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quarta-feira, 17 de julho de 2013

A inversão de significado do caso Edward Snowden »

A inversão de significado do caso Edward Snowden »:

A inversão designificado do caso Edward Snowden

DonaldHank

Antigamente a espionagem remetia a um espião ou traidorentregando segredos nocivos a um inimigo. Mas isso mudou desde 1971,principalmente no regime Obama. Agora a espionagem ocorre quando alguém diz averdade sobre condutas escandalosas e inconstitucionais do governo dos EUA.

A maioria dos americanos aindaassocia a ideia de informantes ilegais ou espiões a pessoas como os Rosenbergs,que vazaram segredos nucleares para os soviéticos. Aliás, os artigos sobreespiões famosos publicados antes da década de 1970 mostram que, nos casos maisconhecidos, eles estavam trabalhando para os soviéticos.
Portanto, antes da década de 70, umespião era geralmente visto como uma pessoa que entregava segredos (quasesempre militares) a um inimigo, de quem se esperava que os utilizasse paraprejudicar os EUA, e cujo dano estimado e potencial era geralmente de naturezamilitar.
A partir do caso de Daniel Ellsbergem 1971, a definição não oficial de “espionagem” e “espião” começou a mudarsubliminarmente na mente dos americanos, junto com a definição não oficial de“inimigo”, alinhada à entrega do status de Nação Mais Favorecida à China. Emtermos mais amplos, a mudança poderia ser descrita como um afastamento daliberdade em direção à tirania estatal.
Dos dez informantes acusados combase na Lei de Espionagem, nenhum foi acusado de trabalhar para a UniãoSoviética, e apenas um, Bradley Manning, foi acusado de vazar informações quepodem ter comprometido a segurança de militares americanos e aliados, e um,Jeffrey Sterling, teria vazado informações sobre planos dos EUA de sabotar oprograma nuclear iraniano, o que poderia talvez ter permitido aos iranianosdesenvolver uma arma nuclear mais cedo. Esses dois talvez possam tercomprometido nossa segurança.
Os outros, no entanto, revelaramdetalhes classificados, na maioria dos casos para repórteres, que em outrostempos o público americano se sentiria no direito de saber.
Ellsberg, por exemplo, foi acusadoem 1971 de vazar documentos detalhando a participação dos EUA na Guerra doVietnã. É possível imaginar um povo livre sem poder saber os detalhes daparticipação de sua nação em uma guerra? Ainda mais se puder haver algoquestionável sobre essa participação?
O funcionário da Agência deSegurança Nacional americana (NSA) foi acusado em 2010 de vazar detalhes para aagência Baltimore Sun sobre o que considerou uma bisbilhotagem ilegal dapopulação pelo governo Obama.
 O funcionário da CIA John Kiriakou foi acusadoem 2012 de vazar detalhes sobre tortura da simulação de afogamento (waterboarding) à ABC News. Qualquer danoà nossa segurança resultante desse vazamento seria mínima ou imaginária.
Como esses exemplos mostram, opúblico está sofrendo uma lenta lavagem cerebral do governo para aceitar umanova definição de “espionagem”, que se afastou gradualmente de “fornecerinformações militares a um inimigo” para “divulgar informações sobre transgressõesgovernamentais ao público americano”. Para explicar de forma mais clarapossível: O termo “espião” recentemente definido dá ao público americano ainformação de que o governo acredita que seus segredos não devem ser revelados,não porque o conhecimento deles pode prejudicar os cidadãos americanos, masporque esses segredos podem, com razão, fazer com que o púbico veja o governocom maus olhos e queira mudá-lo. Em outros tempos, o desejo de mudar um governomau ou tirânico era protegido, e as leis de espionagem não tentavamcriminalizar quem quer que fosse por acender esse desejo por meio do vazamentode informações que revelavam injustiças do governo.
Muitos americanos aceitaram essanova definição não oficial perigosamente deformada, aparentemente sem sequerperceber a mudança.
Mesmo comentaristas geralmentevistos como “conservadores” como BarryFarber, por exemplo, não foram capazes de ver a mudança de paradigma, ouseja, a mudança na definição de espionagem, e colocam no mesmo patamar pessoascomo Snowden, um homem que agiu ilegalmente por uma questão de consciência, comantigos espiões que trabalhavam para a União Soviética, a maioria dos quais ofazia por dinheiro e comprometia a segurança de americanos de maneiraquantificável.
Snowden abandonou um emprego de US$17.000 mensais para revelar ao público as atividades ilegais do atual governodos EUA, e não há provas de qualquer remuneração resultante disso.
Uma das acusações feitas contraEdward Snowden por pessoas que se consideram “conservadoras” está relacionada auma perda de prestígio dos EUA. Assim, argumentam que graças à divulgação deSnowden da amplitude da espionagem exercida pelo governo Obama, os outrospaíses podem deixar de ver os EUA como aquela “cidade brilhante sobre acolina”.
Muitos desses mesmos conservadoresreclamaram em 2008 que os alemães em Berlim se aglomeraram para escutar Obama,vendo-o como um salvador sem investigar seu passado marxista.
Mas hoje, esses mesmos“conservadores” chamam Snowden de “traidor” porque teria supostamente maculadonossa reputação coletiva como nação, minando a confiança gratuita que tinham nonosso governo. Estão confundindo a reputação do escandaloso governo de Obamacom a reputação da nação em si.
No entendimento deles, então, dizera verdade sobre um governo fora da lei é equivalente à traição. A inversão designificado foi um sucesso.
No entanto, é razoável esperar que,como resultado indireto das revelações de Snowden, a mídia, antes relutante emcriticar Obama, possa ser impelida por repórteres e governos estrangeiros afazer seu trabalho.
Embora inicialmente vergonhoso, emalgum momento essa pressão de jornalistas e governos estrangeiros pode forçar osjornalistas e o governo dos EUA a voltar a exercer sua função de quarto poder,em vez de servir de chamariz para os outros três. O presidente francês Hollandejá demonstrou indignação com a intromissão da NSA em ligações telefônicas ee-mails envolvendo cidadãos franceses. A chanceler alemã Angela Merkelconsiderou “inaceitável”.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do original doAmerican Daily Herald: DEFINITION DRIFT IN THE ED SNOWDENCASE
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