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terça-feira, 3 de maio de 2011

Resposta a um leitor vermelho


macacos-thumb
No meu último post, sobre a volta do Delúbio à ativa partidária, já que, pelo menos oficialmente ele estava inativo, me referia à sem vergonhice de um partido que expulsa um de seus quadros por conta de suas comprovadas falcatruas quando tesoureiro do partido e o readmite poucos anos depois como se nesse período de exclusão houvesse se regenerado, algo que a revista Época desta semana mostra que não ocorreu. Não me referi, em qualquer momento, à interferência do governo na reinclusão de Delúbio nas hostes petistas, mas um leitor, numa demonstração clara de que saber ler não significa entender o que se lê, na ânsia de defender o governo e encobrir suas responsabilidades, inabilidades e enganações deixou o seguinte comentário:
Lamentável! Qualquer pessoa que se baseia em qualquer assunto pelo o que a mídia publica não merece credibilidade, pois é uma pessoa que demonstra não ter nenhum critério. Você repete que nem um papagaio o que a mídia enfatiza portanto...
Acreditar no que a mídia diz é uma coisa, entender o que Há por trás das matérias que ela veicula é outra. Isto é coisa para sábios, não para você: um mero reprodutor.
Qual a moral que tem você pra falar do 'povão' se você próprio se mostra uma 'maria vai com as outras' do que lê e vê?
Olha, amigo, sinceramente, viver na posição de crítico do governo é uma maravilha, pois nos abstemos da responsabilidade. Agora fazer acontecer como fez este governo (em alguns setores) com responsabilidade é outra coisa. Se você, critico severo, se acha dono de uma proposta para o Brasil (que eu não acredito que tenha) e se acha capaz de fazer este páis andar para melhor, seja o próximo presidente da nação. Vagas para a função não falta, afinal a atual oposição precisa de alguem competente. Vai lá, cara! Para de reclamar e encara o osso! Melhor do que ficar remoendo nos blogs e se sentindo um "doutor" - sem nada saber. 
(Os erros de digitação e de português são do autor do comentário).
Esse canavial de sandices merece uma resposta por tópicos, bem explicadinho, para que, talvez, esse senhor consiga entender. Não desenharei porque sou péssimo desenhista, usarei as palavras, embora também não seja lá grande coisa na escrita. Se o senhor Roberto voltar, pode criticar mais argumentativamente, embora não vou querer fazer deste blog um fórum de discussões. Pois vamos lá:
1. A mídia, caro Roberto, tem a função precípua de informar, seja o que for e de que corrente ideológica for. Mais aceitável omitir-se do que mentir, a isso chama-se liberdade de imprensa, algo que o governo de seu ídolo Lua tentou, por três ou quatro vezes, calar, tendo seu ministro Franklin Martins sido o cabeça de ponte nesse intento, graças a deus infrutífero. Leio vários jornais e revistas sempre que o tempo permite e citei no referido post uma reportagem da revista Época. Ah, a Época, para o senhor, deve ser apenas um veículo golpista, imprensa de verdade é a Carta Capital, a Brasileiros e congêneres. Então, tá.
2. Sou qualquer pessoa, realmente, como cada um dos 194 milhões de brasileiros o é, com exceção do coronel Sarney, uma pessoa especial e extraordinária, como o definiu Lula. E como qualquer pessoa tenho o direito de comentar o que quiser do jeito que eu quiser e este é um outro conceito que o senhor, se conhece, provavelmente não respeita, sequer aceita: liberdade de expressão. Mas isso também não é uma coisa muito querida pela esquerda. A liberdade de expressão só é bem vinda quando manifesta apoio ao governo e seus satélites.
3. Eu falo do povão da mesma maneira como falo do povinho que o comanda. Eu posso, o senhor pode e qualquer cidadão pode, para isso Deus me deu voz e o mínimo de inteligência. Mas, se o senhor quer argumentar, mostre-me onde cometo engano ao afirmar que o “povão” não é o alienado político que afirmo ser. Não só o governo petista, mas todos os governos que por aqui passaram desde os tempos do Brasil Colônia contaram com essa alienação popular para fazer seus desmandos sem que a massa-rebanho o incomodasse, salvo raras exceções como a Marcha Pela Família e os caras pintadas, regidos pela imprensa insatisfeita, mas devidamente sem razão, foram às ruas exigindo que o país voltasse aos eixos e seus comandantes mal intencionados fossem afastados.
4. O que “há por trás das matérias que ela (a mídia) veicula” ? Que explicações o PT e seus 42 comandantes que votaram pela volta de Delúbio poderiam dar e a imprensa não divulgou? Por que eu, papagaio de pirata, como o senhor me define, não encontrei nenhuma explicação plausível, moral e eticamente aceitáveis, para a readmissão de um sujeito que fez o que fez com dinheiro público e tráfico de influência?
5. “Viver na posição de crítico do governo é uma maravilha, pois nos abstemos da responsabilidade”. Nisso o senhor tem razão. O próprio Lula falou isso no seu primeiro ano de mandato, lembra? Lembra que ele disse que fazer oposição é fácil, mas governar é bem diferente? Lembra-se que, desde 78 até sua eleição, Lula chutava todas as canelas a ponto de não assinar a Constituição que ele ajudou a escrever como deputado constituinte, embora não tenha dado qualquer contribuição efetiva? Lembra-se que ele criticou o Plano Real, única medida que deu resultados eficazes no combate à inflação? Lembra-se que ele, depois de eleito, tentou derrubar a lei de Responsabilidade Fiscal e o conseguiu informalmente, fazendo com que voltasse a farra com o dinheiro público que havia antes do Plano real? A, mas pelo seu crivo provavelmente somente seu partido, seu eterno líder (a esquerda adora líderes eternos em todo o mundo, talvez por isso esses três governos petistas tenham dado tanto apoio a ditadores) e apaniguados podem criticar, se a grita vem da oposição logo é taxada de golpismo, elitismo e outros substantivos criados pelas mentes gramcianas do comando do partido que o rebutalho humano que as segue repetem sem análise ou autocrítica. Entendo.
6. Senhor Roberto, não se esforce muito para mostrar sua imbecilidade. A presidência da nação não é cargo de técnico de futebol, usando a velha analogia que seu eterno líder gosta tanto de usar. Não me candidatei à presidência por saber de minha incapacidade para tal, o que me difere diametralmente de Dilma e Lula, além de um monte de ministros e correligionários colocados em cargos de comando. Mas posso discernir sobre o que está certo e errado na administração petista, como também fiz muitas e duras críticas quando FHC e seus ministros cometiam erros que eu considerava nocivos ao país. A diferença entre essas duas administrações, a de FHC e a de Lula, é que a primeira colocou o país nos trilhos e fez um esforço danado para colocar a pesada locomotiva em marcha. Se entender um pouquinho de física poderá entender o que quero dizer. Enquanto que o segundo sucateou a locomotiva, entortou os trilhos e faz um esforço grande para que o comboio não descarrile, o que seria resultado da própria atuação do governo.
A propósito, gostaria muito de aprender. Se o senhor diz que nada sei, provavelmente remoendo o ódio que sente ao ler um opositor ao seu governo, agradeço muito se me ensinar, mas sem ideologismo baratos, reprodução de propagandas governamentais ou palavras de ordem enviadas pelo Politburo petista. Até lá, dou-lhe duas opções: afaste-se deste blog, porque ele continuará opositor ao governo, ao PT, a Lula e a qualquer coisa minimante danosa ao Brasil, e aprenda que sem oposição a ditadura vermelha que Zé Dirceu e os poucos que pensam dentro do seu partido gostariam de implantar no país faz muito mais bem do que seu fígado e seu pouco discernimento conseguem assimilar.

©Marcos Pontes

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