O governo Dilma Rousseff reconheceu ontem, discretamente, que o reajuste do salário mínimo ficou abaixo da inflação pela primeira vez desde 1997. Ao editarem uma portaria conjunta para corrigir os benefícios previdenciários, os ministérios da Fazenda e da Previdência usaram o percentual de 6,41%, indicando o cálculo oficial para o INPC -índice de preços utilizado para salários e aposentadorias- acumulado em 2010. Já o salário mínimo teve reajuste de 5,9% em 1º de janeiro, ao ser elevado de R$ 510 para 540, o que, considerando o INPC estimado pelo governo, corresponde a uma perda de 0,5% de seu poder de compra.
A última perda, quase 11 anos atrás, havia sido de 1%. Para pelo menos repor a inflação do ano passado, o mínimo deveria subir para exatos R$ 542,69, valor que provavelmente teria de ser arredondado para R$ 545, para facilitar os saques em caixas eletrônicos. A medida provisória que reajustou o piso salarial será examinada pelo Congresso. As centrais sindicais pressionam por um aumento de até R$ 580, enquanto a oposição fala nos R$ 600 prometidos por José Serra (PSDB) na campanha presidencial. A controvérsia sobre o valor deriva da regra seguida nos últimos anos para fixar o reajuste. Pela metodologia, o mínimo deve subir de acordo com o INPC acumulado, mais um ganho real equivalente ao crescimento do PIB de dois anos antes. O problema é que em 2009 o PIB recuou, e não cresceu. (Fonte: Folha de São Paulo)
Pega na mentira!
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