Uma nota
Caros, segue um texto longo, desses que fogem do chamado “padrão da internet”. Não me importo. Escrevo mais por dever moral, do que para convencer quem quer que seja dos meus argumentos. Apesar disso, convido-os a ter alguma paciência e ler tudo até o fim (quem não tiver, pode ler o artigo que escrevi lá pro Implicante, que é consideravelmente menor). Acredito que conseguirei evidenciar por que o Brasil apartou-se da civilização e atirou-se, em definitivo, na mais abjeta barbárie.
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Prólogo
Daqui a algumas décadas, as futuras gerações olharão para a última quarta-feira, 8/6/2011, e se lembrarão da data como o momento exato em que o Brasil rompeu em definitivo com o mundo democrático e civilizado, abraçando-se fraternamente ao terrorismo.
A decisão do STF de manter no brasil o assassino italiano Cesare Battisti sodomiza a democracia brasileira de forma, a meu ver, irreparável. Custo a acreditar que este país se reerguerá de tal episódio… O eterno “país do futuro” deitou eternamente no berçoexplêndido encharcado pelo sangue dos inocentes que Battisti e seu grupelho terrorista – o Proletários Armados pelo Comunismo – derramaram.
Não, meus caros! Battisti não é um “ativista político”, como insiste em afirmar a imprensa brasileira, pautada pelos mesmos ideólogos que arquitetaram a chicana jurídica destinada a colocar nas ruas do país, ao lado de pessoas civilizadas e inocentes – como eu e vocês – essa escória. Battisti é um sociopata, um assassino frio que atuou diretamente em quatro atentados. Em três deles, aliás, agindo em primeira pessoa – isto é, puxando o gatilho contra suas vítimas.
No artigo que escrevi para O Implicante vocês poderão encontrar alguns detalhes sobre os crimes pelos quais Cesare Battisti foi processado, julgado e condenado pela justiça italiana. Exorto-os a lê-lo, para que possam entender algumas nuances que o noticiário local acaba deixando de lado.
Aqui, para não me alongar ainda mais – nem me repetir desnecessariamente -, vou mencionar apenas en passant duas das ações criminosas dele. Aquelas que, pessoalmente, me marcaram mais.
Os crimes de Battisti: a história verdadeira
Cesare Battisti planejou e concorreu diretamente para a morte do empresário Pier Luigi Torregiani, num atentado que terminou ferindo também o filho da vítima, Alberto Torregiani – que está condenado a viver numa cadeira de rodas, em razão das sequelas.
A família Torregiani se tornou alvo de Battisti porque Pier Luigi, reagindo a um assalto realizado em seu restaurante, acabou trocando tiros com os bandidos e matando um deles. Aos olhos dos Proletários Armados pelo Comunismo, os assaltantes estavam “lutando contra o capitalista explorador”. A decisão de matar Torregini foi tomada a fim de vingar o “operário” morto, como se um bando de assaltantes representassem uma espécie de vanguarda da luta de classes.
A respeito disso, vejam o vídeo abaixo. Nele, Alberto Torregiani conta alguns detalhes do crime que destruiu sua família.
Algum tempo depois, o grupo terrorista de Battisti voltou a agir, desta vez com participação direta do italiano nos fatos criminosos. Foi em 1979, quando o agente de segurança Andrea Campagna foi morto pelas mãos de Battisti, numa ação destinada a punir aquele que estava investigando o atentado antes mencionado, contra a família Torregini. Isso também diz muito sobre o caráter e a moral desse sujeito, tratado como herói pelas esquerdas brasileiras.
Não há, pois, que se falar em crime político. Battisti foi apenas um assassino comum, que matou inocentes. O fato dele ter uma “causa” aliada à sua sociopatia homicida não o torna melhor. Antes: o torna mais perigoso! Basta analisar a história e ver o que maníacos com uma causa foram capazes de fazer… Os 6 milhões de judeus mortos por Hitler, os 30 milhões mortos por Stalin e os 70 milhões mortos por Mao dão uma boa idéia do que digo.
Ademais, basta usar a lógica para refutar a tese de crime político, como já feito pelo próprio STF: o assassino de Martin Luther King Jr. cometeu um crime político? Ele deveria ter recebido refúgio em algum outro país? Ora, claro que não! E o fazendeiro Bida, que ordenou a morte de Dorothy Stang? Não terá sido aquele um crime político? Se foi, então ele deve ser protegido pelo STF e colocado na rua, não é mesmo? Afinal, é impossível negar que entre as vítimas e seus algozes havia enormes diferenças político-ideológicas, não é mesmo? Seria isso bastante para caracterizar os crimes como tendo sido políticos?
Ora, claro que não! Luther King Jr. e Stang foram vítimas de criminosos comuns, que devem ser tratados como aquilo que são: assassinos vagabundos! Por que com Battisti deveria ser diferente? Notem que pretendo ser bem objetivo, para que não haja dúvida: dependesse de mim, todos os assassinos dessa espécie iriam pra cadeia! É no mundo do progressismo brasileiro que um assassino merece a liberdade, só porque beijou a cruz do esquerdismo.
A vergonhosa decisão do STF, ecoada pela OAB
Os seis ministros que votaram pela permanência de Battisti no Brasil valeram-se de argumentos baixos, estúpidos e até mesmo ofensivos. Transformaram uma questão objetiva, destinada a decidir o futuro de um assassino condenado, numa exortação do nacionalismo mais simiesco e – por que não dizer? – fascista que pode existir.
A mais pura verdade é que as teses levantadas por suas excelências não resistem a trinta segundos de embate lógico, e envergonham a mais alta corte da justiça brasileira. Como quando Ricardo Lewandowski afirmou ter “convicção da culpa de Battisti”, mas votou por libertá-lo mesmo assim, em atenção à vontade do ex-Presidente Lula. Ou, ainda, quandoJoaquim Barbosa teve o cinismo de sugerir que o carniceiro sérvio, Ratko Mladic, procurasse, também ele, refúgio no Brasil, um lugar que “protege as pessoas de seus algozes”. Não tenho receio nenhum de afirmar que o ministro Barbosa, com esse raciocínio, envergonha a Suprema Corte brasileira como nunca ninguém antes o fez. Ele não embaraça apenas seus pares, ou a sociedade brasileira. Ele embaraça a própria espécie humana!
Fazendo eco à maioria formada no STF, a OAB (essa instituição que alguns anos atrás zelava pela democracia ao pedir o impeachment de Collor, mas que hoje usa seu tempo livre para ser bedel de Twitter) disse que “o Brasil fez valer sua soberania”. A coisa toda é tão rasteira, tão terceiro-mundista, que provoca ânsia de vômito!
Dizer que a Itália atentou contra a soberania brasileira não é apenas ofensivo. É estúpido mesmo! O estado italiano seguiu todos os caminho legais estipulados no direito internacional, recorrendo, dentro do que era previsto na legislação, ao STF. Uma vez tomada a vergonhosa decisão, o que fez a Itália? Alguém viu Berlusconi ofendendo o Brasil? Por acaso ameaçaram este país com uma guerra, ou algo assim? Onde está, afinal a tal ameaça à soberania nacional? É ridículo! É coisa típica de uma republiqueta bananeira, que precisa latir para um país do primeiro mundo a fim de se afirmar. É, enfim, o famoso “complexo de vira-lata” em seu estado puro.
O jurista Francisco Rezek, ex-ministro do STF e uma das mentes mais respeitadas no meio jurídico internacional, falou sobre o caso e, bem… disse o óbvio: o Brasil errou! Ele acredita que o resultado poderá ser revertido na Corte Internacional de Haia, para onde o estado italiano pretende levar o caso agora.
As reações na Itália: todos, inclusive a esquerda, criticam o STF
Desnecessário dizer que o governo italiano reagiu com indignação ao julgamento. O Presidente da República, Giorgio Napolitano, disse que a do STF foi “uma decisão deplorável”. Pier Luigi Bersani, líder do Partido Democrático, falou em “decisão inaceitável”. Ambos têm em comum uma vida política toda forjada dentro da esquerda, o que mostra, de forma incontestável, que Battisti não é um ativista político perseguido coisíssima nenhuma, mas apenas um criminoso comum usando sua amizade com políticos brasileiros para fugir da justiça.
Parlamentares da situação também criticaram com veemência o Brasil. O ministro das relações internacionais, Franco Frattini, foi duro: “A política prevaleceu sobre o direito”; e “a decisão ofende as vítimas dos crimes de Battisti e parece contrária às obrigações firmadas nos acordos internacionais”.
De fato, como lembrado pelo ministro Frattini, os familiares das vítimas do terrorista se mostraram inconformados. “Hoje assassinaram ele pela terceira vez”, falou Maurizio Campagna, irmão de Andrea Campagna, o agente de segurança morto pelas mãos de Battisti. “Não sei o que dizer. É uma decisão absurda”, disse Alberto Torregiani.
Quem defende Battisti por ideologia, tem as mãos sujas de sangue inocente
Eu desafio qualquer pessoa a mostrar fundamentos jurídicos capazes de afastar a culpa de Battisti pelos crimes cometidos na Itália. Desafio, mas sei que ninguém conseguirá, porque as provas são claras e fartas, tanto que reconhecidas pelos próprios ministros do STF que, numa decisão teratológica, insistiram em colocar o terrorista em liberdade, prestando reverência a Lula e ao PT.
Os que se prestam a servir de arrimo para aquele sociopata homicida o fazem por afinidade ideológica. Eles não defendem Battisti porque desconhecem seus crimes. Eles o defendem porque os conhecem bem demais, e partilham a mesma utopia assassina que pretende “mudar o mundo” por meio da morte.
Basta analisar como a chamada “mídia progressista” reagiu ao julgamento: o portal Carta Maior noticia que “STF apóia Lula, derrota Berlusconi e Gilmar Mendes e solta Battisti”. É nojento! Isso entrega o que o episódio sempre foi para esses imundos: uma sorte de luta de classes. Quem sofreu uma derrota não foi Berlusconi, ou Gilmar Mendes. Foi o mundo civilizado! Mas não espero que essa gente baixa entenda isso, afinal, para eles uma Suprema Corte que“apóia” o Presidente está agindo certo… Merece aplauso, não questionamento…
No site do PSOL, aquele partido que consegue juntar “socialismo” e “liberdade”, sem explicar, contudo, como fará para que os dois opostos convivam na prática, há um manifesto em favor do terrorista. Passei os olhos na lista dos que subscreveram a coisa, e encontrei nomes como Chico César, João Pedro Stédille, e Frei Betto (só para citar alguns). O que eles têm em comum? Além de não terem qualquer conhecimento jurídico, também são simpatizantes da esquerda-extrema, exatamente a mesma linhagem política que abrigou Battisti e seu grupo terrorista. Fica evidente que compreender a sério os delitos do italiano e se posicionar juridicamente não é tão importante quanto demonstrar apoio a um “companheiro de luta”.
Aliás, o PSOL tem desde sempre esse fetiche por terroristas assassinos. Se os facinororos são italianos, então, o tesão que os “socialistas com liberdade” sentem é máximo! Deve ser o charme mediterrâneo, I guess…
Vejam o caso de Achille Lollo, outro bandido vagabundo que está umbilicalmente ligado ao PSOL, tendo atuado, inclusive, como colaborador no processo de articulação do programa partidário: Lollo descobriu que um gari (notem que não se tratava, por óbvio, de um capitalista explorador dozoperário…) tinha simpatia por um partido neofascista italiano. O que fez? Trancou a família inteira do sujeito em casa e ateou fogo ao lugar. Além do famigerado gari, Virgilio Mattei, morreu no atentado também um dos filhos dele, então com oito anos.
Guardem a imagem acima na memória. Guardem também a de uma criança de oito anos em chamas. É assim que essa gente hedionda pretende construir o “outro mundo possível”. É a esse tipo de escória que o PSOL, o PT e demais braços do esquerdismo brasileiro prestam reverência, ultrajando a essência da civilização.
Epílogo
Caminho para a conclusão sabendo que já testei demais a paciência de vocês neste longo texto. Mas não poderia ser de outra forma. O assunto é escabroso demais, torpe demais para ser tratado de forma ligeira.
Admito que talvez o episódio tenha em mim um efeito maior que nos demais brasileiros. É que me sinto atingido de duas formas: como brasileiro (nascido aqui e tendo vivido sempre aqui) me sindo envergonhado. Como italiano (filho de pais que vieram para o Brasil há décadas) me sinto vilipendiado, ultrajado.
Eu nunca antes senti tanta VERGONHA da nacionalidade brasileira! Deve ser por isso que, desde a última quarta, sinto como se algo tivesse se quebrado para sempre… Sinto como senão tivesse mais duas nacionalidades, porque não me reconheço num país que se presta a acobertar o terrorismo e o assassinato de inocentes.
Trata-se de uma reação emocional? Não tenho dúvida! Mas todo ser humano é formado, também, por suas emoções, não é mesmo? E as minhas são estas agora: um país que se sujeita a receber de braços abertos e proteger sociopatas homicidas, apenas por afinidade ideológica, não me representa! Eu estou com quem luta por justiça, e o faz dentro das normas do Estado de Direito. Estou com quem vai recorrer a Haia, e tentará evitar que o Brasil ganhe destaque nos organismos internacionais, pois o Brasil agora é amigo do terror; é parte do “eixo do mal” – para usar uma expressão típica desta era pós-11/9.
Afinal, para que o Brasil quer um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU? Para defender, ainda com mais vigor, a escória? Para falar em nome de homicidas? Para ser porta-voz do terrorismo mundial? Não! O Brasil não merece se sentar ao lado das potências. Merece é estar no banco dos réus do Tribunal Internacional, ao lado de seus amigos terroristas.
Penso como seria se o “ativista” assassino fosse um direitista… Bem, acho que é bastante óbvio: o sujeito seria mandado rapidamente de volta para seu país, para mofar na cadeia. Aliás, nem é preciso imaginar. Isso já aconteceu na prática, quando o STF extraditou um vagabundo que participou da “Operação Condor”.
E, para que não haja nenhum tipo de misunderstanding, esclareço: não estou sugerindo que um terrorista de direita devesse ganhar a liberdade. ESTOU DIZENDO É QUE BATTISTI, LOLLO E DEMAIS TERRORISTAS DE ESQUERDA DEVERIAM GANHAR A CADEIA!
Aqui neste espaço, vocês vão se deparar sempre com os mesmos valores morais imutáveis que me norteiam. Sou um conservador, o que me torna aborrecidamente previsível… não tenho terroristas e assassinos de estimação! No meu mundo ideal, todos iriam para a cadeia até o fim de suas vidas, fossem de direita, de esquerda, de centro, ou do diabo que os carregue. QUEM TEM BANDIDOS DE ESTIMAÇÃO PARA DEFENDER E PROTEGER SÃO OS ESQUERDISTAS BRASILEIROS!
Pois eles que vivam com suas mãos sujas pelo sangue dos civis inocentes que seus “companheiros” mataram em nome da “causa” que partilham.
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P.S.1: Se você chegou até aqui, obrigado. Muito obrigado pela paciência de ler este desabafo.
P.S.2: Notem que o texto está recheado de links. São fontes para as coisas que afirmei aqui, a fim de reforçar o entendimento dos leitores (indicarei mais algumas fontes no último “PS”). Eu colocaria mais links estrangeiros, no original, mas sei que nem todo mundo é versado em italiano em inglês. Se citei a imprensa nacional, foi para facilitar. Anyway, se alguém acha que a “mídia” brasileira (a mesma que chama um terrorista de “ativista”!!!) está contra Battisti, basta usar o Google: chega-se facilmente a vários materiais sobre os detalhes dos crimes dele. The point it: não perca seu tempo refutando os fatos expostos acima, se não apresentar fontes para embasar seus argumentos.
P.S.3: Nenhum comentário relativizando, justificando ou diminuindo o horror dos crimes de Battisti será aceito aqui. Nunca é demais lembrar: este é um blog pessoal. Se você não gosta das regras dele e quer escrever me esculhambando, crie um blog para você. É grátis!
P.S.4: Eu realmente gostaria que vocês dessem uma conferida no artigo que escrevi lá proImplicante. Ele está beeem menor que este e um pouco menos emocional. Vão lá!
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