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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Legislação do "sorvete na testa": políticos têm certeza que os cidadãos não enxergam um palmo a frente do nariz


Nem as coxinhas escapam dos políticos que querem legislar sobre tudo que as pessoas fazem
Ea lista de leis inúteis ou simplesmente bizarras parece não ter fim: dê uma olhada nas últimas invenções dos políticos brasileiros para controlar a vida dos cidadãos em situações absolutamente desimportantes ou genuinamente privadas.
 Em âmbito nacional, a "lei da celulite livre": inventada pelo deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), o texto prevê punição a quem usar o programa Photoshop ou similar (que permite retocar fotos e imagens em geral) e não avisar expressamente o público. A lei se assemelha a obrigar um chefe de cozinha a ir de mesa em mesa, em seu restaurante, avisando que colocou tempero para melhorar o gosto do bife, ou colorífico para dar vida ao arroz (http://www.adnews.com.br/publicidade/101121.html). Resta saber se a lei punirá também políticos que usam botox ou divulgam fotos suas com 20 anos a menos quando fazem propaganda eleitoral, induzindo visivelmente os cidadãos a um erro de avaliação.

Na Paraíba, a "lei da pimenta na boca": é proibido agora "xingar ou fazer gestos obscenos" nos estádios de futebol do estado - o que certamente elevará o nível técnico do esporte praticado por lá: http://www.espbr.com/noticias/xingamentos-gestos-obscenos-sao-proibidos-estadios-paraiba/relacionadas.

Em São Paulo, a grande preocupação dos legisladores recai, logicamente, sobre os empanados: a "lei da coxinha" [de autoria da deputada Patrícia Lima (PR)], que pretende proibir o consumo de "gorduras trans" nas cantinas de escolas. Infelizmente, a mesma preocupação quanto ao consumo de coxinhas pelos estudantes não se estende ao consumo de crack, por exemplo, que ocorre a céu aberto na região central da cidade de São Paulo. (http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u551991.shtml)

E, finalmente, na capital paulista: lei obriga a colocar faixas de sinalização em "vitrines reluzentes" (aparentemente a Prefeitura de São Paulo imagina que os paulistanos simplesmente correm em desabalada carreira sempre que vêem produtos chamativos à venda):http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/05/lei-obriga-sinalizacao-nas-vitrines-e-em-portas-de-vidros-de-sao-paulo.html.

É por atitudes como essas que, muitas vezes, devemos refletir se queremos mesmo que nossos políticos "trabalhem mais" e "elaborem mais leis e regulamentos" - ou se o prejuízo é menor para a sociedade quando pagamos seus salários e eles simplesmente ficam em casa, em "recesso parlamentar".

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