Ele já tem professor: José Dirceu. Ele tem trânsito e, depois de ajudar tanta gente, com certeza terá a devolução de tudo o que fez com o dinheiro do povo brasileiro. Doou refinarias para Evo Morales, da Bolívia. Devolveu concessões de petróleo para Rafael Corrêa, do Equador. Fez refinaria embargada pelo TCU junto com Hugo Chávez, da Venezuela. Aumentou o preço do repasse de Itaipu ao Paraguai. Está comprando bilhões e bilhões de dólares em armas e aviões, pelo preço mais alto, da França. O Instituto Lula será, sem dúvida alguma, um sucesso. Lula salvou a Sadia do ex-ministro Furlan com empréstimos do BNDES que beiram o bilhão de reais. Comprou o banco em crise do Antônio Ermírio. Estendeu a mão para Silvio Santos, no Banco Panamericano. Encheu os cofres das construtoras com o PAC e suas obras supefaturadas. Lula vai virar lobista. É o que informa a Folha de São Paulo:
Após deixar o poder, o presidente Lula planeja pedir recursos a organismos internacionais, como o Banco Mundial, para financiar ações de seu futuro instituto na África e na América Latina. Ele deseja envolver a ONG em grandes projetos de infraestrutura, que dependerão de ajuda externa para sair do papel. A ideia é fomentar o desenvolvimento de países pobres em setores como transporte e energia. O presidente tem dito a auxiliares que o Instituto Lula não se limitará a coordenar estudos e formular políticas públicas, como se discutiu inicialmente. Isso significa que a entidade terá pouco a ver com o antigo Instituto Cidadania, que ele comandou antes de assumir o governo. "Lula pegou gosto pelo papel de empreendedor e vai usar o instituto para dar continuidade a isso. Ele quer acompanhar obras, aproximar os governos do setor privado", conta um ministro que acompanha os debates.
No front interno, emissários do presidente já conversam com empreiteiras em busca de doações para erguer a sede da ONG, em São Paulo. Parte dessas empresas pode se beneficiar dos projetos no exterior. Apontado como responsável por captar dinheiro, o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, disse via assessoria que a entidade ainda "não está formalmente constituída nem tem sede alugada". Também citado, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), copresidente da Brasil Foods, não quis falar. Segundo aliados, Lula já descartou a primeira opção de sede que lhe foi oferecida, um prédio próximo ao Ibirapuera, e busca em sigilo um terreno para construir. Em público, o presidente não faz referência a planos que envolvam grandes obras ou financiamento internacional. Só afirma que vai exportar experiências bem-sucedidas na área social e "andar muito pelo Brasil". Ele tem dividido seus projetos em três frentes: ajudar países pobres, acelerar a integração da América Latina e auxiliar a sucessora, Dilma Rousseff, a aprovar a prometida reforma política.
A atuação diplomática deve ser conduzida pelo instituto. Após ensaiar uma candidatura à Secretaria-Geral das Nações Unidas, Lula adotou o discurso de que o cargo seria destinado a "burocratas", e não a ex-chefes de Estado. No entanto, assessores admitem que ele pode ser "convencido" a aceitar a chefia temporária da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), vaga após a morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, em outubro. Sobre a atuação no país, Lula insiste no lema de "rei morto, rei posto", mas amigos duvidam. "Ele deve fazer as coisas na moita, para não parecer que está atravessando a Dilma. Mas não vai se aguentar muito tempo, não", aposta um colaborador.
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A pergunta que fica é: se você fosse um empresário e vendesse para a Dilma, se você fosse um paiseco e vendesse para Dilma ou se você fosse um paisão e pretentendesse vender para a Dilma, negaria alguma coisa para o Instituto do Lula? Se não negam para o José Dirceu...
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