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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dez provas do fracasso da privatização


Apresento, a seguir, os números e as provas dos dez maiores fracassos da privatização das telecomunicações, com um abraço a Rogerio Santanna e votos de sucesso à frente da Nova Telebrás.

Primeiro fracasso: O Brasil de julho de 1998 tinha 14 telefones para cada 100 habitantes. Hoje tem mais de 120. Eis aí uma prova incontestável do fracasso da privatização da Telebrás.

Segundo fracasso: Naquele ano (1998), o País tinha a fantástica quantidade de 24,5 milhões de telefones. Hoje tem apenas 224 milhões – outra prova insofismável do malogro da privatização.

Terceiro fracasso: No dia da privatização, o Brasil tinha 5,2 milhões de celulares. Hoje tem a miséria de 180 milhões. Pode existir prova maior do fracasso da privatização das telecomunicações?

Quarto fracasso: A Telebrás investiu R$ 60 bilhões, em 25 anos. As operadoras privadas investiram  R$ 180 bilhões em 11 anos. Isso é que é fracasso!

Quinto fracasso: A Telebrás ofertava telefones pelo plano de expansão pelo equivalente à ninharia de US$ 1.000 (mil dólares) numa maravilhosa e patriótica venda casada de ações e da assinatura de uma linha telefônica, que era entregue com a fantástica rapidez de apenas 24 meses. (Às vezes demorava um pouco mais). Já as operadoras privadas querem nos impor o absurdo da venda casada do triple play – com telefone, TV por assinatura e banda larga. Vejam que malandragem. Mais uma prova do fracasso da privatização.

Sexto fracasso: A privatização foi chamada de privataria porque foi acusada de escândalos e de vender a Telebrás a preço de banana, ou seja, pela miséria de R$ 22,2 bilhões. A Justiça não condenou ninguém por isso. O importante é saber que esses R$ 22,2 bilhões equivalem a apenas 105 anos de exportação de bananas da América Latina. Foi ou não foi, preço de banana? Viram? E mais: privatizar foi, sim, um fracasso.

Sétimo fracasso: Maravilha era a Telebrás que não tinha apagão – até porque não tinha telefone nem banda larga. Depois da privatização tivemos vários apagões – até por excesso de telefones. Eis a prova do fracasso total da privatização.

Oitavo fracasso: A privatização desvalorizou o preço que pagávamos pelas linhas telefônicas, no mercado negro. Algumas chegaram a custar o equivalente a US$ 10.000 (dez mil dólares). Hoje, o preço dessas linhas estão aviltados. Não valem nada. Você não pode vendê-las. Entregam até telefone de graça. Isso é um absurdo e prova que a privatização não só fracassou, mas também prejudicou a todos que investiram no telefone, como um bem escasso e altamente valorizado.

Nono fracasso: A Telebrás às vezes demorava um pouco mais para entregar as linhas do plano de expansão – como aconteceu com 400 mil pessoas em São Paulo, entre 1986 e 1990. Mas as pessoas até gostavam disso porque, convenhamos, o telefone traz muitos aborrecimentos para as famílias. Hoje com mais de 220 milhões de telefones, vivemos num inferno. Estão vendo porque a privatização foi um fracasso?

Décimo fracasso: Na época da Telebrás, o pobre não pensava em celular nem em telefone fixo. Hoje, mais de 100 milhões de pessoas de baixa renda usam celulares pré-pagos. Com isso, perdem muito tempo e não trabalham. E pior: entregam celulares para bandidos. E você ainda acha que privatização foi boa para o Brasil. Ora, raciocine com mais profundidade.

Conclusão: Eis aí dez provas irrefutáveis de que a privatização das telecomunicações foi um fracasso total. E não se fala mais nisso. Estamos entendidos?  Viva a Nova Telebrás.

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