A bola da vez é o documentário pró-legalização das drogas intitulado “Quebrando o Tabu”. Produzido, entre outros, pelo animador de auditório Luciano Huck, a produção é milionária. Mas como idealismo tem limite, foi pago com dinheiro público. Então vamos quebrar o tabu: vendo direitinho quem apoia a tese a ponto de colocar dinheiro no financiamento do projeto.
É muito justo que os realizadores do filme divulguem suas ideias perante a sociedade. Mas é justo também a sociedade saber que o filme é pago com recursos públicos provenientes da legislação de incentivo ao cinema. Foram 2,4 milhões de reais (http://sif.ancine.gov.br/ projetosaudiovisuais/ ConsultaProjetosAudiovisuais. do?method=detalharProjeto& numSalic=090381), uma quantia gigantesca para a produção de um documentário. Só para comparação, o extraordinário ganhador do Oscar “O Segredo de Seus Olhos”, produção argentina de excepcional padrão técnico e complexidade de realização sem comparação com uma mera compilação de depoimentos como “Quebrando o Tabu”, teria custado pouco mais de 3 milhões de reais (http://www.imdb.com/title/ tt1305806/business).
Nem vamos perder tempo argumentando que seria justo dedicar outros 2,4 milhões de dinheiro público para um filme contrário à legalização das drogas. Afinal, o discurso pode até ser de FHC, Huck e do diretor do filme (que, aliás, é irmão de Huck), mas o dinheiro é nosso, é de todo mundo (inclusive de quem não concorda com a tese levantada pelo filme).
O site de “Quebrando o Tabu” revela os patrocinadores do filme (http://www.quebrandootabu. com.br/). Não é possível saber se há outros. São eles:
Man (engenharia de transportes) (http://www.man.eu/MAN/pt/ index.html?)
Telefonica (http://www.telefonica.com.br/ portal/site/residencial)
Como se sabe, o assunto é de crucial interesse das famílias brasileiras. Drogas vendidas em farmácias? Traficantes anistiados? Maconha plantada no quintal? Dinheiro de impostos usado para fornecer drogas a viciados? São todas questões interessantíssimas.
Aparentemente, já sabemos o que pensam do assunto Fernando Henrique Cardoso, Luciano Huck e, supostamente, os executivos das empresas patrocinadoras (ou colocaram sua marca sem saber do que se tratava?). Resta saber o que pensam os outros 190 milhões de brasileiros. Se é que isso ainda importa.
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