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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Brasileiro ganha um Lambo Gallardo no pôquer, mas não tem como trazer o carro para cá




Um jogador brasileiro faturou um Lamborghini Gallardo LP-560-4 em um torneio online do PokerStars duas semanas atrás. O problema é que para trazer o carro ao Brasil, precisará gastar quase 200 mil dólares em impostos. E não é só isso.

A história do estudante de jornalismo Márcio Cid Hollanda parece surreal. Ele disputou um torneio que envolveu nada menos que 16.846 jogadores do mundo inteiro - para entrar na mesa gigante, teve de participar de uma eliminatória na qual investiu singelos 11 dólares.

Após 11 horas seguidas na frente do computador, faturou dois prêmios: a Lambo Gallardo avaliada em 198 mil dólares nos EUA e mais 20 mil dólares em dinheiro. O problema é que, sem imaginar que o vencedor poderia ser do país com a maior carga tributária do mundo, a organização do PokeStars ofereceu apenas 50 mil dólares de ajuda no custeio de envio da máquina.



Para fazer o Gallardo desembarcar no Brasil, teria de ser gasto no mínimo o valor integral do veículo lá fora - como mostra nosso post sobre importação independente. Isso não seria um problema tão grande para Márcio, que mora em Fortaleza com os pais e diz em entrevista ao site da revista Alfa que inclusive já possui um comprador que topa pagar tanto o valor do carro (presumimos que seja algo mais próximo do valor nos EUA do que o 1,4 milhão de reais pedido pela importadora oficial no país) como as taxas de importação.

Só que aí surge outra entrelinha no regulamento: o vencedor do prêmio só pode negociar o automóvel depois de um prazo de dois anos. Como Márcio diz não ter condições de manter um carro tão caro por esse tempo, a questão voltou à estaca zero - quer dizer, quase: o PokerStars oferece a opção de trocar o prêmio por 100 mil dólares em barras de ouro. Um bom dinheiro, mas apenas metade do valor do Gallardo.

E você achando que só brasileiro é malandro, heim?

[Alfa, via dica do estimado leitor Adams]

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