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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Marco Feliciano e Silas Malafaia representam os evangélicos? Sim!

Marco Feliciano e Silas Malafaia representam os evangélicos? Sim!:

Marco Feliciano e Silas Malafaia representam os evangélicos? Sim!

SilvioSanto da Costa
Não defendo em absoluto todas ascoisas que Pastor Marco Feliciano pregou, admito que foi infeliz em algumas desuas colocações. Não me coaduno com a nova posição teológica da prosperidadeque pastor Silas Malafaia passou a expor em seu programa e pregações (inclusivedenuncio os perigos de algumas publicações de sua editora em difundir ensinosdo evangelho da prosperidade que sempre carregam fragmentos da confissãopositiva). Esses homens são falhos, devem ter lá os seus pecados, terão contasa prestar acerca do que falam e fazem – afinal, ninguém é perfeito.
Marco Feliciano e Silas Malafaia
Mas, também não posso me conformarcom essa desunião evangélica por conta dos dois em torno de temas que à luz daBíblia deveriam ser de entendimento harmonioso entre todos os seguidores deJesus Cristo.
Temos nos desviado do foco dareflexão principal quando tão somente nos ocupamos em esculachar o “homofóbicopolítico” Feliciano e a condenar o “homofóbico pastor” Malafaia. O centro dadiscussão não pode continuar sendo a figura particular, isolada e polêmica dosdois. Já passou da hora de considerarmos a representatividade evangélica quedetiveram – ainda que eu e você não aceitemos – isso é verdade, são essespastores que o Brasil lê, assiste e acompanha na mídia – e querendo ou não,falando bem ou mal, protestando ou não – eles nos representam nos meios decomunicação para a sociedade.
Destacaram-se cada um ao seu modoem suas plataformas como evangélicos e inegavelmente como formadores de opinião– hoje, são as pessoas mais públicas da igreja evangélica nacional.
Precisamos parar com essa pirraçaesquerdista injustificável de que Feliciano não nos representa. Escrevo apessoas esclarecidas e bem informadas, então conclamo ao senso da consciênciacristã quanto ao posicionamento social da igreja neste país. Pela via diretados votos que Feliciano recebeu, até que você pode dizer que não te representapoliticamente; mas pela dimensão dos clamores sociais (nada cristãos) e dasposições políticas (nada democráticas) em Brasília, é inegável que sim, ele terepresentou lá como cristão!
Fico a pensar se não existisse umdeputado de primeira viagem como Feliciano, que num partido pequeno e de poucainfluencia foi corajoso e procedeu como crente de verdade naquela até entãoinexpressiva comissão da casa de leis.
A inexperiência política deFeliciano foi suprida pela ousadia e destemor frente às conseqüências assumidaspelo fato de defender as convicções de quem o elegeu; e penso no que teriaacontecido de ainda mais nefasto naquela CDHM, com inclusões de favorecimentosàs minorias (GLBTT) em detrimento dos direitos da maioria, se um Feliciano davida não estivesse por lá? Não estou misturando religião com política, estoucitando um caso que envolveu um sujeito que foi eleito se dizendo crente (e oFeliciano se diz servo de Deus), e que a exemplo do profeta Daniel em um cargopolítico em que sua fé foi testada, assim foi Marco Feliciano em Brasília. EssePastor me representou num ato de postura cristã, que nem eu sei se teriacoragem de praticá-lo como Feliciano o fez, admito.
A igreja evangélica brasileirapassa por sua maior crise existencial e representativa – uma crise marcada peladesarmonia bíblica de sua posição contra o pecado, de sua apresentação igualdas verdades absolutadas. Será que neste país, algum crente ainda tem dúvidasquanto à distinção bíblica da natureza humana e sua identidade sexual: macho efêmea (homem e mulher).
Ainda será possível que pastores,apóstolos, doutores e teólogos tenham dúvidas abissais quanto ao que a Bíbliadiz sobre práticas sexuais ilícitas tais como: fornicação, adultério,homossexualismo, lesbianismo e sodomismo? Porventura algum de nós colunistas degrandes portais de informação cristã, ainda temos dificuldade de entender aposição bíblica da constituição e modelo da família; do papel do cristão nasociedade e no trato com seus direitos e deveres civis; creio que não. Entãoporque essa briga, esses debates que não nos levarão a lugar algum, a não serpara tornar mais evidente de que estamos ainda mais desunidos do que nunca? Poracaso Feliciano e Malafaia estão falando contra esses princípios que todosaceitamos comumente? Claro que não; então como podemos dizer que não nosrepresentam?
Como afirmar que Malafaia não é aexemplificação da fé evangélica na TV em algumas de suas posições? Parasurpresa e desagrado de muitos, esse sujeito imperfeito, sanguíneo, quasemilionário (se já não o for) e mais recente pregador da prosperidade é um dospoucos que tem se levantando nesse país como voz evangélica a favor dosdireitos iguais declarados na constituição federal de 1988, não só paraevangélicos – mas para todos os brasileiros. É este pastor que alguns dizem sermetido a psicólogo (ele realmente tem formação) que com a Bíblia em punho –quando perguntado em determinado programa de TV, qual era sua fala como cristãoacerca da prática homossexual, citou Romanos 1.18-32 e deixou insatisfeitos osproponentes da teologia inclusiva.
Como posso dizer que esse “camaradaMalafaia” (é ele que usa esse termo), não me representou? Foi um dos poucos queem rede nacional de TV a reafirmar a veracidade absoluta de um dos textos maisclaros e incisivos das Escrituras contra a prática homossexual! Como possodizer que Malafaia não me representou quando organizou um necessário movimentopró-família em tempos de destruição da mesma por essa política anticristã eliberal, apoiada sutilmente por um Estado influenciado por correntes comunistase esquerdistas ? Foi Malafaia muito antes de Feliciano, uma das poucas vozescristãs deste país a manifestar-se pelo vigor dos direitos legais de liberdadede opinião, fé e culto; sem restrições vexatórias e supressões de leisantidemocráticas.
Na verdade meus irmãos, asEscrituras deixaram de ser nosso ponto de referência, mesmo que nossos credosdoutrinários confessem crenças históricas da fé e legado cristãos, parece queelas (as Escrituras) em sua inspiração plenária, inerrância e infalibilidade,perderam autoridade para muitos de nós, frente às cosmovisões desta erapós-moderna. Realmente as verdades salutares da Palavra, deixaram de ser onosso ponto de encontro no comum do corpo de Cristo – comunhão na confissão dasverdades atemporais e sem quaisquer aculturações relativizadas, pois mesmosendo membros de igrejas evangélicas diferentes, a luz delas (das Escrituras),como corpo místico de Cristo, deveríamos estar unidos em torno de suassentenças inegociáveis e nada redefinidas pela vontade dos homens.
Bom, se Feliciano e Malafaia merepresentam como evangélico, em algumas de suas ações, também sei daqueles queque me representam negativamente na fé e na confissão cristã evangélica.Aqueles que disseram que se fossem Deus, ressuscitariam Hugo Chávez eamaldiçoariam com um câncer maligno o Feliciano – esses representam odesequilíbrio e a falta de amor cristão entre evangélicos. Aqueles que dizemque a bíblia não é inerrante e infalível – representam um cristianismo oco ecético em sua aceitação parcial e deturpante da inspiração da Palavra de Deus;aqueles que em suas revistas e publicações (do que parece uma esquerdaevangélica) descrevem apenas o lado negativo de evangélicos como Feliciano eMalafaia e que só vendem polêmicas e mais dissensões para a já desmembradaigreja nacional – esses representam os que se renderam aos encantos e apelos dohumanismo secular.
Nos representam negativamenteaqueles que ignorando a verdade escancarada da bíblia contra práticas imorais,através de seus doutorados acadêmicos tentam sistematizar a teologia inclusiva– que incoerência! Pergunto-lhes, qual é a nossa posição contra essesdiscrepantes pensadores cristãos? Porque ninguém os questiona? Será que éporque concordamos com suas posições anti cristãs? Será mais edificante tentardestruir aos que de alguma forma se levantam contra erro, do que combater osque querem arrancam as raízes doutrinárias da Igreja Evangélica verde e amarelae sua posição contra o pecado?
Se amanhã, Feliciano e Malafaiapisarem na bola e comprometerem ainda mais o testemunho evangélico nesta naçãocom pecados explícitos (e não com julgamentos dos outros como percebemos hoje),também nos representarão mais negativamente, nem que seja por momentos.Porquanto oremos por todos esses homens para que continuem ao menos, tendo acoragem de nos representar nas reafirmações de algumas verdades que acreditamose que muitos parecem ter esquecido!
Divulgação:www.juliosevero.com
Leiturarecomendada:
Teologiada Libertação e neopentecostalismo: o grande desafio da igreja evangélica doBrasil
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