou aquele. E, curiosamente, é a fatia do governo que a rainha praticamente terceirizou: entregou para a Família Sarney.
Edison Lobão, ministro das Minas e Energia; Flávio Decat, que vai presidir Furnas, e José Antônio Muniz Filho, que deve comandar a Eletronorte, são todos afiliados de Sarney.
A nota irônica é que a escolha de um homem de Sarney para Furnas veio como antídoto à influência do deputado Eduardo Cunha (PDMB-RJ) na estatal. Entenderam ou querem que eu repita? Considerando o PMDB no seu conjunto, Sarney vira uma referência ética!!!
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