Nota da ESPN Internacional, intitulada como 'Jogos Mortais', expõe mentiras e problemas do Rio e diz que estes foram escondidos nas candidaturas nacionais
"RIO DE JANEIRO – Uma cruz branca no topo do Morro dos Macacos marca o local onde pessoas são queimadas vivas. Um cavalo faminto, com suas costelas saltadas, está próximo dali, amarrado por uma corda. Um campo de futebol nas proximidades está repleto de restos de borracha queimada. Ninguém joga ali. A facção criminosa Amigos dos Amigos, que comanda a favela, utiliza o local para um ritual: Seus membros empilham pneus ao redor de um inimigo, despejam gasolina e ateiam fogo. Chamam isto de “microondas”. Uma coluna de fumaça preta sobe pelo ar. Em uma escola no sopé do morro, próxima ao famoso estádio de futebol onde as Olimpíadas de 2016 serão abertas, os estudantes ouvem os gritos da vítima e tapam seus ouvidos.
Isto é o Rio na vida real"
Um artigo assinado pelo jornalista Wright Tompson, da rede americana ESPN, publicado no site espn.com, criticou com veemência as candidaturas do Brasil para a Copa de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.Segundo a reportagem, intitulada "Deadly Games" (Jogos Mortais, na tradução livre do inglês), foi vendida uma imagem do país para o restante do mundo durante os processos de seleção mas, por outro lado, a organização brasileira escondeu problemas, sobretudo no Rio de Janeiro.
O artigo aponta que, diferentemente do que foi passado quando da época da candidatura brasileira, o Rio de Janeiro é uma cidade que convive constantemente com problemas de violência, principalmente por causa das organizações criminosas que comandam a periferia da cidade. Alguns dados também foram trazidos pelo texto, como o número de pessoas que foram assassinadas no Rio de Janeiro. O montante, sozinho, é quatro vezes maior do que a quantidade de pessoas mortas em todo o território americano em 2010.
"O Rio de Janeiro tem menos de três anos para corrigir uma crise que já dura um século. O relógio está correndo", alerta a publicação.
"O Rio de Janeiro tem menos de três anos para corrigir uma crise que já dura um século. O relógio está correndo", alerta a publicação.
Leia aqui a publicação original, em inglês.
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