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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Gosta de guiar? A Quatro Rodas precisa de assistentes.




Faz quase três anos que sou assistente de fotografia do Marco de Bari – um dos melhores e mais experientes fotógrafos automotivos do país. De todas as funções que realizo na revista – repórter, fotógrafo, tratador de imagens -, a de assistência é a que me permitiu o maior grau de aprendizado e mais contato com os automóveis.
Falar em números é difícil, mas é certo que guiei pra lá de 300 carros diferentes neste período. De populares a superesportivos, em estradas interioranas sob sol castigante ou em autódromos. Uma experiência que curso algum de jornalismo pode lhe propiciar. Agora é hora de passar o bastão – estamos à caça de um substituto à altura. E aí, encara essa?



De cara, preciso dizer que não é um oba-oba. É uma troca. Você vai lavar carros, preparar o equipamento fotográfico e a iluminação – às vezes, sob um calor escaldante. Em várias ocasiões haverão restrições de tempo e velocidade. Em outras, você estará guiando automóveis de quase 1 milhão de reais – nestes momentos, você está carregando a equipe inteira nas suas mãos. Resumindo, a vida real não é o Top Gear nem o Gumball.
Mas por outro lado: você gosta de carros? Quer trabalhar como jornalista automotivo? Garanto que não há oportunidade melhor. Você irá guiar lançamentos da indústria antes de todos. Ao preparar os automóveis, terá um contato visceral com eles – é a chance de avaliar o acabamento, do cofre do motor ao interior do porta-malas. Ao guiá-los, poderá fazer o seu próprio comparativo, descobrir as qualidades e defeitos dinâmicos de cada um. E conforme o tempo for passando e você conquistar o espaço com os editores, poderá debater com eles, trocar muitas informações e inclusive fazer reportagens. Não há curso em lugar algum que lhe dará esta experiência.



E uma vez que você conquista a confiança da equipe, mostra sua competência, segurança ao volante e responsabilidade, começarão as sobremesas. Já andei forte em Interlagos, Capuava Racing (família Diniz), e na pista da TRW em Limeira – que é quase o quintal da Quatro Rodas. De um pacato Fiat 500 a um Audi R8 V10. Foram experiências inesquecíveis.

Os requisitos para a função são básicos, mas vitais:

-Responsabilidade: é disparado, o mais importante. Como falei antes, às vezes guiamos carros milionários. Um acidente com uma jóia dessas compromete o futuro de muita gente na equipe. Da mesma forma, você será o motorista principal da equipe, levando todos para os eventos, fazendo a assistência por lá, e trazendo a galera de volta. Por isso, suas baladas dependerão do que for combinado para o dia seguinte. Se o que te espera for árduo, nem pense em sair. E comporte-se de maneira decente nas estradas.


-Noção de volante: você não precisa ser o Tiff Needell. Mais importante que conseguir colocar um carro de lado é deixar o carro inteiro e garantir a segurança. Alguém com curso de pilotagem é bem vindo (mas não é uma exigência), porque existem ocasiões que manobras mais radicais são interessantes. Eu mesmo coloquei um R8 V10 de lado para uma sessão de fotos, e andei forte com uma Z4 em Interlagos, para fazer o bicho dobrar. Mas é preciso ter noção de avaliação de riscos e muita segurança ao volante. JAMAIS faça aquilo que você não tem certeza absoluta que conseguirá fazer. Nunca.


-Humildade e sangue-frio: você pode ser o Alain Prost. Vai apanhar muito até aprender a fazer o camera-car – quando o fotógrafo está em outro carro e você precisa sincronizar a velocidade e o posicionamento exato que o Marco de Bari exigir, sem solavancos nem deslocamentos. Em algumas ocasiões, há mais dois ou três carros junto – a centímetros de distância. Já cheguei a tocar espelhos. É aquela velha história: ouvidos abertos, sangue-frio, perserverança, e você aprende.


-Disponibilidade integral: não é que sua vida esteja acabada. Mas há muita variação nos horários. Para fotografar um Mercedes Híbrido ano passado, varamos a noite. Mas às vezes, chegamos na Abril no horário do almoço. De vez em quando, há trabalho nos finais de semana. Então, flexibilidade e disposição são obrigatórios.


-Um certo preparo físico: não dá pra ser fresquinho. Muitas vezes fotografamos na pista de testes da TRW, onde não raro a temperatura está na casa dos 40 graus. Você vai sujar as mãos limpando rodas e motores. Mas também tem oba-obas beeeem interessantes… coquetéis, jantares, almoços. Afinal, toma lá, dá cá, não é mesmo?

-Ser residente em São Paulo: a Editora Abril fica na Marginal Pinheiros, próximo ao Shopping Eldorado, região de Pinheiros. Você pode morar na Zona Norte, por exemplo, isso não é problema. Basta ser pontual.


-Pagode, Axé e Funk: esta é uma exigência nossa. Não pode ouvir nenhum lixo desses. Se você gosta, finja que não goste e deixe pra escutar em casa. E se você odeia rock, está em maus lençóis, porque é o que mais ouvimos. Mas emos não são bem-vindos.

Bem, é isso. Se você está interessado, mande um email pra assis4r@gmail.com , e marque uma entrevista com a gente. Você vai conhecer a equipe, e vai bater um papo comigo e com o Bari.

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