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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Um ativista pró-vida pode defender a Inquisição?

Um ativista pró-vida pode defender a Inquisição?:

Um ativistapró-vida pode defender a Inquisição?

JulioSevero
A resposta ao título deste artigoé: Claro que não! Eu, por exemplo, nunca defendi nenhum tipo de Inquisição e,se algum dia eu vier a fazer isso, terei evidentemente de abandonar a luta pró-vida,pois não faz sentido agir seletivamente condenando um genocídio e apoiandooutro.
O papa João Paulo II, autor da encíclica“Evangelho da Vida,” era um campeão pró-vida e não defendia a Inquisição. Pelocontrário, ele teve a honestidade de pedir perdão pelo que foi a Inquisição eseus agentes.
A defesa da Inquisição, paraqualquer cristão que se diga pró-vida, é tão vergonhosa que não resta ao seudefensor saída senão desviar o debate para outros detalhes que fogem da questãoessencial. Trezentos anos atrás, JonathanSwift, em seu livro “Viagens de Gulliver,” usou o exemplo de uma vaca, ecomo um vizinho malicioso podia, com a ajuda de advogados desonestos, dizer queo animal pertencia a ele, não a Gulliver. O método é simples: em vez de focarno assunto central de quem realmente a vaca é, o advogado fará o juiz divagarem detalhes que consumirão tempo e energia: quantos anos tem a vaca, em quepasto ela se alimenta, qual é seu tamanho, etc.
No final, a vitória vem pelocansaço e pelo amontoado de divagações.
Houve inúmeras divagações emresposta ao meu artigo “Ainquisição, o papa e o suspiro de alguns católicos conservadores.”
A divagação mais importante noassunto da Inquisição e identidade pró-vida veio com este comentário:
Emmatéria de história da Inquisição, o Julio é completamente analfabeto. AReforma Protestante, na Inglaterra, matou em poucos meses mais gente do que aInquisição havia matado em quatro séculos.
Obviamente, este comentário nãorespondeu à questão vital em meu artigo: Comoaqueles que defendem a Inquisição conseguirão lutar contra o aborto?
Ou, para ser mais preciso: Como querem combater a cultura da morte dosocialismo, homossexualismo e feminismo quando se sentem à vontade com acultura da tortura e morte da Inquisição?
Não cito a identidade do autor docomentário a fim de deixar claro que estou atacando posições e ideias, nãopessoas. Aliás, o autor é um homem a quem respeito, apesar de divergências.Respeito grandemente também a esposa dele, uma pessoa verdadeiramenteatenciosa. No entanto, por conveniência literária, eu o chamarei neste textoapenas de Jack Man.
Às vezes, é preferível evitarmencionar nomes reais para evitar constrangimentos e ataques pessoais. No casode seu comentário, Jack Man não teve esse cuidado, e muitos dos seus seguidoresinterpretaram seu comentário como carta branca para postar mensagens agressivastanto no meu Facebook quanto em outros fóruns, não poupando palavrões eadjetivos como “anticristo.” Alguns disseram: “O mestre falou, cale-se!” Aomenos, os machados, foices e martelos eram apenas em palavras muito pesadas efeias. (Já estou acostumado a isso, vindo da esquerda evangélica, cuja armamais comum são palavrões. É só conferir aqui: http://bit.ly/XREUUr)
É num momento como este que dougraças a Deus que não há mais Inquisição, pois se houvesse, essa enfurecidaturba pró-Inquisição viria para cima de mim com reais machados, foices emartelos para me linchar muito antes do tribunal do santo ofício me pegar,julgar e condenar à fogueira.
Um das fortes reações católicas aomeu questionamento se a identidade pró-vida pode se unir à defesa da Inquisiçãofoi:
Vendoo Julio Severo difamar e denegrir a Inquisição constato que ele ou é umignorante ou age de má-fé, se é ignorante ainda pode aprender, se age de má-fémerece ser execrado, de qualquer forma o que ele disse não me escandaliza, achomuito mais grave ver aqueles que tem porobrigação defendê-la se envergonharem dela.
Esse comentário de Facebook explicitamentepró-Inquisição poderia ser visto como um caso isolado, mas veio “curtido” (ouassinado) por alguns colunistas do Mídia Sem Máscara.
Se quiserem me acusar de “difamar”e “denegrir” o comunismo e suas atrocidades, eu humildemente aceito essa“vergonha” — que para mim é grande alegria.
Se quiserem me acusar de “difamar”e “denegrir” o nazismo e seu crime do Holocausto, eu humildemente aceito essa“vergonha” — que para mim é grande alegria.
De forma semelhante, se quiserem meacusar de “difamar” e “denegrir” a Inquisição, eu humildemente aceito essa“vergonha” — que para mim é grande alegria.
Podem também acrescentar que“difamo” e “denigro” a Federação Internacional de Planejamento Familiar (cujasigla em inglês é IPPF). Essa é a maior organização de contracepção, aborto eeducação sexual do mundo. Sua fundadora, Margaret Sanger, veio de um larirlandês católico e, antes do nascimento da União Soviética, já pregava ofeminismo, o socialismo, o aborto e a anarquia. Seumaior opositor era o evangélico Anthony Comstock.
Há um paralelo entre a Inquisição ea IPPF. Ambas têm variados instrumentos de tortura. Enquanto a Inquisiçãocatólica torturava e matava presumivelmente só adultos, a IPPF usa instrumentosmédicos para torturar e matar bebês: injeção salina, infanticídio,desmembramento e decapitação.
Tony Man (não é seu nome real, poisele é amigo de Jack Man e quer permanecer anônimo), chama a IPPF de “Inquisiçãoda Federação Internacional de Planejamento Familiar.” Ele tem isto paraperguntar aos amam e defendem a Inquisição: Eles querem que os bebêsprotestantes sejam abortados ou meramente torturados e mortos depois donascimento?
Seguindo o excelente raciocínio de TonyMan, eu pergunto: E se a IPPF tivesse a aprovação do Vaticano, como tinha aInquisição, aí poderia matar apenas bebês protestantes e outros bebês“hereges”?
Para Tony Man e para mim, é bemsimples: se você consegue desculpar ou defender a Inquisição da IgrejaCatólica, o que impede você de desculpar ou defender a Inquisição da IPPF?
O sujeito pró-aborto podetranquilamente jogar na sua cara: “Sua Igreja Católica tinha a Inquisição e nóstemos a IPPF. Deixe-nos com nosso genocídio e vocês ficam com o seu. Cada um nasua.” Mas, de ambos os lados, há negação, embora do lado católico o papa jápediu perdão. A insistência de defender a Inquisição então só expõe seusdefensores ao ridículo.
A única diferença entre aInquisição e a IPPF é que uma tem o título de católica e a outra não. Será porisso então que os que defendem a Inquisição condenam a IPPF? Mas qual é a moralque os defensores da Inquisição têm para atacar a IPPF?
O fato de existirem católicos hojedefendendo a inquisição indica apenas uma realidade: apostasia.
Tony Man trouxe ao meu conhecimentoque Malachi Martin, um conhecido teólogo católico já falecido, foi conselheirode dois papas. Martin disse em meados de 1990:
*A fumaça de Satanás está no Vaticano.
*A Igreja Católica está sob controle de Satanás.
*Essa situação é irreversível.
*Que o papa Paulo Sexto (em meados da década de 1970!) e mais tarde João PauloII disseram que não dá para se reverter nem mesmo deter essa situação por meioshumanos.
*Que o único jeito de compreender o Terceiro Segredo de Fátima, o qual MalachiMartin teve permissão de ler (a maioria dos católicos confiam e reverenciamessa aparição) é aceitar o fato de que o Vaticano, a hierarquia católica romanae quase todos os leigos católicos do mundo são apóstatas.
*Que o catolicismo como o conhecemos, como uma instituição religiosa, estáespiritualmente morto e que esta é a vontade de Deus!
Esses comentários do falecido Pe.Malachi Martin, coletados por Tony Man por meio de um sermão de Martin,podem explicar perfeitamente por que alguns católicos que atacam um genocídio(aborto) ficam à vontade com outro (Inquisição).
De acordo com Tony Man, examinandocuidadosamente as igrejas protestantes e suas instituições nos paísesocidentais, o Rev. Martin também disse que todas elas são apóstatas. A exceçãosão as igrejas protestantes nos países mais pobres da África, Ásia e AméricaLatina.
É saudável enfrentar a realidade,como fez Martin. Como evangélico, muitas vezes vou na contramão de outrosprotestantes, que enxergam no Vaticano a Grande Babilônia descrita emApocalipse 17. O Rev. David Wilkerson, pastor da Assembleia de Deus e autor dofamoso livro “A Cruz e o Punhal,” dizia que a Grande Babilônia são os EUA.Concordo com ele.
A Enciclopédia Britânica, na sua11ª edição que usei como fonte para a Inquisição no outro artigo, é rejeitadapelos católicos pró-Inquisição, pois preferem seus livros sem base a umaenciclopédia de cem anos considerada por grupos pró-família como mais confiáveldo que as enciclopédias de hoje. Mesmo assim, os católicos pró-Inquisição sefecham em seu negacionismo, mesmo depois que o papa já pediu perdão. AEnciclopédia Britânica faz também uma descrição correta do Holocausto. Temos deaceitar a versão nazista só porque o lado culpado dos crimes não aceita aversão oficial?
O negacionismo católico, com seussimpatizantes pró-Inquisição, não se diferencia de outros negacionismoshistóricos, inclusive o nazista e comunista.
Há uma mentalidade revolucionáriaoperando nessas simpatias? Os negacionistas que respondam.
Se eu fosse um evangéliconegacionista, eu jamais denunciaria o que os EUA, outrora uma potênciaprotestante, estão fazendo para impor o aborto e a agenda gay no mundo. Alémdisso, tenho igualmente denunciado o papel importante dos EUA no fortalecimentoe financiamento da perseguição aos cristãos no mundo inteiro. É uma realidadetriste, mas a verdade é a verdade e não pode ser sonegada. Negar, ocultar,maquear e amputar informações sobre perseguição aos cristãos é prática derevisionistas e outros agentes de mentalidade revolucionária.
No caso dos católicos, o papa JoãoPaulo II já pediu perdão. Por que então insistir no negacionismo e defesa dogenocídio religioso?
Não faz sentido católicos queatacam um genocídio (aborto) ficarem à vontade com outro (Inquisição).
Leone Lins, uma brasileira que leumeu artigo, compreendeu o que quis dizer. Ela disse: “Até agora não entendi aceleuma que se fez em torno desta publicação. Pelo que entendi, o Julio Severodiz que quem defende as atrocidades praticadas pela Inquisição Católica aolongo dos séculos não tem moral pra se dizer contra os genocídios do regimecomunista. Eu concordo com ele.”
Voltemos agora ao comentário deJack Man, que se esquivou desse problema central:
Emmatéria de história da Inquisição, o Julio é completamente analfabeto. AReforma Protestante, na Inglaterra, matou em poucos meses mais gente do que aInquisição havia matado em quatro séculos.
Não vou tentar responder a essecomentário desviado do assunto vital, pelo simples fato de que o comentaristame julgou “completamente analfabeto.” Quem dá a resposta então é meu amigoMichael Carl, sacerdote episcopal anglicano e jornalista do WND(WorldNetDaily). Sua resposta a mim foi como segue:
Ocatólico que está criticando você está confundindo a Reforma inglesa com aGuerra Civil inglesa, muito da qual foi entre os puritanos protestantes(parlamentaristas) e a maioria dos cavaleiros católicos que apoiavam o rei. Amaioria deles era católica porque o rei provinha dos Stuarts católicosescoceses.
Maiorfoi o número de anglicanos mortos durante o breve reinado da católica MariaTudor, após a morte do fraco Edward. Maria é aquela que tem o apelido de “MariaSanguinária” (e há até um coquetel com o mesmo nome) porque ela ordenou aexecução de Lady Jane Gray e outros anglicanos protestantes.
Houve também outros desvios doassunto central. Alguns católicos tentaram refutar meu artigo “Ainquisição, o papa e o suspiro de alguns católicos conservadores”apelando para uma suposta “Inquisição Protestante.” A tal “InquisiçãoProtestante” só existe em livros católicos. Procurando na EnciclopédiaBritânica, edição de 1911, nada encontrei sobre “Inquisição Protestante.” Masencontrei farto material sobre a “Inquisição Católica.” Em todo caso, mesmo quetivesse existido uma “Inquisição Protestante”, nunca no meu blog ou no meuFacebook eu elogiei ou sugeri tal inquisição para os católicos.
Este artigo foi escrito em respostaa alguns católicos que têm por muito tempo, debaixo do meu silêncio e osilêncio de muitos outros evangélicos, estado elogiando a Inquisição e, pior,insinuando que nós, evangélicos, a merecemos. Esses católicos querem elogiar aInquisição? Eles são livres para fazer isso. Eles querem dizer publicamente(como fez um colunista do Mídia Sem Máscara) que os evangélicos são “cátaros”modernos, que eram considerados pela Inquisição Católica como dignos de torturae morte? Eles são livres para fazer isso.
Contudo, eles não podem jamaisdizer que combatem a cultura da morte, pois dentro da cultura da morte não estáapenas o comunismo. Está também, quer eles gostem ou não, a Inquisição. Elesquerem defender a vida? Não podem então defender Inquisições — simples assim.Não é impossível fazer isso. Tenho amigos católicos que não defendem aInquisição. Defendendo a Inquisição, não há nada que separe a eles dosdefensores da IPPF, do Holocausto e do comunismo. Aquilo que os une — a matançade inocentes — é muito mais forte do que aquilo que os desune.
Não há diferença entre defender aIPPF e o Holocausto e defender a Inquisição. Mas há uma vasta diferença entrelutar contra o aborto e defender a Inquisição.
Tendo reafirmado o ponto central daminha postura anti-Inquisição e antiaborto, esclareço que a Igreja Católica nãosalva. A Igreja Evangélica também não salva. Quem salva? Apenas Jesus Cristo.
Mas de acordo com Tony Man, JackMan acha que a única salvação para a América Latina é a Igreja Católica. Assimseu envolvimento em coalizões pró-vida com protestantes tem só um objetivo:ajudar a Igreja Católica num supremo papel de salvação espiritual e social paratodos.
Infelizmente para Jack Man, aIgreja Católica no Brasil e outras nações latino-americanas está profundamenteenvolvida na marxista Teologia da Libertação. Principalmente no Brasil, o maiorpaís católico do mundo, nenhuma igreja tem estado tão envolvida noestabelecimento do socialismo do que a Igreja Católica, por causa da apostasiaem massa da Teologia da Libertação. Portanto, ela não tem nenhuma salvação, nempara si mesma, e ninguém precisa ser Malachi Martin para ver isso.
Não é de admirar: Qualquer igreja,católica ou evangélica, que achar que pode trazer salvação a este mundocometerá atrocidades. A Inquisição e socialismo generalizado no Brasil são sódois exemplos.
Para salvar pessoas, não instituiçõescatólicas ou protestantes apóstatas, Deus está derramamando Seu Espírito nestesúltimos dias. Deus disse,
“Nosúltimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre todos ospovos, os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, osvelhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meuEspírito naqueles dias, e eles profetizarão.” (Atos 2:17-18 KJA)
Com esse Espírito, os seguidores deJesus conseguirão ser vitoriosos sobre a Besta socialistas, homossexualista epró-aborto, a sua imagem e o número do seu nome (veja Apocalipse 15:2).
Versãoem inglês deste artigo: Cana Pro-Life Activist Defend The Inquisition?
Leiturarecomendada:
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