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terça-feira, 31 de maio de 2011

Dependência e votos

Falta de moradias, obesidade e oferta de supérfluos: eis alguns dos efeitos do assistencialismo público sem limites para as camadas mais pobres da população. Mas a pergunta é: isto é mesmo necessário?
Aqueles que consideram sacrossantos os programas governamentais de “benefícios” [que transformam em “direitos adquiridos”] ao mesmo tempo em que consideram insensíveis ou cruéis aqueles outros que querem diminuí-los, têm em mente um mundo muito diferente do mundo real.
 
Se você der ouvidos aos defensores de programas de benefícios, programas que estão no cerne da atual crise financeira, poderá pensar que qualquer coisa que o governo falhe em prover é alguma coisa da qual as pessoas serão privadas.
 
Em outras palavras, se você cortar gastos com merenda escolar, as crianças passarão fome. Se você não subsidiar a moradia, as pessoas ficarão sem teto. Se não conseguir subsidiar remédios com receita médica, os idosos terão de comer ração para cães a fim de poder pagar seus remédios.
 
Esta é visão difundida por muitos políticos e por grande parte da mídia. Mas, no mundo da realidade, isso não é verdade nem mesmo para maioria daqueles que vivem abaixo da linha de pobreza oficial.
 
Dos americanos que vivem abaixo da linha de pobreza oficial, a maioria tem um carro ou uma picape — e programas de benefícios governamentais raramente fornecem carros ou picapes. A maioria das pessoas que vive abaixo dessa linha tem também ar-condicionado, aparelho de TV em cores e forno de micro-ondas — e esses itens tampouco são usualmente fornecidos através de programas de benefícios do governo.
 
Telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos não são, de maneira nenhuma, uma raridade em bairros de baixa renda, onde, supostamente, as crianças passariam fome sem os programas de merenda escolar. Na realidade, pessoas de baixa-renda são obesas em proporção maior do que outros americanos.
 
Quanto à moradia e a falta desta, tanto os preços de venda e aluguel quanto a falta de imóveis acessíveis é maior justamente nas localidades onde houve pesada intervenção do governo, como, por exemplo, nos bastiões da esquerda de Nova York e São Francisco. Quantos aos idosos, oitenta por cento (80%) são proprietários de suas moradias, cujos custos mensais estão abaixo de quatrocentos dólares, incluindo imposto predial, energia elétrica, gás, água e manutenção.
 
Os idosos desesperadamente pobres imaginados na retórica política e na mídia são — no mundo da realidade—, o segmento mais abastado da população americana. A média de bens das unidades familiares compostas por pessoas mais velhas é quase três vezes maior que a média das famílias chefiadas por pessoas na faixa entre 35 e 44 anos de idade, e mais dequinze (15) vezes maior que a média das famílias chefiadas por pessoas com menos de 35 anos de idade.
 
Se o segmento mais abastado da população não pode pagar suas próprias despesas com medicamentos, então, quem pode? Como um todo, o país não fica nem sequer um centavo mais rico porque o governo paga nossas contas de saúde — com o dinheiro que toma de nós.
 
E que tal os verdadeiramente pobres, em qualquer faixa etária? Antes de qualquer coisa, mesmo nas localidades de baixa renda e alta criminalidade, as pessoas não estão roubando pão para alimentar seus filhos. A fração de pessoas que comete crimes em tais localidades está muitíssimo mais propensa a furtar ou roubar produtos de luxo que possa usar ou vender para manter seu estilo de vida parasitário.
 
Quanto ao restante dos pobres, o Professor Walter Williams, da George Mason University, há muito tempo demonstrou que você pode dar a eles dinheiro suficiente para elevá-los acima da linha da pobreza oficial por uma fração do montante que custa para manter uma enorme burocracia de bem-estar social.
 
Em nome dos pobres, não precisamos levar o país à bancarrota ao gastar trilhões de dólares com pessoas que não são pobres e que poderiam tomar conta de suas próprias vidas. Os pobres têm sidos usados como escudos humanos por trás dos quais o crescente estado-babá pode avançar rumo ao seu objetivo.
 
E o objetivo não é evitar que os pobres morram de fome, mas sim criar dependência, pois dependência se traduz em votos para políticos que brincam de Papai Noel. Todos já ouvimos o velho ditado de que é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe. A independência trazida por “saber pescar” contribui para uma sociedade mais saudável, mas a dependência é o que dá votos aos políticos.
 
Para eles, dar a um homem um peixe todos os dias é a maneira de garantir o seu voto. “Benefício” é apenas uma palavra pomposa no lugar de “dependência”.
 
Quanto às historinhas assustadoras que os políticos contam a fim de manter em funcionamento os programas de benefícios sociais, continuarão a ser contadas enquanto as engolirmos.
 
Tradução: Henrique Dmyterko
 
Título original: Dependency and Votes

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