Eu não sei onde os demais governadores de Estado estão com a cabeça que não seguem o elogiadíssimo modelo “espalha-bandido” de Sérgio Cabral, do Rio, e de seu impressionante secretário de Segurança — cuja candidatura ao Prêmio Nobel da Paz já tem até publicitário contratado. Eu juro! Não é brincadeira!
Ontem, a polícia do Rio, com a ajuda de helicópteros e blindados da Marinha, ocuparam nove favelas da região central da capital. O anúncio foi feito com antecedência: “Fujam porque estamos chegando; a gente está indo, hein…” Homens do Bope foram adiante, destemidos, enfrentando… ninguém! A bandidagem, que não é burra nem nada, já tinha dado no pé. Apreendeu-se uma quantidade irrisória de droga.
Vejam como Jornal da Dez, da GloboNews, noticiou o evento.
VolteiComo viram, Beltrame, com a sua apreensão muito particular da língua, explicou:
“Prioritariamente, o mais importante (sic) é obter este território, sem aumentar estatísticas de bala perdida, sem aumentar estatísticas de auto de resistência, sem aumentar estatísticas de homicídio ou de ferimento de qualquer pessoa civil. A nossa preocupação é com a população!”
“Prioritariamente, o mais importante (sic) é obter este território, sem aumentar estatísticas de bala perdida, sem aumentar estatísticas de auto de resistência, sem aumentar estatísticas de homicídio ou de ferimento de qualquer pessoa civil. A nossa preocupação é com a população!”
É um humanista! Ele está dizendo, na prática, que enfrentar e prender bandidos é uma prática que contraria os interesses da… população. O Rio caminha a passos largos para legalizar o crime. Não sou eu que estou dizendo, não! São suas autoridades. Isso que Beltrame chama de “prioritariamente o mais importante” se tornou o objetivo único. Desde que bandido pare de desfilar com arma pelos becos e vielas, tudo bem, o resto pode.
Com a ajuda da reportagem, que traduz a intenção da polícia, o coronel Mário Sérgio Duarte, comandante da Polícia Militar, explica o que vai acontecer com os bandidos:
“Esses criminosos, quando fogem para outras áreas, se tornam forasteiros. Então, a própria população se torna hostil à sua presença. Nós vamos realizar operações nessas áreas, mas principalmente naquelas onde receberão UPP, no futuro, com certeza, nós iremos alcançá-los”.
“Esses criminosos, quando fogem para outras áreas, se tornam forasteiros. Então, a própria população se torna hostil à sua presença. Nós vamos realizar operações nessas áreas, mas principalmente naquelas onde receberão UPP, no futuro, com certeza, nós iremos alcançá-los”.
Ah, bom! Agora está tudo explicado! Uma pergunta: onde está aquele exército de bandidos que fugiu da Vila Cruzeiro para o Alemão e, do Alemão, sabe-se lá para onde?
Um estado como São Paulo, que tem 10,47 homicídios por 100 mil habitantes, tem de aprender que a sua mania de prender bandido vai contra os interesses da população. O certo é adotar a política humanista do Rio, onde há 30 por 100 mil… Por enquanto, é claro! No melhor dos mundos, a bandidagem do Rio migra para outros estados.
Beltrame e Sérgio Cabral mereceriam é o Nobel de Marketing! O interior do Rio e os estados que lhe fazem fronteira que se cuidem. Como os bandidos das favelas da capital não são presos, eles têm de ir para algum lugar, não? E têm de continuar a ganhar a vida. Cabral vai “pacificar” a cidade para a Copa do Mundo. Há algo de muito errado nessa história. O “modelo” Belatrame-Cabral aponta para uma de duas coisas: ou exporta traficante para outros estados ou, então, faz um acordo com eles. Convenham: há uma boa possibilidade de que não tenham fugido. Fez-se um pacto de paz e pronto!
O preço da cocaína no Rio não subiu um centavo. Segundo as leis de mercado, isso significa que o espantoso sucesso da política de segurança de Sérgio Cabral nem arranhou o tráfico. Como dirá Beltrame, “prioritariamente, o mais importante” é maquiar a cidade para a Copa do Mundo.
Sigam o modelo de Cabral, senhores governadores! Vocês também merecem reportagens elogiosas na TV!
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