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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Piadas com minorias: analisando o telhado de vidro do CQC

Depois do orgulho gay, orgulho de pai de gay. Debate público é reduzido aos velhos chavões 'orgulho e preconceito'
Quando não estão adulando Dilma e Lula, ou tentando cassar o mandato de algum deputado mais mal comportado, os garotos do CQC estão fazendo graça. Mas o mais engraçado é que eles adoram fazer piadas com gays e com homossexualismo: são comentários ofensivos e pejorativos que, na boca de algum inimigo, serviriam como munição para a habitual perseguição imposta a “conservadores” e “direitistas”.
Mais uma prova de que toda essa conversa fiada a respeito de “homofobia e intolerância” não passa de uma engenhosa artimanha para prejudicar e censurar o pensamento e a liberdade de expressão – mas somente dos inimigos da esquerda e da militância politicamente correta.
Selecionamos alguns trechos do programa CQC exibido dia 4 de abril. Como será demonstrado a seguir, boa parte do humor desenvolvido pelo grupo baseia-se naquilo que a militância gay convencionou chamar de “desrespeito” e “intolerância”. Um verdadeiro festival de grosserias e piadas infames tendo como alvo o comportamento homossexual. Para nós, mero e legítimo exercício da liberdade de expressão e da criação artística. E para eles?
 
TRECHO 1 Felipe Andreoli na Vila Belmiro
 
 
02:00 – O repórter se refere a “bambi”, “maricon” em espanhol, pejorativo para homossexual
 
04:26 – O repórter faz piada com quem está “espiando o vestiário masculino”, dizendo que isso é “meio estranho”
 
05:32 – O repórter faz piada e ri da expressão chula “manja-rola”, que designa homossexuais no ambiente de um vestiário de clube de futebol
 
06:10 – O repórter faz trocadilho com a expressão “fechadinho lá atrás”, óbvia menção a homossexualidade
 
06:18 – O repórter repete a piada, agora mencionando o ambiente do vestiário
 
07:29 – Os apresentadores Marcelo Tas e Rafinha Bastos prosseguem as piadas com a expressão “manja-rola”. Todos riem, inclusive o auditório.
 
TRECHO 2 Rafael Cortez no Prêmio APCA
 
 
02:30 – Rafael Cortez brinca, dizendo que é “muito gay”
 
03:20 – O repórter faz um trocadilho com a expressão ”pegar no meu microfone”, alusão óbvia ao comportamento homossexual, e ri
 
05:10 – O repórter do CQC e o apresentador Rodrigo Faro brincam sobre o hábito de “vestir-se de mulher”, que seria um “desejo inconsciente” (insinuação obviamente pejorativa de homossexualidade)
 
TRECHO 3 Danilo Gentili e Rafael Cortez testam camisinhas
 
 
01:20 – Gentili brinca com o fato de que Cortez é atendido por um farmacêutico masculino e não por uma mulher, insinuando sua homossexualidade. Ele ri e manda beijos para o colega, ridicularizando-o
 
01:30 – Gentili prossegue ridicularizando o colega por sua suposta homossexualidade, ao insinuar que ele “mastiga preservativos”
 
TRECHO 4 CQTeste com Rafael Cortez e Dr. Hollywood
 
 
01:27 – O médico diz que tem “voz de gay”. Ambos riem, mas o repórter se apressa em ajuda-lo, dizendo que ele “não é gay”
 
01:41 – O repórter faz um trocadilho com a expressão ”corta com os dois lados”, alusão óbvia à bissexualidade
 
02:38 – Ambos fazem piada com cirurgia de mudança de sexo. Cortez insinua que seu colega Rafinha Bastos teria tentado fazer a operação, em comentário nitidamente pejorativo
 
TRECHO 5
 
Finalmente, compare com o que o deputado Jair Bolsonaro falou a respeito de homossexualidade e cotas em entrevista a Danilo Gentili:
 
Agora, veja alguns comentários escritos ou ditos em outras ocasiões pelo mesmo repórter do CQC, Danilo Gentili:
 
 
“Hoje São Paulo não está cinza, São Paulo está colorida. É a 14ª Parada do Orgulho LGBT. Aqui a gente encontra gay, lésbica, transexual, simpatizantes e até essas coisas aqui que eu não sei como classificar.”
 
“Só queria saber quantas aves precisam morrer pra você provar que é bicha.”
 
 
“Alguém pode me dar uma explicação razoável porque posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?”
 
“Quando toca a música ‘detalhes tão pequenos de nos dois’, sempre imagino um casal gay nipônico.”
 
Pergunta: quem foi mais desrespeitoso ou ofensivo às minorias, de modo geral?
 
É fácil perceber, ademais, que se eliminando a tiração de sarro em relação ao comportamento homossexual, sobra bem pouco no “humor inteligente” dos patrulheiros politicamente corretos do CQC.
 
E uma pergunta final: quantos apresentadores ou comediantes negros tem o CQC?

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