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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Como o game certo pode te ajudar a pilotar mais rápido

Como o game certo pode te ajudar a pilotar mais rápido:
São três da manhã e você ainda está colado na tela da TV com o volante no colo e fones de ouvido na cabeça. Talvez tenha uma cerveja ao alcance, que acabou esquentando enquanto você tentava derrotar um finlandês chamado Markku. Então sua esposa acorda para uma ida ao banheiro e depara com a cena descrita. Ela te chama de “infantil”e “imaturo”. Mas você não dá bola, afinal, você está aperfeiçoando sua técnica para um dia se tornar o próximo Kimi Raikkonen – não é mesmo? Como piloto profissional e um gamer assíduo, posso atestar que os vídeo games podem te ajudar a pilotar mais rápido, mas só se você escolher o jogo certo.

Esta situação é comum na minha casa. A grande diferença entre eu e você, contudo, é que a menos que você seja um taxista, eu ganho a vida dirigindo rápido, por isso posso dizer à minha esposa algo como “Deixe disso, querida. Estou aprimorando minha técnica. É meu trabalho!”.

O fato é que os games de corrida são o único meio que a maioria das pessoas têm para expressar seu desejo de correr contra outros em um ambiente de competição. Eles começam a pilotar carros de seus sonhos e correr em pistas quase tão excitantes quanto a pessoa com quem dividem a cama.
Há vários jogos de corrida no mercado, dos mais realistas aos absurdamente ridículos. Quase todos são divertidos, mas apenas alguns podem te ajudar a dirigir mais rápido.
Vamos começar com os mais comuns, como Forza e Gran Turismo. Sinceramente, tudo o que você pode aprender com eles é o básico sobre traçado ideal e conhecer melhor os circuitos mais famosos do mundo.
A simulação física do jogo não é tão realista e, ainda que para um amador ela pareça desafiadora, essa não é a melhor representação de pilotagem. Dito isso, esses jogos servem como uma introdução aos conhecimentos básicos, e servem ao menos para te fazer pensar como um piloto.

Se você quiser extrair o máximo da experiência com simuladores, contudo, você precisa mergulhar em simuladores como iRacing, rFactor ou SimRaceway. Este último é novo, e vale a pena conhecer. A física do jogo é desenvolvida por pilotos profissionais como Dario Franchitti, Alan McNish e o finado Dan Wheldon, e à medida em que evolui, este simulador se torna um verdadeiro concorrente dos outros dois já estabelecidos.
Não sou um grande fã de rFactor, mas o iRacing é fantástico. A física assusta, de tão realista, e ainda que os ajustes do carro e estilos de condução exijam que você ande o mais rápido possível, se você quiser andar de acordo com a sua realidade e não tentar superar os concorrentes mais experientes, terá a experiência mais realista disponível.
As pistas reproduzem até as ondulações e ressaltos, e a competição entre os jogadores online é incrivelmente realista. Nesse jogo você conseguirá desenvolver e praticar sua técnica, aperfeiçoando o traçado, estratégia de corrida, técnicas de freio e acelerador etc. Mas não fique preocupado em memorizar os ajustes do carro, pois eles são bem diferentes da realidade.
Eu sei disso porque em um dia chuvoso de treino para a Indy 500 de 2011, meu engenheiro e eu decidimos quebrar o tédio jogando iRacing. Selecionamos o carro da Dallara em Indianápolis e ajustamos o carro de acordo com nossos ajustes reais, mas ao pilotar o carro no simulador descobri que alguns ajustes até ficam parecidos, mas ele era totalmente diferente do meu carro de verdade, que estava a 10 metros dali. Para deixá-lo parecido, tive que fazer um ajuste bem diferente.

Ainda assim, é um simulador online para as massas; não dá pra esperar que ele seja 100% realista. Se fosse, as equipes de Fórmula 1 como a McLaren não investiriam 40 milhões de dólares para desenvolver seu próprio simulador ultra-realista capaz de desenvolver carros de corrida.
Automobilismo não é como golfe, que você pode ir até um campo e ficar praticando até fazer bolhas nos dedos. Para praticar sua pilotagem é preciso gastar muito dinheiro, e mesmo assim os testes serão limitados e esporádicos. Isso faz dos games uma das únicas opções viáveis, mesmo para os profissionais. Acima de tudo, eles mantém seu cérebro no modo “Race”, com reações rápidas e precisas.
É claro que entrar a 200 km/h em uma curva cega em Sonoma é bem mais fácil em um jogo que na vida real. É por isso que eu ensinei como desligar a parte do cérebro que manda você aliviar o pé quando sentir medo.
Afinal de contas, a vida real não tem botão reset.




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