Critica literária feita por Kathleen Gilbert
FALLS CHURCH, Virginia, EUA, 28 de outubro de 2009 (Notícias Pró-Família) — Um rapaz de 14 anos foi levado a um respeitado terapeuta depois de sofrer prolongada depressão e extremas mudanças de temperamento. A raiz de seus problemas, ele acaba confessando, é que ele teme ser gay.
Enquanto vai explorando as experiências passadas do rapaz, o Dr. James Lock, psiquiatra da Universidade de Stanford, observa a conduta distante do pai do adolescente que provavelmente o deixou ansiando genuíno laço masculino. Lock também descreve como seu paciente era sensível, como ele era emocionalmente cativo de sua mãe, como ele era tratado mal por colegas do sexo masculino e como ele sentia vergonha da imagem do seu corpo — um padrão de necessidade emocional comum entre homens que desenvolvem atração do mesmo sexo.
A terapia de Lock, porém, não busca curar as feridas de relacionamentos do rapaz, as quais são tratadas como inconseqüentes. Em vez disso, o foco permanece quase que exclusivamente em resolver o que ele chama de “forte homofobia internalizada” do rapaz: em outras palavras, o fato de ele sentir repugnância à noção de ser intrínseca e irreversivelmente homossexual. O jovem, conhecido como J, é incentivado a abraçar a homossexualidade mediante vários meios.
O próprio J expressa aversão à ideia de Lock de bem estar: o terapeuta comenta que J se sentia constrangido entre membros de um grupo local de gays adolescentes, dizendo que “não era para mim”, e se sentiu “desligado e distante de si mesmo” depois de um encontro sexual com um homem mais velho. Lock conclui do nojo de J para com o sexo homossexual que o jovem é “ainda muito homofóbico”, e assim suas tentativas de se relacionar são “prematuras”.
De acordo com as anotações de Lock, depois de dois anos de intervenção para a “aceitação da homossexualidade”, J não melhorou, mas caiu numa depressão ainda mais profunda. Depois de quatro anos, J largou seu terapeuta para estudar numa universidade — escolhida em parte por sua classificação de favorável aos homossexuais.
Será que se J tivesse ido a outro terapeuta, sua história — e sua escolha máxima de auto-identificação — teria sido radicalmente diferente?
A verdadeira história de J é relatada no recente livro “Light in the Closet: Torah, Homosexuality, and the Power to Change” (Luz no Armário: a Torá, a Homossexualidade e o Poder de Mudar), no qual Arthur Goldberg, conselheiro credenciado e especialista em relacionamentos, comenta que o cenário de J é realmente epidêmico para indivíduos comatrações homossexuais indesejadas (AHI). Luz no Armário, originalmente publicado em 2008 pela editora Heifer Press, saiu numa segunda edição em julho deste ano e está disponível em várias lojas online.
“Se o Dr. Lock fosse algum tipo de extremista, poderíamos simplesmente descartar o caso de J como um exemplo isolado do que pode acontecer quando uma pessoa infeliz entra no consultório errado”, escreve Goldberg. Contudo, “o modo como o Dr. Lock tratou o problema de J é bem característico de um considerável número de profissionais de saúde mental”.
Vários outros testemunhos pessoais apresentados por Goldberg revelam a confusão profunda daqueles que têm experiências de AHI, mas que se sentem pegos em armadilhas da sociedade e dos profissionais médicos que insistem que eles são irreversivelmente homossexuais.
Goldberg é co-fundador e co-diretor da organização JONAH (Jews Offering New Alternatives to Homosexuality [Judeus que oferecem novas alternativas à homossexualidade]), que oferece ajuda, aconselhamento e encaminhamento de homossexuais e outras pessoas angustiadas da comunidade judaica e suas famílias. Ele lida com a questão da perspectiva exclusiva de um profissional que tem o profundo compromisso da orientação moral da Torá — o Antigo Testamento dos cristãos. Ele conclui que aqueles que sofrem de AHI podem encontrar cura espiritual e psicológica em conjunto com a sabedoria da lei de Deus.
Dirigindo seu diálogo para aqueles que expressam um desejo consciente de rejeitar os impulsos homossexuais, Goldberg começa seu argumento em favor da compreensão psicológica tradicional da homossexualidade como resultante de feridas psicológicas e emocionais do passado. Por exemplo, vários testemunhos de indivíduos que sofrem de AHI descrevem suas vidas sexuais na homossexualidade como uma tentativa torpe de satisfazer uma fome mais profunda de verdadeira aceitação por parte do mesmo sexo — um estado de incerteza que os deixa “emocionalmente agindo como adolescentes”.
No entanto, a moderna dificuldade com a homossexualidade não acaba aí: Goldberg esclarece não só as causas internas da homossexualidade, mas também a natureza e história do movimento homossexual, explicando a mudança gradual e deliberada no conceito do público acerca da homossexualidade: o movimento homossexual eliminou a atividade homossexual da mente de público e substituiu por característica e identidade. Longe de ajudar indivíduos com AHI, ele diz, o movimento “colocou muitos de seu próprio meio em situações de intolerável ambivalência, conflito, sofrimento e perigo mortal” lançando a noção de cura como impossível e absurda.
“Os relativistas morais, em união com o movimento homossexual e a tendência ‘politicamente correta’, muito fizeram para esconder ou deturpar as respostas, para confundir as questões e, aliás, para caluniar a religião tradicional — principalmente o judaísmo — como hostil e discriminatória contra os homossexuais”, escreve Goldberg.
“Os ativistas gays têm, em realidade, apagado a luz no armário homossexual”.
A análise de Goldberg atinge o ponto decisivo da contradição no argumento talvez mais comum dos direitos homossexuais: que adultos que consentem têm de ter o direito à privacidade. Pelo menos para alguns indivíduos com AHI — um problema que consegue lacerar as partes mais profundas da identidade moral de uma pessoa — a mera afirmação de que eles “consentiram” com a atividade homossexual mal fecha a questão de sua total e voluntária adoção do estilo de vida homossexual.
“O que implica realmente um adulto ‘consentido’?” questiona Goldberg. “Será que o consentimento é sincero, ou é só parte da mente (ou corpo) de uma pessoa fazendo o consentimento, enquanto a outra parte é amedrontada e drogada para ficar em silêncio? Sob quais circunstâncias o ‘consentimento’ de uma pessoa verdadeiramente representa sua decisão racional e totalmente informada?”
Em outras palavras, quando um homem não consegue nem mesmo confiar em si mesmo, o que lhe resta para recorrer? Para Goldberg, a resposta é óbvia.
A solução para aqueles que estão lutando para se livrar das correntes mentais e físicas da cultura homossexual, diz ele, pode essencialmente ser encontrada na Torá — onde a lei moral de Deus oferece uma saída certa da confusão em direção ao autoconhecimento, maturidade e cura.
Goldberg diz que uma chave para colher os benefícios de tal terapia centrada na Torá é entender o verdadeiro sentido da palavra hebraica to'eivah. A palavra é muitas vezes traduzida como “abominação”, mas Goldberg insiste que “desviado” ou “enganado” é mais preciso ao sentido original e mais apropriado à situação dos que sofrem de AHI.
“O ponto central do argumento deles é ‘discriminação aos homossexuais’”, escreve Goldberg. “Contudo, como é evidente do próprio texto, quando a Torá usa a palavra to'eivah, está condenando uma conduta, não um indivíduo… Implícito dentro desse entendimento [deto'eivah] está um simples fato: aquele que se desvia não perde a capacidade de encontrar o caminho de volta”.
Embora profundamente agradecido à sua tradição moral, Goldberg nega afirmações comuns entre judeus ortodoxos de que a cura só pode ser realizada por meio de piedade ou obediência religiosa. Em vez disso, ele diz, o teshuvah (o “retorno” para o plano de Deus) e a cura psicológica por meio de programas de aceitação sexual têm de prosseguir com muito rigor.
“Tal ação corretiva pode, e tem sido, realizada — e com um índice de sucesso que é elevado demais para se ignorar”, escreve Goldberg, “por meio de um método orientado envolvendo aconselhamento profissional, auto-descoberta e uma combinação de auto-ajustamentos graduais na espiritualidade e conduta característicos do teshuvah”.
Goldberg disse para LifeSiteNews.com que ele espera que qualquer pessoa que esteja com questionamentos para dar atenção à sua mensagem venha a descobrir que ela não só começa “uma vereda inteligente de cura e esperança para aqueles que estão sexualmente confusos, mas também ajudará qualquer um cujos valores foram confundidos pela cultura politicamente correta”.
“Escrevi o livro para reunir informações e recursos diversos, muitos dos quais a maioria desconhece”, disse ele, “e para desenvolver um modelo exclusivo que integra a cura secular psicológica com os mandamentos da Bíblia, assim capacitando as pessoas a vencerem a cultura sexualmente exploradora de hoje”.
É um tipo de capacitação que já deveria ter ocorrido há muito tempo.
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